Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Casal de Santa Maria (conjunto edificado e zona envolvente), também denominado «Parque de Serralves» ou «Quinta do Riba de Ave» (primitiva Quinta do Conde de Vizela - Carlos Alberto Cabral)
Designação
DesignaçãoCasal de Santa Maria (conjunto edificado e zona envolvente), também denominado «Parque de Serralves» ou «Quinta do Riba de Ave» (primitiva Quinta do Conde de Vizela - Carlos Alberto Cabral)
Outras Designações / PesquisasCasa de Serralves / Casal de Santa Maria / Museu de Serralves (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Parque de Serralves (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Casal
TipologiaCasal
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Porto/Lordelo do Ouro e Massarelos
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Avenida do Marechal Gomes da CostaPorto Número de Polícia:
Rua de Bartolomeu VelhoPorto Número de Polícia: 141
Rua de Gil EanesPorto Número de Polícia:
Rua de D. João de CastroPorto Número de Polícia:
Rua de SerralvesPorto Número de Polícia: 977
Largo de D. João IIIPorto Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.159605-8.656479
DistritoPorto
ConcelhoPorto
FreguesiaLordelo do Ouro e Massarelos
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 31-G/2012, DR, 1.ª série, n.º 252 (suplemento), de 31-12-2012 (sem restrições) (reclassificou como MN) (ver Decreto)
Anúncio n.º 14393/2011, DR, 2.ª série, n.º 195, de 11-10-2011 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 23-03-2010 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Informação favorável de 17-12-2009 da DRC do Norte
Proposta de 14-10-2009 da Fundação Serralves para a reclassificação como MN
Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (classificou como IIP o "Casal de Santa Maria (conjunto edificado e zona envolvente), também denominado «Parque de Serralves» ou «Quinta do Riba de Ave» (primitiva Quinta do Conde de Vizela - Carlos Alberto Cabral)") (ver Decreto)
ZEPDecreto n.º 31-G/2012, DR, 1.ª série, n.º 252 (suplemento), de 31-12-2012 (manteve em vigor a ZEP já fixada) (ver Decreto)
Anúncio n.º 14393/2011, DR, 2.ª série, n.º 195, de 11-10-2011 (ver Anúncio)
Parecer de 23-03-2010 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. a propor que a ZEP seja mantida mas que o seu limite seja rigorosamente desenhado
Portaria n.º 593/99, DR, II Série, n.º 133, de 09-06-1999 (sem restrições)
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914629
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaActualmente conhecido como Casa de Serralves, sede da fundação com o mesmo nome, este imóvel constituiu originalmente a habitação portuense do segundo Conde de Vizela, Carlos Alberto Cabral, numa freguesia rural da zona ocidental do Porto. A encomenda do conjunto, constando de uma casa com capela, um parque de grandes dimensões, zonas de lazer e agrícolas, e edifícios anexos, foi atribuída ao prestigiado arquitecto portuense José Marques da Silva, formado em Paris, e autor, entre outros, do teatro de São João e da estação ferroviária de São Bento, na mesma cidade. Da reunião entre o gosto actualizado de Carlos Alberto Cabral e a marcante influência francesa da obra de Marques da Silva, surgiria um dos mais interessantes exemplares de arquitectura Art Deco do país, e uma excepcional adição ao património modernista da cidade do Porto.
Após um primeiro projecto, datado de 1925 e apresentado na Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais de Paris, no mesmo ano, o risco definitivo da Casa de Serralves surgiria em 1931, seguindo-se-lhe o projecto dos jardins, estes da autoria do arquitecto e urbanista francês Jacques Gréber, trazendo já um largo currículo internacional. As obras ficaram concluídas em 1940, apenas sete anos antes da morte de Marques da Silva.
A casa é um edifício de dois pisos (e cave), cuja planta se articula ainda com o corpo da capela, definindo uma zona de pátio aberto. Na fachada principal, muito característica, destaca-se o avançado envidraçado que enquadra a entrada. As antigas dependências familiares, com zonas de serviço na cave, salas no piso térreo, e quartos no segundo piso, encontram-se presentemente adaptadas como espaço museológico. Esta utilização contemporânea da casa é bastante feliz, adequando-se a ela as suas linhas modernistas, as largas superfícies envidraçadas, a ligação dos salões principais aos respectivos jardins, ou o imponente hall principal, de pé-direito duplo. A adaptação a espaço cultural, de fruição pública, também está de acordo com as particularidades históricas e arquitectónicas do imóvel e do parque envolvente. A casa, representando um ícone modernista da cidade do Porto e uma obra única no seu estilo no país, destaca-se também no conjunto da produção de Marques da Silva, que aqui logrou conjugar os códigos puramente Déco com um "pragmatismo construtivo" (Ana TOSTÕES) que ultrapassa o mero decorativismo e assume uma escala e equilíbrio notáveis. Na decoração dos interiores, efemeramente habitados por Carlos Alberto Cabral e Blanche Daubin na década de 40, foram ainda utilizadas obras de artistas franceses de primeiríssima linha, como sejam Edgar Brandt, Jacques-Émile Ruhlmann, Jules Leleu, Charles Siclis (que havia sido já chamado para traçar a casa principal, depois entregue a Marques da Silva), René Lalique, e outros.
Quanto ao parque, este representa um dos poucos (e mais relevantes) exemplos de paisagismo modernista, de influência francesa, em todo o mundo. Constituído por 18 hectares de terreno em socalcos, inclui um jardim com relvados, árvores frondosas, canteiros e tanques de água, ligado por uma escadaria ao lago de tipo romântico; continua a desdobrar-se em terrenos agrícolas, com pastagens e horta, até terminar na zona dos antigos estábulos e anexos. Junto à casa fica o grande Roseiral, entre os mais notáveis do país e actualmente em fase de recuperação, e outras zonas ajardinadas. Existe ainda uma extensa mancha de bosque (carvalhal) e um campo de ténis. Na sua totalidade, a área verde garantida pelo Parque de Serralves, de resto inserido numa zona densamente urbanizada, apresenta um importantíssimo contributo para a qualidade ambiental da cidade do Porto. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens18
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Arquitectura Moderna e Obra Global a partir de 1900TOSTÕES, AnaEdição2009PortoColecção Arte Portuguesa - Da Pré-História ao Século XX, n.º 16
Marques da SilvaCARDOSO, Ana SofiaEdição2012Vila do Conde

IMAGENS

«Parque de Serralves» - Edifício principal (sede da Fundação)

«Parque de Serralves» - Jardins (junto à sede)

«Parque de Serralves» - Casa de chá

«Parque de Serralves» - Museu de Arte Contemporânea de Serralves

«Parque de Serralves» - Museu de Arte Contemporânea de Serralves: entrada

«Parque de Serralves» - Museu de Arte Contemporânea de Serralves: pátio da entrada

«Parque de Serralves» - Museu de Arte Contemporânea de Serralves: fachada (janela da Biblioteca)

«Parque de Serralves» - Museu de Arte Contemporânea de Serralves: fachada

«Parque de Serralves» - Jardins: Colher de Jardineiro escultura de Claes Oldenburg

«Parque de Serralves» - Jardins: Pavilhão de Dan Grham intitulado Double Exposure

Portaria n.º 593/99, DR, II Série, n.º 133, de 09-06-1999 - Texto e planta do diploma

Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

Parque de Serralves. Maria Ramalho, 2013.

Casal de Santa Maria e Parque de Serralves. Maria Ramalho, 2013

Casal de Santa Maria ou Casa de Serralves. Maria Ramalho, 2013

Jardim da Casa de Serralves. Maria Ramalho, 2013

Casal de Santa Maria ou Casa de Serralves. Maria Ramalho, 2013

Casal de Santa Maria ou Casa de Serralves (Capela). Maria Ramalho, 2013

MAPA

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