Cruzeiro de Malhadas | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Cruzeiro de Malhadas | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Cruzeiro de Malhadas (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Cruzeiro | ||||||||||||
Tipologia | Cruzeiro | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Miranda do Douro/Malhadas | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Miranda do Douro | ||||||||||||
Freguesia | Malhadas | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 40 361, DG, I Série, n.º 228, de 20-10-1955 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | "Classificado como medieval, época a que deverá respeitar, é difícil uma maior precisão cronológica, dada a ausência das peças de escultura que, pela sua tipologia e iconografia, forneceriam dados mais seguros, sobretudo no que respeitaria à figura de Cristo" (ROSAS, 2000). Com efeito, a rudeza do trabalho no granito e a perda de todos os elementos escultóricos exentos (que se deveriam integrar nos pequenos nichos da estrutura) faz com que tenhamos grandes dificuldades em catalogar este cruzeiro. É natural que ele pertença ao período tardo-medieval, altura em que sabemos terem sido construídos muitos cruzeiros de caminhos, próprios de um mundo civilizacional que tinha na devoção associada ao acto de viajar um importante vector. O facto de se apresentar como uma obra integralmente realizada em granito, e de a sua qualidade não ser assinalável, todavia, não invalida que estejamos já em presença de uma realização de época moderna, eventualmente associada à renovação da própria igreja matriz que, como sabemos, foi objecto de uma parcial remodelação no decurso do século XVI, com acrescento de uma capela lateral a Sul. Esta é, contudo, uma perspectiva de estudo que tem de aguardar melhores dados de caracterização, pois as incertezas em relação ao cruzeiro são tantas, e de tal ordem importantes (como a da sua exacta localização, que não podemos assegurar ter sido no actual afloramento granítico, pela quase inexistente preparação de terreno para a sua implantação) que tudo o que dissermos será necessariamente prematuro. A estrutura do cruzeiro é muito simples, limitando-se praticamente ao essencial. A base é tronco-cónica, de ligeira moldura inferior saliente, decorada numa das faces por pequena cruz inscrita, de terminações patadas e com quatro minúsculas circunferências de esgrafitos a ladeá-la. Nas faces laterais existem duas figuras, de difícil interpretação mas que, de acordo com Ernesto Jana, uma delas parece representar um touro (DGEMN, on-line), o que abre novas perspectivas a respeito da possível representação dos Evangelistas, presumivelmente nunca concluída, ou continuada nas partes superiores, entretanto perdidas. O cruzeiro propriamente dito compõe-se de duas partes: um relativo curto fuste, delimitado superiormente por uma imposta em forma de capitel e antecedida por uma irregular inscrição com a data de 1850 (com certeza aqui inscrita numa época muito posterior à feitura do monumento) e a cruz. Esta é facetada e possui braços e cabeceira do mesmo tamanho, o que aponta para uma forma em cruz grega. Não sabemos se esta zona do cruzeiro era decorada nas duas faces, mas uma delas apresenta "quatro encavos que correspondem ao lugar de peças de escultura desaparecidas" (ROSAS, 2000). Neste sentido, é de admitir que, para além do crucifixo, tenham existido outras figurações, facto natural em obras deste tipo e que corresponde a uma complexificação do discurso narrativo que, em muitos casos, pretendeu retratar as duas Paixões, a de Cristo e a de sua mãe, Maria. Situado no centro nevrálgico da povoação de Malhadas, onde passava um importante caminho medieval, que ligava Bragança e o ocidente transmontano a Miranda do Douro e o planalto leonês, o cruzeiro é uma das poucas obras do género na província de Trás-os-Montes que foram alvo de classificação como património nacional, facto que, a confirmar-se, algum dia, a sua datação em plena Baixa Idade Média, mais reforçará a sua relevância histórico-cultural. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: repositório amplo de notícias corográficas, hidro-orográficas, geológicas, mineralógicas, hidrológicas, biobibliográficas, heráldicas (...), 2ªed. | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 2000 | Bragança | Publicado a 1909-1948 |
"Cruzeiro de Malhadas", Do Douro Internacional ao Côa. As raízes de uma fronteira, CD-ROM | ROSAS, Lúcia Maria Cardoso | Edição | 2000 | Porto |