Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Conjunto de todos os espigueiros de Soajo
Designação
DesignaçãoConjunto de todos os espigueiros de Soajo
Outras Designações / PesquisasConjunto dos Espigueiros do Soajo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Conjunto
TipologiaConjunto
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Arcos de Valdevez/Soajo
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Soajo Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.872309-8.262312
DistritoViana do Castelo
ConcelhoArcos de Valdevez
FreguesiaSoajo
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 8/83, DR, I Série, n.º 19, de 24-01-1983 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaInserida numa das zonas de maior beleza natural do actual território português, a Vila de Soajo destaca-se das demais pela organização social e económica que caracterizou sempre as suas gentes, estruturada em torno do princípio comunitário, tão particular das comunidades rurais, das quais fazia, em todo o caso, o pastoreio e a própria transumância, a ele inerente. Prolongava-se, deste modo, uma forma de estar que se perde no tempo, assim como a própria caça, com a qual se celebrizaram os seus habitantes, conhecidos, também por isso, como "monteiros".
Uma particularidade que se materializou noutros aspectos do quotidiano populacional, a exemplo do pelourinho erguido na praça principal, cujos elementos compósitos são interpretados por alguns autores como símbolos de uma forte tradição local de autonomia administrativa e política fortemente ancorada no seu mais remoto passado.
É, no entanto, já fora da Vila, propriamente dita, que a vertente comunitária assume maior visibilidade.
Falamos, é claro, dos espigueiros, expressão máxima da vida colectiva da região.
Localizados no topo de um volumoso afloramento granítico, os vinte e quatro espigueiros de Soajo de tipo galaico-minhoto rodeiam a eira comum.
Erguidos na matéria-prima, por excelência, da região - o granito -, os espigueiros tipificam-se de igual modo pelo corpo baixo e alongado que apresentam, variando, porém, na forma dos esteios da cobertura, das mesas e das padieiras, substituindo, muito provavelmente, os primitivos canastros, hoje desaparecidos, e que seriam construídos em verga, como o próprio nome indicará.
Um dos elementos mais interessantes residirá, contudo, no facto destas estruturas ostentarem vestígios de sugestiva sacralização, como no caso das cruzes presentes no topo, sobre peanhas, provavelmente destinadas a invocar protecção divina sobre os produtos neles contidos e que tão vitais se revelam ao normal desenvolvimento da vida das populações.
Datáveis dos séculos XVIII e XIX, numa altura em que Soajo chegou a ser concelho, os espigueiros conheceram maior actividade ao tempo do investimento na cultura do milho, assim resguardado, quer das intempéries, quer dos animais, afastados também pela presença dos telhados de duas águas e dos pilares de sustentação. E foi ainda a pensar na preservação do cereal que as paredes dos espigueiros foram fendidas verticalmente, de modo a permitir a circulação de ar por entre as espigas empilhadas, sendo a sua maioria ainda utilizada nos nossos dias para armazenamento e secagem do milho.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Guia de Portugal, v.4, t. II : Entre Douro e Minho, MinhoDIONÍSIO, Sant'AnaEdição1996Lisboa
Tesouros Artísticos de PortugalALMEIDA, José António Ferreira deEdição1976Lisboa

IMAGENS

Espigueiros de Soajo

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