Pesquisa de Património Imóvel

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Gravuras Rupestres da Tapada de Ozão e do Monte da Lage
Designação
DesignaçãoGravuras Rupestres da Tapada de Ozão e do Monte da Lage
Outras Designações / PesquisasGravuras rupestres da Tapada de Ozão e do Monte da Laje (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Valença/Grandra e Taião
Endereço / Local
LATITUDE LONGITUDE
42.010227-8.594282
DistritoViana do Castelo
ConcelhoValença
FreguesiaGrandra e Taião
Proteção
Situação ActualEm Vias de Classificação
Categoria de ProtecçãoEm Vias de Classificação (Homologado como IIP - Imóvel de Interesse Público)
CronologiaDespacho de abertura e homologação como IIP de 29-02-1980
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDotado de uma beleza natural inequívoca, o território correspondente na actualidade ao concelho de Valença proporcionou desde sempre os recursos naturais necessários à fixação - e, por inerência, à sobrevivência - de diferentes comunidades humanas desde a mais alta antiguidade, como testemunham os inúmeros vestígios arqueológicos identificados até ao momento no seu termo.
De entre os diferentes elementos remanescentes da actividade passada, constam exemplares de arte rupestre.
É o caso da "Gravuras Rupestres da Tapada de Ozão e do Monte da Lage", localizadas na Freguesia de Taião, cravada na orla da Serra, amplamente conhecida pelas excelentes condições que oferece à actividade pastorícia.
As gravuras da "Tapada de Ozão" foram executadas na superfície plana de um grande bloco granítico, sendo constituídas por motivos essencialmente circulares, concêntricos, com dimensões variáveis entre 20 e 80 centímetros. Alguns destes elementos surgem, no entanto, raiados, assim como associados a apêndices finalizados em fossettes, estes últimos predominantemente localizados na zona central da pedra, cujos limites são preferencialmente ocupados pelos motivos circulares, ambos obtidos através da técnica de picotagem
Características que se repetem, ademais, nas gravuras do "Monte da Lage", apesar do fenómeno da erosão que afectou, com alguma profundidade, a leitura dos motivos insculturados na superfície pétrea.
Cronologicamente balizadas na Idade do Bronze, as gravuras poderão ser inseridas no contexto da tipologia do grupo I estabelecida para a Arte rupestre pós-glaciar, genericamente conhecido por Antigo ou Clássico, em face da sua maior perpetuação temporal e acentuada caracterização da denominada "Arte do Noroeste Peninsular", abrangendo as especificidades formais normalmente atribuídas às gravuras "Galego-atlânticas", cuja distribuição geográfica denunciará um predomínio claramente costeiro.
Torna-se, ainda, assaz significativa a proximidade mantida por estas duas estações arqueológicas com povoados fortificados de altura erguidos durante a Idade do Ferro, bem como de um notável conjunto megalítico. Uma constatação que, se demonstrará bem a forma como a riqueza cinegética da região atraiu e ajudou a fixar no seu seio diferentes comunidades humanas ao longo dos séculos e dos milénios, revelará também toda uma carga simbólica que lhe era atribuída, extraída e aposta nos mais diversos suportes matéricos, neste caso, rochosos, imagem maior do carácter sedentário das suas populações, que assim a legavam às gerações vindouras.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Valença na História e na LendaNEVES, Manuel Augusto A. PintoEdição1990Valença do Minho
"Gravuras Rupestres do Concelho de Valença (Monte de Fortes (Taião), Tapada de Ozão e Monte da Laje)",Sep. das Actas do Semanário de Arqueologia do Noroeste PeninsularCUNHA, Ana Maria Cameirão Leite daEdição1980Barcelos
"Gravuras Rupestres do Concelho de Valença (Monte de Fortes (Taião), Tapada de Ozão e Monte da Laje)",Sep. das Actas do Semanário de Arqueologia do Noroeste PeninsularSILVA, Eduardo Jorge Lopes daEdição1980Barcelos
"Arte rupestre pós glaciária. Esquematismo e abstracção", História de Arte em Portugal, 1. Do Paleolítico à Arte VisigóticaBAPTISTA, António MartinhoEdição1986Lisboavol. 1, p. 31-55
ValençaROCHA, J. MarquesEdição1991Porto

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