Antigo Liceu de Camões (atual Escola Secundária de Camões) | |||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||
Designação | Antigo Liceu de Camões (atual Escola Secundária de Camões) | ||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Antigo Liceu Nacional de Lisboa / Liceu de Camões / Escola Secundária Luís de Camões (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||||||||||
Categoria | |||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Arroios | ||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||||||||||
Freguesia | Arroios | ||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 740-N/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (ver Portaria) Anúncio n.º 11631/2012, DR, 2.ª série, n.º 103, de 28-05-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 23-01-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Proposta de 6-12-2011 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a classificação como MIP Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Despacho de abertura de 3-08-2006 da vice-presidente do IPPAR Proposta de abertura de 17-07-2006 da DR de Lisboa Despacho n.º 67/GP/05 de 21-07-2005 do presidente do IPPAR a determinar que a DR de Lisboa instrua o processo de classificação | ||||||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | No início do século XX, e a partir da reforma do ensino liceal levada a cabo pelo então Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, Eduardo José Coelho, em 1905, o equipamento público escolar conheceu um desenvolvimento fundamental. A pretendida racionalização do ensino encontra eco nos projectos, também eles racionalistas, que arquitectos como Miguel Ventura Terra e José Marques da Silva elaboram para alguns Liceus de Lisboa e do Porto. Em Lisboa, Ventura Terra é o autor dos liceus Pedro Nunes (1906), Camões (1907) e Maria Amália (1913), que se tornarão referências da arquitectura escolar da época, contribuindo para desenhar uma cidade mais moderna. O edifício do Liceu Camões foi construído para substituir o antigo Liceu Nacional de Lisboa, depois Liceu Central, criado em 1902, e desde logo inadequado às necessidades lectivas e número de alunos. Em 1907 foram adquiridos os terrenos e iniciada a obra do novo estabelecimento, inaugurado em 1909 com a designação de Lyceu de Camões. Logo na sua inauguração foi consenso geral que o edifício tinha "as mais belas condições, sendo modelar sob o ponto de vista pedagógico e higiénico", de acordo com jornais da época. As críticas, por seu lado, justificavam-se sobretudo pelo isolamento da praça onde se erguia, o Largo do matadouro Municipal, que constituía uma zona natural de expansão da cidade, mas era ainda muito limítrofe e com poucas acessibilidades. O liceu, tendo à partida a vantagem de ser construído de raiz para o fim a que se destinava, apresentava-se como referência da arquitectura escolar, tanto do ponto de vista formal e estético, como no que respeitava às questões funcionais relacionadas com uma obra do género. O elevado número de alunos que estes liceus urbanos deveriam receber, e as teorias higienistas recentemente revistas, incluindo a obrigatoriedade da prática de Educação Física desde 1905, conduziram à formulação de um modelo escolar composto por pavilhões com funções complementares, articulados em torno de amplos pátios de recreio e diversos espaços exteriores. Aos corpos principais, destinados às funções lectivas tradicionais, junta-se o novo pavilhão desportivo, com ginástica, balneários, e projecto para uma piscina, infra-estruturas que surgiam pela primeira vez no nosso país. Duas décadas mais tarde, em 1927, foram construídos dois outros pavilhões destinados aos gabinetes de Física e de Química, em resposta às últimas reformas do ensino, e também pela necessidade de afastar os laboratórios das instalações principais, para evitar acidentes. Na década de 1930 decorreram obras de remodelação nos edifícios, buscando-se a sua adequação ao número crescente de alunos, e a instalação da importante cantina escolar e anexos. Nos últimos anos, a actual Escola Secundária de Camões tem sofrido novas obras, incluindo a construção de um refeitório, um auditório, e um pavilhão gimnodesportivo. O liceu de Ventura Terra apresentava-se com verdadeira arquitectura de utilidade pública, funcional e racionalista. Foi projectado para integrar o tecido da cidade, participando das vivências da comunidade, apesar do relativo isolamento no qual viveu nos primeiros anos. Ventura Terra delineou um modelo construtivo muito mais simples do que o habitual, respondendo ao pedido anteriormente expresso por Rui Teles Palhinha, primeiro reitor do Liceu Central, solicitando a "construção dum edifício em local próprio (...) que obedeça aos princípios da mais estrita economia, tendo em vista que uma escola precisa de ar e de luz (...) e prescinde de cantarias lavradas e de madeiras ricas". Ventura Terra projecta assim blocos quadrangulares articulados, recorrendo aos novos materiais da época, o ferro e o tijolo, e a um esquema compositivo que praticamente não integra corredores fechados, preferindo salas abertas para o pátio ou para galerias exteriores, proporcionando aos alunos múltiplos espaços de recreio. Sílvia Leite / DIDA / IGESPAR, I.P. / 16-08-2007 | ||||||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 8 | ||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Arquitectura Moderna e Obra Global a partir de 1900 | Obra | ||||
Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970. Um Património a Conhecer e Salvaguardar | Obra |
Antigo Liceu de Camões - Planta com a delimitação e a ZP em vigor
Antigo Liceu de Camões - Fachada lateral (Rua do Almirante Barroso)
Antigo Liceu de Camões - Fachada principal: corpo central
Antigo Liceu de Camões - Fachada principal: vista parcial
Antigo Liceu de Camões - Galeria exterior de circulação (1º piso)
Antigo Liceu de Camões - Galeria exterior de circulação
Antigo Liceu de Camões - Fachada principal: remate do corpo central
Antigo Liceu de Camões - Galeria exterior de circulação (piso térreo)
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