Igreja de Nossa Senhora da Nazaré, incluindo os azulejos que a revestem | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Nossa Senhora da Nazaré, incluindo os azulejos que a revestem | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Santuário de Nossa Senhora da Nazaré (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Leiria/Nazaré/Nazaré | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Leiria | ||||||||||||
Concelho | Nazaré | ||||||||||||
Freguesia | Nazaré | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 95/78, DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978 (ver Decreto) Edital de 9-09-1977 da CM da Nazaré Despacho de homologação de 8-06-1976 Parecer de 4-06-1986 da 4.ª Subsecção da 2.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP Proposta de classificação de vogal da 4.ª Subsecção da 2.ª Secção da JNE | ||||||||||||
ZEP | Em 30-08-1988 a CM da Nazaré enviou a planta solicitada Em 5-04-1988 foi solicitada à CM da Nazaré uma planta do Sítio da Nazaré Proposta de 11-03-1988 do MEADJM para que se fixe a ZEP conjunta da Igreja de Nossa Senhora da Nazaré e da Ermida da Memória | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Também designado por igreja do Milagre, este templo conheceu grande devoção por parte dos habitantes da região, e dos próprios monarcas, que muitas vezes aqui se deslocaram prestando homenagem a Nossa Senhora da Nazaré. A sua tradição é bastante remota, pois o primeiro templo que aqui existiu foi edificado por iniciativa de D. Fernando, em 1377. Consta que, já na primeira metade do século XVII, foram realizadas obras de beneficiação na capela-mor e na nave. Estas não teriam sido, no entanto, muito satisfatórias, pois entre 1680 e 1691 o templo foi totalmente reedificado, dando lugar à igreja que hoje conhecemos, maneirista mas com traços barrocos. As campanhas decorativas sucederam-se, depois, ao longo dos séculos XVIII e XIX. Igreja de forte devoção e de peregrinação, beneficia de um adro de grandes dimensões, fronteiro à fachada principal, onde a escadaria semicircular é uma evocação do caminho ascensional a percorrer para chegar ao sagrado. Habitualmente implantadas num local isolado, as igrejas de peregrinação eram antecedidas por longos escadórios, muitas vezes alusivos aos passos da Paixão de Cristo, que recriavam. A sua fachada é imponente, apresentando uma arcaria exterior, que tem continuidade nos alçados dos dois edifícios anexos, abertos por vãos regulares e simétricos. Todo o conjunto é rematado por uma platibanda, rendilhada na zona das arcadas, e interrompida pelo arco de entrada, que se eleva acima desta linha, sendo coroado por um frontão e pelas armas nacionais. Este alpendre, que evoca o primitivo abrigo para os romeiros, mandado edificar pelo Mestre de Avis em 1383, tem continuidade na nave da igreja, comunicando com o seu interior através da abertura de várias portas, e com o exterior por arcarias e um arco central, semelhante ao do alçado principal (SEQUEIRA, 1955). Num plano mais recuado, a fachada da igreja ultrapassa a linha dos telhados do alpendre, com as janelas do coro, parcialmente encobertas pelo frontão do arco principal, a que se sobrepõem as duas torres, rematadas por pináculos e por cúpula oitavada, e unidas, ao centro, pelo relógio. Estes volumes verticais são complementados pelo lanternim que coroa a abóbada do cruzeiro, apenas edificada na primeira metade do século XIX. A planta desenvolve-se em cruz latina, de nave única, com coro alto que avança em dois corpos sobre a nave, e cujo cadeiral é proveniente do Mosteiro de Cós. Sob estes corpos, abrem-se os quatro altares laterais da nave. Os do transepto exibem retábulos de talha dourada e branca, conjugando-se com o revestimento azulejar alusivo à vida de José no Egipto, e executado em 1709 pelo pintor holandês van der Kloet. Todos estes elementos, à excepção dos azulejos, pertencem a uma campanha da segunda metade do século XVIII, que integrou, ainda, os púlpitos. Na capela-mor, o retábulo é de talha dourada de estilo nacional, datando do final do século XVII. A campanha oitocentista foi responsável, ainda, pela abertura de portas neo-góticas, recuperando também o gosto pela azulejaria árabe, ao revestir com exemples neo-árabes os nichos que se abrem na capela-mor. O ferro marca presença nas escadas de acesso à tribuna do retábulo-mor. Uma última referência para os azulejos da sacristia e do corredor, fornecidos pelo azulejador Manuel Borges, em 1714, como consta num dos livros do Arquivo da real casa de Nossa Senhora da Nazaré. O traço dos desenhos e a ligação de Borges com a família Oliveira Bernardes, tem evado os investigadores a atribuir este conjunto a António de Oliveira Bernardes. Na verdade, o painel da abóbada do corredor de acesso à nave, é o que mais se destaca, retomando um modelo muito utilizado por este pintor noutras composições - a Assunção de Nossa Senhora gravada por Otto van Veen, a partir de uma pintura de Rubens. Gravura essa que se encontra no Museu Nacional de Arte Antiga, e que aqui foi reduzida e simplificada no que diz respeito ao grupo de anjos (MECO, 1999, p. 47). (RC) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal, vol. V (Distrito de Leiria) | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1955 | Lisboa | |
"Algumas fontes flamengas de azulejos portugueses: Otto van Veen, Rubens", Azulejo, n.º 3/7, pp. 23-60 | MECO, José | Edição | 1999 | Lisboa | |
Os azulejos de Willem van der Kloet em Portugal (catálogo da exposição) | AA.VV. | Edição | 1994 | Lisboa |
Igreja de Nossa Senhora da Nazaré - Vista geral do santuário (de sul)
Igreja de Nossa Senhora da Nazaré - Fachada lateral sul com alpendre
Igreja de Nossa Senhora da Nazaré - Interior do alpendre do lado sul
Santuário de Nossa Senhora da Nazaré - Fachada principal: alto relevo sobre a entrada principal representando o Milagre de Nossa Senhora da Nazaré
Santuário de Nossa Senhora da Nazaré - Interior da igreja: nave e capela-mor
Santuário de Nossa Senhora da Nazaré - Interior da igreja: tribuna com imagem da Virgem no retábulo-mor
Santuário de Nossa Senhora da Nazaré - Fachada principal: vista geral
Santuário de Nossa Senhora da Nazaré - Enquadramento geral da envolvente
Santuário de Nossa Senhora da Nazaré - Vista geral de Sudeste
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