Igreja de São Miguel de Castro Verde, incluindo todo o seu recheio | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de São Miguel de Castro Verde, incluindo todo o seu recheio | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de São Miguel dos Gregórios / Igreja de São Miguel (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Beja/Castro Verde/Castro Verde e Casével | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Beja | ||||||||||||
Concelho | Castro Verde | ||||||||||||
Freguesia | Castro Verde e Casével | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 516/71, DG, I Série, n.º 274, de 22-11-1971 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12737527 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A pequena igreja rural de São Miguel de Castro Verde ergue-se a alguma distância da povoação, tratando-se de uma típica igreja de romaria, rodeada inclusivamente por estruturas de apoio aos peregrinos (casa dos romeiros, em ruínas). De resto, a Romaria de São Miguel ainda é realizada em Castro Verde, no mês de Maio. A actual igreja terá substituído outra, seiscentista, a cerca de um quilómetro de distância; no seu local foi construída, a par das obras do novo templo e pelo mesmo mestre pedreiro, uma fonte apelidada de Fonte Santa ou Fonte dos Milagres. Esta fonte faz parte do percurso dos peregrinos, uma vez que evoca, no local primitivo, o milagre que deu origem ao templo e à romaria associada. A empreitada da igreja, bem como a da fonte, está documentalmente atribuída a mestre Pedro Gomes. As obras tiveram início entre 1715 e 1720, embora os edifícios anexos (sacristia, casa dos romeiros, estrebaria) se tenham levantado entre 1719 e 1728. Os registos de pagamentos conhecidos, alguns deles por trabalhos de arquitectura, continuam pelo menos até 1776, quando é levantado o arco triunfal, pelo que a obra se terá arrastado por muito tempo. Mesmo para além desta data, e até final do século XVIII, continuam a ser efectuados trabalhos de revestimento do interior; o sino será pago em 1799. Rodeada por um pequeno terreno murado, a igrejinha distribui-se em L, composto pelo corpo da nave e pela sacristia, adossada ao alçado esquerdo, junto da cabeceira. A fachada principal, bastante simples, é rematada em empena triangular com cruz latina, sob a qual se abre o portal de verga recta, encimado por um janelão também rectangular. Os cunhais do edifício são coroados por acrotérios com remates piramidais, existindo ainda uma cruz sobre a empena da cabeceira, em simetria com a da fachada principal. Sobre a sacristia, rasgada igualmente por porta de verga recta, levanta-se a sineira, composta por um arco redondo rodeado por aletas barrocas e coroado por um frontão interrompido. O interior, de nave única, é coberto com abóbada de berço, tal como a capela-mor. O arco triunfal, datado já de finais da centúria, é um vão redondo assente sobre largas pilastras. Os panos murários são totalmente revestidos com azulejos policromos em tapete, que se sabe terem sido encomendados em Lisboa, e pagos em 1779; incluem cenas alusivas às intervenções milagrosas de São Miguel, na capela-mor. Mas particularmente interessante é o tratamento da abóbada da capela, onde se simula uma arquitectura fingida em trompe-l'oeil, com notável tratamento perspéctico. Quanto ao altar-mor, trata-se de uma elegante peça em mármore branco e rosa. Ao trabalho da pedra soma-se o de carpintaria, incluindo o púlpito da nave. De realçar que a estrutura deste templo, desde a fachada principal até ao interior, corrido por uma cimalha moldurada sobre a qual assentam as abóbadas, é muito semelhante à de outros monumentos coevos da região, como é o caso da Igreja Matriz de Entradas, situada no mesmo concelho, e erguida a partir de 1745, quando a Igreja de São Miguel estava ainda longe da sua conclusão. O arco triunfal é decorado com as armas reais, permitindo supor que o avanço das obras só foi possível após patronagem régia; aliás, o revestimento azulejar do templo é atribuído à iniciativa de D. Maria, talvez em continuação do interesse que D. José teria demonstrado pela obra (e que, de forma geral, D. João V já demonstrara por todo o concelho de Castro Verde, que foi priorado da Coroa). O carácter erudito do tecto em perspectiva, bem como a intervenção documentada de mestre Sebastião de Abreu, um dos expoentes máximos da arte da talha rococó no Alentejo, na obra da igreja, mais acrescentam à hipótese de uma intervenção directa da família real para que os trabalhos pudessem seguir. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |
Igreja de São Miguel de Castro Verde - Fachada principal
Igreja de São Miguel de Castro Verde - Zona envolvente
Igreja de São Miguel de Castro Verde - Zona envolvente: ruínas da casa de romeiros
Igreja de São Miguel de Castro Verde - Interior: capela-mor
Igreja de São Miguel de Castro Verde - Interior: pintura mural no tecto da capela-mor
Igreja de São Miguel de Castro Verde - Interior da capela-mor: painel de azulejos imitando porta
Igreja de São Miguel de Castro Verde - Campanário sobre o corpo da sacristia
Igreja de São Miguel de Castro Verde - Fachada lateral esquerda (DGEMN)
Igreja de São Miguel de Castro Verde - Fachada principal (DGEMN)
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt