Castelo velho de Alcoutim | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo velho de Alcoutim | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castro de Santa Bárbara / Castelo Velho de Alcoutim (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Alcoutim/Alcoutim e Pereiro | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Alcoutim | ||||||||||||
Freguesia | Alcoutim e Pereiro | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A cerca de 1Km para Norte da actual vila de Alcoutim, o castelo velho é uma das mais importantes estruturas militares islâmicas do Algarve, não apenas do ponto de vista histórico (pelos níveis de ocupação muçulmana que ainda conserva), mas também numa perspectiva historiográfica (na medida em que integra um coerente programa de investigação dedicado à época islâmica na parte oriental do Algarve, desenvolvido ao longo das últimas duas décadas por Helena Catarino). O texto que se segue aproveita, essencialmente, as conclusões desta última autora. A opção pelo lugar dominante onde se situa o Castelo Velho (e não o da actual vila de Alcoutim) não está plenamente justificado. As melhores condições de visibilidade e o eventual aproveitamento de anteriores estruturas de origem romana (identificadas no vizinho local da Lourinhã) e outras altimedievais, podem ser argumentos a ter em conta. Certo é que o Castelo Velho foi a cabeça de um vasto território com dois condicionalismos fundamentais: por um lado, as actividades fluviais ao longo do Guadiana; por outro, a importante exploração mineira da região, de que se conhecem já importantes estabelecimentos (CATARINO, 1997/98, pp.599-602). A sua cronologia está, hoje, bem definida graças às sucessivas campanhas arqueológicas aqui efectuadas. Num primeiro momento, que coincide genericamente com a instalação de novos poderes islâmicos durante o Emirato de Córdova, procedeu-se à construção da fortaleza. Posteriormente, nas épocas califal e das primeiras taifas, o urbanismo inicial foi objecto de algumas alterações, datando desses períodos o adossamento de algumas habitações às muralhas (IDEM, p.597). O próprio sistema defensivo foi sendo alterado ao longo dos tempos, como se comprova pela construção tardia da torre que protege a porta principal. O conjunto militar compõe-se de dois recintos fortificados, ambos de planta rectangular. O superior, que corresponde à alcáçova, ocupa uma área de apenas 704m2 e integra várias torres quadrangulares e rectangulares, com a particularidade de nenhuma delas estar posicionada nos ângulos, bem como duas portas de comunicação com o exterior (IDEM, p.596). A segunda linha de muralhas foi edificada para protecção do povoado que se desenvolvia ao longo da encosta. Apresenta perfil igualmente rectangular e reforço por torres adossadas, a que se associava uma porta em cotovelo, que permitia a comunicação com a área habitacional periférica, esta desenvolvendo-se presumivelmente encosta abaixo até ao nível do rio. Este tipo de estrutura racional, que impõe a geometria da estrutura edificada às condições do terreno, integra-se na perfeição na tipologia de castelos omíadas. Helena Catarino, não obstante lamentar a ainda escassa gama de paralelos para os castelos do Algarve Oriental, sugeriu uma aproximação ao forte de Almiserát (Alicante), construído já no século X, e a outros com idênticas características (IDEM, p.609). Tal atribuição é reforçada pela morfologia do aparelho utilizado, à base "de pedra solta irregular, com pedras argamassadas com terra" (IDEM, p.589), típico das obras militares omíadas. Abandonado durante o século XI, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas, o castelo velho de Alcoutim não mais voltou a servir os propósitos militares que estiveram na sua origem. Com a (Re)conquista do Algarve, os novos poderes cristãos privilegiaram a actual vila de Alcoutim, onde construíram um castelo e edificaram um novo povoado tutelar da região. Existiram, todavia, campanhas tardo-medievais, como se comprova pelos panos ameados e, especialmente, pela existência de portas góticas, o que prova como, no século XIII, a fortaleza era ainda importante a ponto de os cristãos aqui terem efectuado algumas reformas modernizadoras. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 15 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses | ALMEIDA, João de | Edição | 1948 | Lisboa | |
"Cerâmicas omíadas do Garb Al-Andalus: resultados arqueológicos no Castelo Velho de Alcoutim e no Castelo das Relíquias (Alcoutim)", Arqueología y Territorio Medieval, nº6, pp.113-132 | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1999 | Jaén | |
"Fortificações da serra algarvia", Portugal Islâmico. Os últimos sinais do Mediterrâneo, pp.207-218 | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1998 | Lisboa | |
"Os sistemas defensivos muçulmanos do Algarve Oriental e o Castelo Velho de Alcoutim", 3º Congresso de Arqueología Medieval Española, vol.2, pp.296-305 | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1989 | Oviedo | |
"Arqueologia medieval islâmica no Algarve: Alcoutim, Salir e Paderne", Actas do Encontro de Arqueologia do Algarve, pp.123-131 | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1990 | Faro | |
"Castelos muçulmanos do Algarve", Noventa séculos entre a serra e o mar, pp.449-457 | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1997 | Lisboa | |
"Arqueologia medieval no Algarve Oriental. Os castelos de Alcoutim", Arqueologia en el Entorno del Bajo Guadiana. Actas del Encuentro Internacional de Arqueologia del Suroeste, pp.657-671 | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1994 | Huelva | |
"Escavações arqueológicas nos castelos de Alcoutim", Actas do 4º Congresso do Algarve, pp.25-32 | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1986 | Montechoro | |
O Algarve islâmico : roteiro por Faro, Loulé, Silves e Tavira | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 2002 | Faro | |
"O Algarve oriental durante a ocupação islâmica - povoamento rural e recintos fortificados", Al- Ulyã, nº6, 3 vols. | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1997 | Loulé | n.º 6, 3 vols. |
"Vestígios muçulmanos no Nordeste Algarvio e o Castelo Velho de Alcoutim", Actas do 6º Congresso do Algarve, pp.25-31 | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1990 | Albufeira | n.º 1, pp. 25-31 |
"Castelos Muculmanos do Algarve", 90 séculos entre a serra e o mar, Lisboa, IPPAR, 1997, pp.449-457 | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 1997 | Lisboa | Publicado a 1997 |
Alcoutim | LAMEIRA, Francisco | Edição | 1994 | Alcoutim | |
Algarve - Castelos, Cercas e Fortalezas | MAGALHÃES, Natércia | Edição | 2008 | Faro | |
Alcoutim, capital do nordeste algarvio. Subsídios para uma monografia | NUNES, António Manuel Ascensão | Edição | 1985 | Alcoutim |
Castelo velho de Alcoutim - Interior do recinto: vista parcial
Castelo velho de Alcoutim - Porta principal de acesso
Castelo velho de Alcoutim - Vista aérea
Castelo velho de Alcoutim - Interior do recinto: vista parcial
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