Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Casa do Fojo
Designação
DesignaçãoCasa do Fojo
Outras Designações / PesquisasCasa do Fojo, em Coimbrões (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Casa
TipologiaCasa
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Vila Nova de Gaia/Santa Marinha e São Pedro da Afurada
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua do FojoCoimbrões Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.123704-8.637024
DistritoPorto
ConcelhoVila Nova de Gaia
FreguesiaSanta Marinha e São Pedro da Afurada
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 95/78, DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaFundada em 1714, pelo general inglês William Neville, a Quinta do Fojo surge já mencionada nas Memórias Paroquiais de 1758, onde se refere que a freguesia de Santo André de Canidelo tinha "outra Capella dentro de hua quinta que possue João Neuel, de nação Britanica com o nome de São João Evangelista" (COSTA, 1983, p. 54). Nesta época, a propriedade encontrava-se já na posse de um descendente - João Nevil ou Neville.
Desconhecemos quem foi o responsável pela construção da Casa de habitação, mas o imóvel que hoje conhecemos, composto por casa, capela e pátio, pode ainda inscrever-se numa linguagem setecentista, onde a fachada se impõe como principal elemento dinamizador da arquitectura, com vãos simétricos, cujo ritmo converge ao centro, na composição formada pelo portal e janela de sacada no piso nobre. Todavia, encontramos aqui muitos elementos que anunciam soluções próprias do neoclassicismo que se impôs na cidade do Porto, no último terço do século XVIII, por influência da comunidade inglesa aí estabelecida. Facto que se compreende se tomarmos em consideração a nacionalidade dos seus proprietários, que assim anteciparam uma linha arquitectónica que viria a caracterizar o Norte do país, por oposição ao barroco de Nasoni, preponderante até então.
Estes elementos são particularmente visíveis ao nível da composição central da fachada, com moldura em cantaria de junta fendida ou rusticada, que recorda tantos outros edifícios portuenses, entre os quais destacamos o Hospital de Santo António, que se viria a afirmar como modelo privilegiado do novo gosto. Remata esta secção um frontão triangular, que interrompe a balaustrada de pedra. Este tornar-se-á um dos recursos mais empregues na arquitectura portuguesa, muitas vezes entendido enquanto sinal de prestígio. O seu emprego foi tão generalizado que, já em 1871, Ramalho Ortigão referia que o frontão era uma ideia fixa, inabalável, birrenta. Um edifício é um pretexto para um triângulo (FRANÇA, 1990, p. 321).
Composta por casa, capela e pátio, a Quinta do Fojo encontra-se, actualmente, bastante fragmentada. Mas a Casa mantém a sua estrutura de dois pisos, com janelas rectangulares na fachada principal, de sacada no andar nobre. Ladeiam a frontaria dois corpos idênticos, com portal recto encimado por frontão semicircular e janela, a que se sobrepõe um frontão com óculo cego. O da esquerda corresponde à capela, dedicada, como referimos, a São João Evangelista. Todo o conjunto denota grande unidade e simetria, a par de uma austeridade decorativa que se afasta dos modelos barrocos.
As restantes fachadas apresentam uma configuração simples, com vãos proporcionados de moldura recta, apenas quebrada por diversas varandas e alpendres de desenho mais cuidado, entre os quais se salienta o terraço junto à capela, com estatuária.
Rosário Carvalho
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Memórias Paroquiais Vila Nova de GaiaCOSTA, Francisco Barbosa daEdição1983Vila Nova de Gaia

IMAGENS

MAPA

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