Igreja e parte do antigo dormitório e restantes dependências do Mosteiro de Santa Maria de Coz | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja e parte do antigo dormitório e restantes dependências do Mosteiro de Santa Maria de Coz | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Mosteiro de Santa Maria de Cós / Igreja de Santa Maria de Coz (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Leiria/Alcobaça/Coz, Alpedriz e Montes | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Leiria | ||||||||||||
Concelho | Alcobaça | ||||||||||||
Freguesia | Coz, Alpedriz e Montes | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 13/2021, DR, 1.ª série, n.º 109, de 7-06-2021 (ampliou a área classificada, reclassificou como MIN com a designação de MN e alterou a designação para Igreja e parte do antigo dormitório e restantes dependências do Mosteiro de Santa Maria de Coz) (ver Decreto) Classificação aprovada no Conselho de Ministros de 22-04-2021 Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 10-07-2020 do subdiretor-geral da DGPC Anúncio n.º 99/2020, DR, 2.ª série, n.º 84, de 29-04-2020 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 12-02-2020 da diretora-geral da DGPC Parecer de 7-02-2020 da SPAA do CNC a propor a ampliação, a reclassificação como MN e a redenominação para "Igreja e parte do antigo dormitório e restantes dependências do Mosteiro de Santa Maria de Coz" Em 10-05-2017 o Departamento dos Bens Culturais da DGPC propôs que se mantivesse a intenção de não reclassificação como MN Em 26-04-2017 a CM de Alcobaça apresentou reclamação sobre a intenção de não reclassificação como MN Anúncio n.º 42/2017, DR, 2.ª série, n.º 63, de 29-03-2017 (ver Anúncio) Despacho de abertura de 6-10-2016 da diretora-geral da DGPC Proposta de 6-10-2016 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a abertura de procedimento de ampliação da classificação e de redenominação para Igreja e parte do antigo dormitório e restantes dependências do Mosteiro de de Santa Maria de Coz Requerimento de 8-02-2016 da CM de Alcobaça para a ampliação da classificação e reclassificação como MN Decreto n.º 35 443, DG, I Série, n.º 1, de 2-01-1946 (classificou como IIP a Igreja de Santa Maria de Cós) (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Proposta de 19-10-2007 da DR de Lisboa Proposta de 18-05-1980 da CM de Alcobaça para que se estabeleça uma ZEP | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913929 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel A atual igreja do Mosteiro de Santa Maria de Coz, no concelho de Alcobaça, é o único espaço preservado do antigo cenóbio. Volta-se para o terreiro formado pelo corpo da nave e pela ala dos dormitórios, tendo adossado, a norte, o corpo da sacristia e salas anexas, sendo a ala perpendicular dos dormitórios, a sul, antecedida por portaria e torre sineira. As restantes estruturas do complexo distribuir-se-iam em redor, ocupando áreas hoje correspondentes a eixos viários, logradouros e imóveis particulares, entre os quais se inclui o celeiro monástico, que funcionaria num edifício vizinho. O exterior do templo, muito austero, com abside contrafortada nos cunhais, revela um corpo longitudinal alongado pelo coro das monjas. O portal é de verga reta, enquadrado por arquitrave sobre pilastras, e encimado por frontão triangular interrompido com brasão real emoldurado por cartela de volutas, e a data de 1671 inscrita no lintel. A severidade das fachadas contrasta com a decoração barroca do interior, distribuída pela nave única que se articula com a capela-mor, mais elevada, e com o coro. A nave, coberta por teto em falsa abóbada de berço com caixotões de madeira pintados, é separada visualmente do coro por um grande arco totalmente preenchido por grade, e encimado por passadiço com balaustrada alta. Os muros são animados por silhares de azulejo de padrão azuis e brancos, enquadrando retábulos maneiristas e barrocos de talha dourada. A capela-mor é constituída por tramo único pouco profundo, mais estreito que a nave, inteiramente revestido por lambril e painéis de talha dourada emoldurando telas, revestimento que culmina no retábulo-mor, cuja tribuna exibe um conjunto escultórico representando a Sagrada Família durante a Fuga para o Egipto, sendo o trono ornado por imagem da Virgem. Do lado oposto, o coro está revestido por azulejos de padrão azuis e brancos, aos quais se encosta o magnífico cadeiral. A eixo com o altar-mor encontra-se um portal quinhentista de cantaria, em arco polilobado, ornado com grutescos, motivos vegetalistas e heráldica, abrindo-se, a sul, uma porta para as dependências conventuais, e, a norte, o acesso à sacristia, cujas paredes se encontram revestidas por painéis de azulejos figurando episódios da vida de São Bernardo, existindo ainda vestígios de pinturas murais. Das dependências conventuais resta o primeiro troço do corpo arruinado de um dormitório, cujas celas se distribuem ao longo de um corredor abobadado em berço. História Datará da primeira metade do século XIII a fundação deste mosteiro, destinado, segundo relatos da época, a receber algumas viúvas devotas que asseguravam o funcionamento da poderosa abadia de Alcobaça. Embora a instituição detivesse grande importância na povoação que se desenvolvia à sua sombra, o número de monjas e professas manteve-se modesto até ao século XVI. O ponto de viragem na vida da comunidade deu-se c. 1530, quando o mosteiro foi reconhecido pela Ordem de Cister, e elevado a abadia regular. As edificações medievais já haviam sofrido pelo menos uma grande intervenção, datada de 1519-27, e talvez conduzida por João de Castilho, da qual o vestígio mais notável é o portal manuelino recolocado no extremo nascente do coro da igreja. A estas obras, concluídas numa campanha terminada em 1562, seguiu-se a grande empreitada da segunda metade do século XVII, da qual resultaram a imponente igreja atual, erguida entre 1669 e 1671, e a moderna feição do claustro e dos dormitórios. Nos anos seguintes, até c.1716, concluiu-se a campanha decorativa barroca que dotou a igreja e seus anexos de altares de talha dourada, revestimentos azulejares e pintura. O período áureo da comunidade religiosa terminou com a destruição causada pelo Terramoto de 1755, que desalojou as monjas, e com a extinção das Ordens religiosas, em 1834, à qual se seguiram o saque generalizado e a ocupação desordenada dos espaços monásticos. Sílvia Leite DGPC | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 11 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa | |
Intimidade e Encanto. O Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Cós (Alcobaça) | SOUSA, Cristina Maria André de Pina e Sousa | Edição | 1998 | Lisboa | Tipo : Outras Publicações - História Este livro convida o leitor a olhar a história do Mosteiro de Santa Maria de Cós pela imagem e pelo documento escrito, propondo-lhe a redescoberta, para além da aridez e do labor historiográfico sério e profundo, da poesia de um reencontro com a História de uma antiga e bela casa cisterciense portuguesa. |
Intimidade e Encanto. O Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Cós (Alcobaça) | GOMES, Saul António | Edição | 1998 | Lisboa | Tipo : Outras Publicações - História Este livro convida o leitor a olhar a história do Mosteiro de Santa Maria de Cós pela imagem e pelo documento escrito, propondo-lhe a redescoberta, para além da aridez e do labor historiográfico sério e profundo, da poesia de um reencontro com a História de uma antiga e bela casa cisterciense portuguesa. |
A Obra Silvestre e a Esfera do Rei | PEREIRA, Paulo | Edição | 1990 | Coimbra | |
O Azulejo em Portugal | MECO, José | Edição | 1989 | Lisboa | |
Routier des abbayes cisterciennes du Portugal | COCHERIL, Maur | Edição | 1986 | Paris | |
Les azulejos de l'abbaye cistercienne de Cós, en Estremadura, separata dos Arquivos do Centro Cultural Português | COCHERIL, Maur | Edição | 1974 | Paris | |
"A imagem de S. Bernardo em azulejo do Mosteiro de Santa Maria de Cós", Azulejo, n.º 3/7 | PAIS, Alexandre Nobre | Edição | 1999 | Lisboa | |
"O sentido da decoração no painel do cadeiral de Cós", Actas do Congresso Internacional para a Investigação e Defesa do Património | TRINDADE, Maria Augusta | Edição | 1978 | Alcobaça | |
"Pintura maneirista e barroca na região dos Coutos de Alcobaça, 1538-1750". Arte e Arquitectura nas Abadias Cistercienses nos séculos XVI, XVII e XVIII (Actas), pp. 121-144 | SERRÃO, Vítor | Edição | 2000 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal, vol. V (Distrito de Leiria) | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1955 | Lisboa | |
Mosteiro de Santa Maria de Cós (Alcobaça). Contributos para a sua conservação e valorização | MARTINHO, Ana Margarida Louro | Edição | 2011 | Leiria |
Igreja de Santa Maria de Cós - Acesso à fachada principal
Igreja de Santa Maria de Cós - Planta anexa ao anúncio de abertura do procedimento de ampliação, com a delimitação do bem classificado e respetiva ZGP, e a delimitação do que se encontra em vias de classificação e respetiva ZGP (já é tudo MN desde 2021)
Igreja e parte do antigo dormitório e restantes dependências do Mosteiro de Santa Maria de Coz - Planta anexa ao decreto de ampliação, reclassificação como MN e alteração da designação, com a delimitação do bem classificado e da respetiva ZGP em vigor
Igreja de Santa Maria de Cós - Fachada lateral sul
Igreja de Santa Maria de Cós - Fachada lateral norte
Igreja de Santa Maria de Cós - Fachada lateral norte
Igreja de Santa Maria de Cós - Interior: coro das freiras (cadeiral)
Igreja de Santa Maria de Cós - Interior: cadeiral
Igreja de Santa Maria de Cós - Interior: retábulo-mor