Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ponte de D. Luís
Designação
DesignaçãoPonte de D. Luís
Outras Designações / PesquisasPonte de D. Luís (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Ponte
TipologiaPonte
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Porto; Vila Nova de Gaia/Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória; Santa Marinha e São Pedro da Afurada
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Avenida Vimara PeresPorto Número de Polícia:
-- sobre o Douro com acesso pelo Cais da RibeiraPorto Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.139725-8.609421
DistritoPorto
ConcelhoPorto; Vila Nova de Gaia
FreguesiaCedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória; Santa Marinha e São Pedro da Afurada
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património MundialAbrangido por conjunto inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, que, ao abrigo do n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, se encontra classificado como MN
Património Mundial DesignaçãoCentro Histórico do Porto
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA utilização do ferro fundido, a partir do último quartel do século XVIII, e do aço laminado que, em 1870, veio substituir o do ferro laminado (para além do próprio betão armado, já em período finissecular), possibilitou a edificação de um vasto conjunto de pontes absolutamente essencial à expansão das linhas de caminho-de-ferro em plena Era Industrial, além de permitir uma maior criatividade aos seus projectistas, graças às características dos novos materiais utilizados, ultrapassando muitas das dificuldades impostas pela própria geografia do terreno.
Eram, na verdade, planos que se enquadrariam na perfeição no conceito generalizado de "Arquitectura do Ferro", então profusamente incrementado pela nova burguesia que lhe dera vida e sentido, bem como à própria sociabilidade de raízes liberais, substanciada nas múltiplas possibilidades económicas proporcionadas pelo vertiginoso desenvolvimento científico-teconológico. E apesar de ter sido a Inglaterra a presenciar as primeiras experiências neste domínio da engenharia, foi a ponte concebida por Gustave Eiffel (1832-1923) para Bordéus, em 1860, conhecida por La Passerelle, que acabou por servir de modelo a todas quantas foram doravante erguidas.
Um pouco à semelhança do que sucedeu noutros recantos europeus, a construção de pontes em Portugal acompanhou o próprio processo de abertura de novas estradas, no âmbito da política Fontista de meados de oitocentos, período geralmente conhecido por Regeneração. E foi neste ambiente, que a primeira ponte metálica lançada em território nacional teve lugar na cidade do Porto, sobre o rio Douro, a conhecida "Ponte Pênsil", certamente graças à grande actividade comercial que caracterizava a urbe e à considerável comunidade de origem britânica que aí residia desde há longa data.
É neste contexto que, depois de a "Ponte de D. Maria", projectada por Gustave Eiffel, ter sido construída entre 1876 e 1877, para dar continuidade à linha férrea do Norte, a "Ponte de D. Luís I" foi apresentada a concurso em 1880, a fim de substituir a antiga "Ponte Pênsil" (aberta ao trânsito em 1843), ela própria uma substituição da "Ponte das Barcas" (inaugurada em 1806), a localizar sobre o rio Douro, entre o morro granítico onde se ergue a "Sé Catedral" portuense e a encosta fronteira da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia.
O anteprojecto que serviria de base ao referido concurso foi, então, entregue ao engenheiro João Joaquim de Matos, onde se definiam os moldes estruturais pelos quais se deveria reger o projecto final, tendo como principal elemento regulador a obrigatoriedade da existência de dois tabuleiros, que serviriam para ligar as partes ribeirinha e superior do Porto e de Vila Nova de Gaia. Aberto o concurso, a "Sociedade anónima de construção e oficinas de Willebroeck" (Bélgica), apresentou um projecto da responsabilidade do engenheiro francês Théophile Seyrig (1844-1923), que fora sócio de Gustave Eiffel na construção da "Ponte D. Maria".
Supervisionada pelo engenheiro belga, em representação da casa Willebroeck, Artur Maury, e fiscalizadas pelo engenheiro português José Macedo Araújo Júnior, as obras resultaram numa ponte de consideráveis dimensões formada por um arco central de rótula, biarticulado, com um vão de 180 metros (com um tabuleiro superior de 391, 25 metros de extensão e um inferior com 174 metros, ambos com cinco metros de largura) e de importância capital na rede de circulação urbana, que acabaria por ser inaugurada em Maio de 1886.
[AMartins]
ProcessoSobre o Douro com acesso pelo Cais da Ribeira e Av. Vimara Peres
Abrangido em ZEP ou ZPIgreja da Serra do PilarIgreja de Santa ClaraPilares (2) que sustentavam a ponte pênsilZona histórica do Porto
Outra ClassificaçãoCentro Histórico do Porto, Ponte Luiz I e Mosteiro da Serra do PilarZona histórica do Porto
Nº de Imagens6
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Pontes metálicas rodoviáriasMARTINS, Maria do Rosário FrançaEdição1998Lisboa
Pontes metálicas rodoviáriasTORRES, Maria Teresa PinheiroEdição1998Lisboa
Pontes metálicas rodoviáriasFREIRE, Paula Cristina MartinsEdição1998Lisboa

IMAGENS

Ponte de D. Luís - Vista geral a partir do Cais da Ribeira

Ponte de D. Luís - Vista de juzante (pilares da margem Norte)

Ponte de D. Luís - Vista parcial após recuperação da Metro

Ponte de D. Luís - Vista parcial após recuperação da Metro

Ponte de D. Luís - Vista geral após recuperação da Metro

Ponte de D. Luís - Vista parcial após recuperação da Metro

MAPA

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