Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Forte de São Bruno
Designação
DesignaçãoForte de São Bruno
Outras Designações / PesquisasForte de São Bruno (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Forte
TipologiaForte
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Oeiras/Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Avenida MarginalCaxias Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.697877-9.274798
DistritoLisboa
ConcelhoOeiras
FreguesiaOeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 95/78, DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12736627
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Localizado em Caxias, junto à Ribeira de Barcarena, o Forte de São Bruno é um edifício de planta poligonal em forma de estrela com dois baluartes, que se desenvolve em torno de um pátio central quadrangular. A entrada no interior faz-se por um grande portal de arco pleno ladeado por pilastras, sobre o qual foi colocado o escudo de Portugal com a data 1647. Ao centro do pátio foi construída a casa forte, com cobertura abobadada.
História
A construção do Forte de São Bruno integrou-se no plano de reforma do sistema fortificado da costa marítima portuguesa levado a cabo no período posterior à Restauração da Independência. No ano de 1647, e decorrendo desta estratégia de reforçar a fronteira oceânica, neste caso específico o troço costeiro entre Lisboa e Cascais, D. João IV determinou que fosse edificado um pequeno forte no lugar de Caxias, destinado a intensificar a defesa da margem direita da barra do rio Tejo. Através do cruzamento de fogo desta nova fortificação com os fortes de Nossa Senhora do Vale e de Nossa Senhora de Porto Salvo, as três estruturas reforçavam a defesa de São Julião da Barra. O monarca nomearia D. António Luís de Meneses, conde de Cantanhede e Governador de Armas da Praça de Cascais, como responsável pela obra.
Tendo estado em pleno funcionamento durante a segunda metade de Seiscentos, o Forte de São Bruno seria desativado diversas vezes ao longo do século XVIII, devido aos frequentes assoreamentos a que estava sujeita.
No início da centúria seguinte foi integrado nas designadas Linhas de Torres, três linhas defensivas formadas por um conjunto de cerca de 150 fortalezas distribuídas entre Torres Vedras e Lisboa que asseguraram a defesa da capital durante a terceira invasão das tropas napoleónicas, entre 1810 e 1811.
No entanto, em 1815 dava-se notícia de que a fortaleza estava novamente assoreada e denotando sinais de degradação estrutural, sendo desativada sensivelmente na mesma época.
Nas décadas seguintes foi utilizado a título particular, até que em 1895 foi ocupado pela Administração Geral das Alfândegas, que ali instalou um posto fiscal, a funcionar somente a partir dos primeiros anos do século XX. A Guarda Fiscal ocuparia o espaço até 1946, data em que o imóvel foi cedido à Mocidade Portuguesa.
Na segunda metade do século foi intervencionado algumas vezes: entre 1952 e 1958 seria objeto de obras de consolidação levadas a cabo pela DGEMN, organismo que voltou a dirigir um projeto de recuperação da estrutura entre 1982 e 1986, e a obras de reabilitação entre 1997 e 2000, tendo neste último a parceria da Câmara Municipal de Oeiras.
À semelhança da maioria das fortalezas que pontuam a costa Lisboa-Cascais, o Forte de São Bruno está classificado como de interesse público, com decreto de 1978. Atualmente é a sede de honra da Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos, que aí comemora o seu dia aniversário.
Catarina Oliveira
DGPC, 2022
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias7

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Fortificações da foz do TejoSANTOS, Cristina Próspero dosEdição2012Lisboa
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaAZEVEDO, Carlos deEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
"Do rigor teórico à urgência prática: a arquitectura militar", História da Arte em Portugal, vol. 8MOREIRA, RafaelEdição1986Lisboa
Fortificações marítimas do concelho de OeirasCALLIXTO, Carlos PereiraEdição1986Oeiras
Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de OeirasSOROMENHO, Maria IsabelEdição1999Oeiras
Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de OeirasRIBEIRO, Cristina PintassilgoEdição1999Oeiras
Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de OeirasBATALHA, Elisa GalrãoEdição1999Oeiras
Memórias da linha de CascaisCOLAÇO, Branca de GontaEdição1943Cascais
Memórias da linha de CascaisARCHER, MariaEdição1943Cascais
"Oeiras e o complexo histórico-militar de defesa da barra do Tejo", Oeiras - A Terra e os Homens, 1.º Ciclo de Estudos Oeirenses, pp. 169-195BARROS, Maria de Fátima RomboutsEdição1998Oeiras
"Oeiras e o complexo histórico-militar de defesa da barra do Tejo", Oeiras - A Terra e os Homens, 1.º Ciclo de Estudos Oeirenses, pp. 169-195BOIÇA, Joaquim Manuel FerreiraEdição1998Oeiras
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaFERRÃO, JulietaEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaGUSMÃO, Adriano deEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973

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