Gravuras Rupestres do Monte de Góios | |||||
Designação | |||||
Designação | Gravuras Rupestres do Monte de Góios | ||||
Outras Designações / Pesquisas | Gravuras rupestres de Monte de Góios (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt); (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt) Bouça Velha (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt) Boucinha 1, Boucinha 2, Boucinha 3, Cachadinha 1 (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt) Cachadinha 2, Carvalheiras 1 (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt) Carvalheiras 2 (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt) Carvalheiras 3 (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt) Carvalheiras 4, Castelão 1 (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt) Cruzeiro Velho 1, Cruzeiro Velho 2, Cruzeiro Velho 3, Cruzeiro Velho 4, Cruzeiro Velho 5, Cruzeiro Velho 6 e Laje das Fogaças (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt) | ||||
Categoria / Tipologia | / | ||||
Tipologia | |||||
Categoria | |||||
Inventário Temático | |||||
Localização | |||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Caminha/Lanhelas; Vilar de Mouros | ||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||
Concelho | Caminha | ||||
Freguesia | Lanhelas; Vilar de Mouros | ||||
Proteção | |||||
Situação Actual | Em Vias de Classificação | ||||
Categoria de Protecção | Em Vias de Classificação (com Despacho de Abertura) | ||||
Cronologia | Anúncio n.º 90/2024, DR, 2.ª série, n.º 87, de 6-05-2024 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 29-12-2023 do diretor-geral da DGPC Proposta de 15-11-2023 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura para a classificação como SIN/MN Proposta de 15-07-2021 da DRC do Norte para a classificação como SIN/MN Declaração de Retificação n.º 774/2019, DR, 2.ª série, n.º 193, de 8-10-2019 (retificou as freguesias) (ver Declaração) Anúncio n.º 12/2019, DR, 2.ª série, n.º 10, de 15-01-2019 (ver Anúncio) Despacho de abertura de 20-11-2018 da diretora-geral da DGPC Proposta de 27-02-2017 da DRC do Norte para a abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional das Gravuras Rupestres do Monte de Góios Em 4-05-2006 foi dado conhecimento do despacho aos proponentes da classificação Despacho de 6-04-2006 do presidente do IPPAR a determinar que se aguarde pela conclusão da A28/IC1, tendo em vista analisar a eventual descaracterização de elementos gravados ou da sua envoilvente e estudar a totalidade das gravuras Proposta de 17-10-2005 da Corema e da Junta de Freguesia de Lanhelas para a classificação de gravuras rupestres no Monte de Góios | ||||
ZEP | |||||
Zona "non aedificandi" | |||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||
Património Mundial | |||||
Património Mundial Designação | |||||
Cadastro | |||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||
Descrição Geral | |||||
Nota Histórico-Artistica | Sítio O Monte de Góios localiza-se na margem esquerda do estuário do Rio Minho, dispondo-se no sentido nordeste-sudoeste. O relevo bastante acidentado na vertente nascente é menos abrupto a poente, onde se dispõe em terraços. Está limitado, a sul, pelo Rio Coura. As gravuras distribuem-se, na sua maioria, por duas plataformas na encosta ocidental, e assumem uma excelente visibilidade na envolvente. A região, fértil em recursos de caça, com abundância de alimentos e estanho, foi sempre apelativa ao estabelecimento de populações. Regista-se a presença de líticos atribuíveis ao Paleolítico Inferior, na base da vertente poente do Monte de Góios, embora a maior densidade de vestígios remonte à Idade do Bronze. O núcleo de Arte Rupestre ao ar livre do Monte de Goios, inserido na tradição da Arte Atlântica, conhece mais de novecentas gravuras distribuídas por dezoito rochas graníticas, designadas Bouça Velha, Boucinha 1, Boucinha 2, Boucinha 3, Cachadinha 1, Cachadinha 2, Carvalheiras 1, Carvalheiras 2, Carvalheiras 3, Carvalheiras 4, Castelão 1, Cruzeiro Velho 1, Cruzeiro Velho 2, Cruzeiro Velho 3, Cruzeiro Velho 4, Cruzeiro Velho 5, Cruzeiro Velho 6 e Laje das Fogaças. Além destas, a documentação bibliográfica acrescenta o Penedo do Trinco, estudado por Abel Viana, cuja localização ainda não foi possível recuperar. O registo iconográfico engloba tanto pictogramas como ideogramas. Os primeiros, raros e com um reportório algo limitado, incluem poucas figuras antropomórficas e diversos animais, dos quais se destacam pela quantidade de ocorrências, os colubrídeos, os equídeos e os podomorfos. Os ideogramas, muito abundantes, incluem covinhas, círculos, círculos concêntricos, barras, linhas, discos, ovais, retângulos, só para referir os mais recorrentes. As técnicas empregues para a gravação das rochas são a picotagem (a mais comum), a abrasão e o relevo. Apesar de não se detetarem vestígios de pintura, o seu uso não poderá ser descartado. Os utensílios utilizados podem variar de acordo com a natureza da representação, contando com seixos afeiçoados e até com artefactos metálicos, embora esta não seja uma técnica muito adotada neste conjunto. Grande parte das gravuras enquadra-se na Idade do Bronze Médio e Final. No entanto, é possível registar elementos que remontam ao Paleolítico Superior, enquanto outros atingem a época Contemporânea. Mário Varela Gomes distingue dois grandes momentos, atribuindo ao primeiro os motivos relativos a círculos e covinhas, que o investigador data do II milénio a.C. O segundo momento assiste à realização de alguns zoomorfos, quadrados, retângulos, círculos e covinhas os quais remete para a Idade do Ferro, mas que podem ter persistido na época Romana. História O núcleo de arte rupestre do Monte de Goios é parcialmente conhecido desde o século XIX, patente numa referência a uma visita realizada por Francisco Martins Sarmento em julho de 1887. Em 1929, Abel Viana, publica o artigo "As insculturas rupestres de Lanhelas", na revista Portucale, onde refere a laje das Fogaças, a Laje da Chã das Carvalheiras, o Penedo do Trinco e o Penedo da Bouça Velha. Mais recentemente, no âmbito dos trabalhos arqueológicos de prospeção no âmbito da construção da autoestrada A28/IC1, realizados em 2004 e 2005, sob a direção científica de Lara Bacelar Alves e Margarida Monteiro, foram identificadas diversos penedos gravados. A Associação de Defesa do Património - COREMA, em 2005, numa prospeção realizada após um grande incêndio que afetou esta área descobriu ainda mais quatro rochas decoradas. Finalmente no acompanhamento arqueológico da execução da empreitada de construção da referida infraestrutura rodoviária, realizado entre 2007 e 2009, dirigidos por Mário Varela Gomes, foram reveladas mais rochas insculpidas. Ana Vale DGPC, 2019 | ||||
Processo | |||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||
Outra Classificação | |||||
Nº de Imagens | 2 | ||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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IC-1 - Viana do Castelo/Caminha, Ligação a Caminha. RECAPE. Relatório técnico-científico da prospecção arqueológica. Âmbito: Arte Rupestre, constante no processo 2002/1(563) - IC1 - Viana do Castelo/Caminha, Troço Norte Riba de Âncora/Caminha, Ligaçã | ALVES, Lara Bacelar | Edição | 2004 | ||
IC-1 - Viana do Castelo/Caminha, Ligação a Caminha. Relatório técnico-científico da prospecção arqueológica entre Pks 1+800 e 2+300, constante no processo 2002/1(563) - IC1 - Viana do Castelo/Caminha, Troço Norte Riba de Âncora/Caminha, Ligação a Cam | ALVES, Lara Bacelar | Edição | 2006 | ||
Arte Rupestre do Monte de Góios (Lanhelas, Caminha). Relatório Final de trabalhos Arqueológicos, no âmbito do "Projecto de minimização do impacto e implementação de medidas compensatórias, devido à construção do troço da via A28/IC1, Viana do Castelo | GOMES, Mário Varela | Edição | 2009 | ||
EIA - IC1/A28 - Viana do Castelo/Caminha, Troço Norte Riba de Âncora/Caminha, Ligação a Caminha e Nó de Vilar de Mouros, Relatório Final de Trabalhos Arqueológicos, constante no processo 2002/1(563) - IC1 - Viana do Castelo/Caminha, Troço Norte Riba | MONTEIRO, Margarida | Edição | 2002 | ||
A Gravura na Arte Esquemática do Noroeste Peninsular - O Caso do Monte de Góios (Lanhelas, Caminha). Dissertação de Mestrado, Universidade do Porto. | VALDEZ, Joana | Edição | 2010 | ||
As Insculturas Rupestres de Lanhelas (Caminha, Alto Minho), Portucale, Vol.II, nº. 10 | VIANA, Abel | Edição | 1929 |
Gravuras Rupestres do Monte de Góios - Planta relativa ao anúncio de abertura do procedimento de classificação, com a delimitação e a ZGP em vigor - delimitação alterada conforme Declaração de Retificação de 8.10.2019
Gravuras Rupestres do Monte de Góios - Planta relativa ao anúncio de abertura do procedimento de classificação, com a delimitação e a ZGP em vigor, conforme declaração de retificação de 8.10.2019