Castelo de Alcantarilha | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Alcantarilha | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Alcantarilha / Muralhas de Alcantarilha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Silves/Alcantarilha e Pêra | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Silves | ||||||||||||
Freguesia | Alcantarilha e Pêra | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181501 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Entre Faro e Silves (numa zona de transição entre o Barlavento e o Centro do Algarve), Alcantarilha foi uma povoação de grande importância estratégica, uma vez que se situava na estrada que colocava em comunicação as duas capitais islâmicas da província. Esse estatuto foi ainda reforçado pela existência de uma ponte, que terá dado mesmo nome à localidade: al-qantarâ. Apesar dessa circunstância, o que conhecemos da sua fase islâmica é muito escasso, não se tendo, até ao momento, realizado quaisquer intervenções arqueológicas no perímetro urbano. Ao longo das últimas décadas, muitos têm sido os vestígios encontrados, fruto das múltiplas obras realizadas em espaços privados do seu centro histórico. Rosa Varela Gomes fala em "numerosos silos, assim como materiais arqueológicos de diferentes períodos" (GOMES, 2002, p.117), mas até agora não houve um esforço coerente para contextualizar convenientemente esse espólio. O mesmo se passa com os vestígios de arquitectura militar aqui remanescentes. Ainda em apreciável estado de conservação em 1948, as últimas décadas determinaram uma progressiva destruição da fortaleza medieval, sacrificando-se extensos troços de muralha e adulterando-se radicalmente a fisionomia do espaço intra-muros. Para a desfiguração do castelo islâmico muito contribuiu, também, a reconstrução ordenada por D. Sebastião, em 1573. Este monarca, passando pela localidade nesse ano, determinou uma série de melhoramentos no reduto, cuja importância estratégica se mantinha, desta vez como um ponto recuado da linha de costa e uma segurança mais interior, que pudesse fazer frente a ataques marítimos e a eventuais desembarques de tropas inimigas. Tem-se afirmado que a fortaleza sofreu bastante danos com o Terremoto de 1755. Infelizmente, não estamos ainda suficientemente documentados a esse respeito, embora não pareçam existir muitas dúvidas de que a decadência do castelo se verificou numa época avançada da Idade Moderna, eventualmente coincidente com o terremoto. Por tudo isto, o castelo de Alcantarilha é uma grande incógnita, desconhecendo-se quase tudo a respeito da sua configuração medieval, incluindo torres, portas, e eventuais sistemas complementares de defesa. O desenho levemente ovalado que as ruas altas de Alcantarilha apresentam faz pensar numa intervenção global de cariz gótico, imediatamente após a conquista do Algarve por D. Afonso III, projecto de que não temos vestígios materiais seguros, mas de cuja efectividade não devemos duvidar, até pela importância estratégica do castelo durante a Baixa Idade Média. Na actualidade, são muito poucos os elementos descobertos, sendo certo que uma parte significativa da muralha se encontra oculta por construções modernas. O mais importante troço conservado localiza-se na Travessa do Castelo, e revela um aparelho constituído à base de pedras miúdas, irregularmente dispostas, cuja cronologia exacta não é, até ao momento, possível de estabelecer, embora não se assemelhe minimamente aos castelos de taipa que marcam a última fase de ocupação islâmica da província. A parte superior desses muros são abertos por seteiras e ameias, originalmente em associação a um caminho de ronda também ele desaparecido. Em progressivo e rápido desmantelamento, pela dinâmica urbanística verificada por todo o Algarve, Alcantarilha aguarda, ainda, a definição de um programa de investigação arqueológica coerente, que permita conhecer a real importância da localidade no contexto islâmico regional e respectiva transição para a esfera cristã, assim como possibilite reconhecer a época de fundação da localidade, que alguns autores atribuem a um período pré-romano, mas, uma vez mais, sem base sólida de sustentabilidade. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Castelos, fortalezas e torres da região do Algarve | COUTINHO, Valdemar | Edição | 1997 | Faro | |
Silves. Guia turístico da cidade e do concelho | DOMINGUES, José Domingos Garcia | Edição | 2002 | Silves | 2ªed. |
O Legado Arquitectónico Islâmico no Algarve | MAGALHÃES, Natércia | Edição | 2002 | Lisboa | |
Corografia ou memoria economica, estadistica, e topografica do reino do Algarve | LOPES, João Baptista da Silva | Edição | 1841 | Lisboa | |
Silves (Xelb), uma cidade do Gharb al-Andalus: território e cultura | GOMES, Rosa Varela | Edição | 2002 | Lisboa | |
Alcantarilha. Percursos do Tempo | REIS, João Vasco | Edição | Alcantarilha | ||
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil Arquitectónico | CORREIA, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos | Edição | 2010 | Coimbra | |
Algarve - Castelos, Cercas e Fortalezas | MAGALHÃES, Natércia | Edição | 2008 | Faro |
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