Igreja paroquial de Avantos | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja paroquial de Avantos | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de Santo André, paroquial de Avantos / Igreja Paroquial de Avantos / Igreja de Santo André (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Mirandela/Avantos e Romeu | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Mirandela | ||||||||||||
Freguesia | Avantos e Romeu | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 1/86, DR, I Série, n.º 2, de 3-01-1986 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Implantada num plano ligeiramente elevado em relação ao núcleo urbano que a rodeia, a igreja paroquial de Avantos beneficia, ainda, de um maior destaque, pelo muro que a envolve, apenas interrompido pelo portão decorado por volutas e pináculos, no eixo do portal principal, e ao qual se acede por um lanço único de escadas. São muito incompletas as informações conhecidas sobre a edificação deste templo, que exibe o ano de 1756 no lintel do portal, juntamente com a inscrição: ARS BENE VIVENDI EST, VIATOR: SI VIS AETERNE VIVERE DISCE MORI, cuja tradução poderá ser a arte de bem viver é só uma, ó caminhante: se queres viver eternamente, aprende a morrer. Esta data deverá reportar-se a uma reedificação da igreja, ou a uma intervenção na fachada, uma vez que são vários os elementos do interior que apontam para a existência de um templo mais antigo, muito possivelmente, quinhentista. O exemplo mais flagrante desta situação são os frescos das capelas laterais, em mau estado de conservação e parcialmente encobertos pelos retábulos barrocos do século XVIII. Na verdade, o altar das Almas, de talha dourada proto-barroca, ou nacional, denuncia uma campanha de obras seiscentista, bem anterior ao restante equipamento decorativo do interior, datado da segunda metade de Setecentos. A fachada principal, em cantaria, é delimitada por pilastras nos cunhais, rematadas por pirâmides, que suportam a cornija de linhas curvas, interrompida ao centro pela torre sineira. O portal, de linhas rectas, termina em frontão semicircular, onde assenta a base da cruz que se eleva até ao limite da cornija, sendo flanqueada por dois óculos. A torre, de dupla sineira em arco de volta perfeita, termina em cornija saliente, com pináculos laterais e uma cruz, sob peanha, ao centro. Nas restantes fachadas, os volumes são definidos por pilastras, e os panos rebocados e pintados de branco. A planta do templo articula nave e capela-mor longitudinais, com sacristia anexa, à esquerda. O corpo apresenta coro alto, e púlpito de talha dourada e policromada, rococó, onde se destaca a existência de um anjo tocheiro no início da guarda das escadas de acesso. O tecto é revestido por caixotões, com pinturas representando os diversos santos, que ultrapassam o limite da cobertura para se prolongar uma fiada pelos panos murários da nave. A talha dourada e policromada ganha uma outra dinâmica no arco triunfal, uma vez que envolve o próprio arco e os retábulos colaterais, antecedendo o espaço totalmente revestido a ouro que encontramos na capela-mor. O retábulo-mor, rococó, ocupa a totalidade da parede fundeira, sendo complementado pelos caixotões do tecto, com representações hagiográficas, e pelas pinturas que revestem as paredes, com a mesma temática, sobre um rodapé pintura mural geométrica. A campanha da capela-mor é a única que se encontra seguramente datada, conhecendo-se, também o autor das pinturas do tecto, cuja assinatura está patente na representação de Santo Isidro. Trata-se de Damião Rodrigues Bustamente, artista natural de Valladolid, que executou este conjunto pictórico em 1773. O retábulo é, com certeza, posterior, pois o seu remate sobrepõe-se, parcialmente, aos primeiros caixotões (MOURINHO, 1995, p. 673). Concluímos, assim, que a igreja de Avantos, de fundação quinhentista, foi objecto de uma ampla remodelação na segunda metade do século XVIII, que visava actualizar a sua linguagem arquitectónica e decorativa, prolongando, no interior e principalmente na zona da capela-mor, um modelo de igreja forrada a ouro (mas com elementos rococó contemporâneos), o que testemunha a aceitação, por um longo tempo, de determinadas tendências artísticas. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 7 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A talha nos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso nos séculos XVII e XVIII | MOURINHO JÚNIOR, António Rodrigues | Edição | 1984 | Miranda do Douro | |
Arquitectura Religiosa da Diocese de Miranda do Douro (1545-1800) | MOURINHO JÚNIOR, António Rodrigues | Edição | 1995 | Bragança |
Igreja paroquial de Avantos - Fachada principal (DGEMN, 1979)
Igreja paroquial de Avantos - Interior: nave e capela-mor (DGEMN, 1979)
Igreja paroquial de Avantos - Interior: nave e coro-alto (DGEMN, 1979)
Igreja paroquial de Avantos - Interior da capela-mor: tecto de caixotões com pinturas representando cena da Vida de Cristo (DGEMN, 1979)
Igreja paroquial de Avantos - Interior: retábulo lateral do lado do Evangelho (DGEMN, 1979)
Igreja paroquial de Avantos - Interior: púlpito na parede do lado do Evangelho (DGEMN, 1979)
Igreja paroquial de Avantos - Interior: arco lateral com vestígios de pintura mural representando a Ressurreição de Cristo (DGEMN, 1979)