Casa do Terreiro | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa do Terreiro | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa do Terreiro n.º 5 a 15 (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Casa | ||||||||||||
Tipologia | Casa | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Arcos de Valdevez/Arcos de Valdevez (São Paio) e Giela | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Arcos de Valdevez | ||||||||||||
Freguesia | Arcos de Valdevez (São Paio) e Giela | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A actual Casa das Artes de Arcos de Valdevez beneficia de um enquadramento urbano privilegiado: a fachada principal abre-se para o jardim dos Centenários e o alçado posterior para o rio Vez, para a encosta de Giela, com o monte Guião no topo. A sua edificação remonta à segunda metade do século XVIII, e deve-se à família Pereira de Vilhena, cujo brasão deve ter figurado no frontispício desta casa, antes de ser substituído pelo que hoje conhecemos, esquartelado e com os símbolos dos Araújo, Azevedo, Vasconcelos e Gama, pertencente aos segundos proprietários. De facto, em 1810, o imóvel foi adquirido pelo Conselheiro Gaspar de Azevedo Araújo, razão pela qual é também designado por "Casa do Conselheiro". Mais tarde, a casa seria novamente vendida ao industrial António Dias Gonçalves e. já na década de 90 do século XX. comprada pela Câmara, que procedeu a obras de conservação e reutilização do espaço, com o objectivo de aí instalar a Casa das Artes, dotada de uma biblioteca, um auditório e uma área de exposições. Apesar das muitas alterações de que foi objecto, o imóvel mantém as características setecentistas que o enquadram, de forma exemplar, na arquitectura civil barroca do Norte do pais (AZEVEDO, 1969). Tal como na grande maioria das casas brasonadas da época, também aqui observamos a tendência para o desenvolvimento dos volumes em comprimento e num sentido horizontalizante, com planta rectangular, que privilegia a procura da estabilidade em detrimento de uma planimetria dinâmica. A procura de movimento é consubstanciada na abertura simétrica e ritmada dos vãos e pela divisão do alçado principal através de pilastras, definindo três corpos. Assim, no piso térreo as janelas apresentam molduras rectas, situação que se repete nas janelas de sacada do andar nobre, cujo habitual tratamento privilegiado é bem visível nos modilhões onde se apoiam as varandas. Estes criam uma linha horizontal, reforçada pelo friso que percorre todo o alçado. O ritmo dos vãos converge, ao centro, no portal principal, flanqueado por pilastras com capitéis, a que se sobrepõem os modilhões da varanda superior. Sobre esta, encontra-se o brasão de armas já referido que, tal como acontece em boa parte das casas nobres do século XVIII, tende a elevar-se e a romper a linha do telhado, que desenha um frontão. Assim, este elemento heráldico tornava-se ainda mais destacado, evidenciando o poder e o prestígio dos seus proprietários. A fachada posterior, bastante modificada, apresentava, originalmente, três pisos, abertos por uma arcada e uma loggia com colunas, esta última fechada para criar um jardim de Inverno. Esta opção de maior abertura ao exterior justifica-se pela implantação do imóvel, sobre o rio. Por sua vez, no interior destaca-se a escadaria e alguns dos salões, cujos tectos exibem pinturas em tela e estuque, mais tardias e por isso mesmo, já de gosto neoclássico. O retábulo da capela é, ainda, barroco. A Casa do Terreiro constitui, assim, um bom exemplo da arquitectura civil do século XVIII, a par com uma série de edifícios de características semelhantes que encontramos em Arcos de Valdevez. Contudo, não observamos aqui a disparidade de tratamento entre o exterior e o interior, pois os espaços correspondentes aos diversos salões denotam uma importante decoração neoclássica ao nível dos tectos, consequência, muito possivelmente, da intervenção patrocinada por Gaspar de Azevedo de Araújo Gama, depois da aquisição do imóvel, no início do século XIX. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Igreja do Espírito Santo, com todo o seu recheio de talha | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico da Região Norte - I | GONÇALVES, Flávio | Edição | 1973 | ||
Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
Casas armoriadas do Concelho dos Arcos de Valdevez: subsídios para o estudo da nobreza arcoense, vol. 1 | SILVA, Armando Malheiro da | Edição | 2000 | Arcos de Valdevez | |
Casas armoriadas do Concelho dos Arcos de Valdevez: subsídios para o estudo da nobreza arcoense, vol. 1 | DAMÁSIO, Luís Pimenta de Castro | Edição | 2000 | Arcos de Valdevez | |
Cozinhas. Espaço e Arquitectura | PEREIRA, Ana Marques | Edição | 2006 | Lisboa |