Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ruínas da Capela da Senhora da Hera
Designação
DesignaçãoRuínas da Capela da Senhora da Hera
Outras Designações / PesquisasCapela da Senhora da Idera / Capela da Senhora da Hera / Capela da Senhora da Hedra / Capela da Senhora da Edra (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBragança/Bragança/Espinhosela
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Cova da Lua Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.89003-6.818772
DistritoBragança
ConcelhoBragança
FreguesiaEspinhosela
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (alterou a designação para Ruínas da Capela da Senhora da Hera) (ver Decreto)
Decreto n.º 1/86, DR, I Série, n.º 2, de 3-01-1986 (classificou a Capela da Senhora da Idera (ruínas)) (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaAs ruínas da capela de Nossa Senhora da Hera, de Cova de Lua, são o testemunho da antiga igreja paroquial, de época românica. Actualmente, apenas restam vestígios da estrutura arquitectónica, nomeadamente, panos murários de altura reduzida, que contrastam vivamente com o que resta do vão do antigo portal principal que é o elemento de maiores dimensões do conjunto. Tratava-se de uma igreja de planta longitudinal, com nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, a que se anexava um outro volume rectangular, correspondente à sacristia. As paredes foram construídas em alvenaria de xisto. O portal, tardo-românico, desenvolvia-se em arco de volta perfeita assente sobre pilastras e colunas de capitéis vegetalistas, a que se reunia ainda um conjunto de difícil interpretação, formado por uma figura humana e outras duas de animais.
Antes da edificação medieval existiu aqui um outro templo de origem romana, que foi alvo de uma investigação arqueológica em 1997, dirigida por Armando Redentor, e cujas conclusões seguimos (REDENTOR, 2002).
Na verdade, há várias referências a lápides com epigrafia romana que se encontravam integradas na construção e foram descobertas no século XVIII, aquando de uma demolição (BORGES 1721-1724, fl. 71). Apesar de já ser conhecida desde o século XVIII (SANTA MARIA, 1716; BORGES, 1724), em 1905 surgiu uma outra lápide, dedicada ao deus Bandue por Cornelius Oculatus, cuja interpretação tem suscitado acesa discussão. Era uma ara que hoje se encontra desaparecida mas que na época foi transcrita por Manuel Camelo de Morais.
Na verdade, os autores dividem-se entre os que defendem que Bandua era uma divindade das comunidades pré-romanas (BLÁZQUEZ MARTÍNEZ, 1962, p. 52; ENCARNAÇÃO, 1975, p. 141-142) e os que optam por conferir à palavra o sentido de divindade, deus, ou lar (SILVA, 1986, p. 295-297; UNTERMANN, 1985.; e HOZ, 1986, p. 36-41). Mais recentemente, B. García Fernández-Albalat liga esta divindade às comunidades guerreiras lusitano-galaicas, prolongando-se o seu culto no seio dos exércitos romanos, pois podia ser equivalente a Marte. Esta é a dedicatória ao deus Bandua mais oriental que se encontrou, a norte do Douro (REDENTOR, 2002, p. 229).
(RC)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
A Cultura Castreja no Noroeste de PortugalSILVA, Armando Coelho Ferreira daEdição1986Paços de Ferreira
Santuário MarianoSANTA MARIA, Frei Agostinho deEdição1933LisboaPrimeira edição 1707 - 1723, Off. António Pedrozo Galvão
Divindades indígenas sob domínio romano em PortugalENCARNAÇÃO, José d'Edição1975
Religiones primitivas de Hispania, I. Fuentes literarias y epigráficasBLÁZQUEZ MARTÍNEZ, José MariaEdição1962
Epigrafia Romana da Região de BragançaREDENTOR, Armando JoséEdição2002Lisboa"Trabalhos de Arqueologia", n.º 24, p. 334
Descripção Topographica da Cidade de BragançaBORGES, J. C.Edição
"Los teonimos de la región lusitano-gallega como fuente de las lenguas indígenas", Actas del III Coloquio sobre Lenguas y Culturas Paleohispánicas, pp. 343-363UNTERMANN, J.Edição1980Salamanca
Guerra y religión en la Gallaecia y la Lusitania antiguasFERNÁNDEZ-ALBALAT, B. GarcíaEdição1990A Coruña

IMAGENS

Convento e Igreja de São Francisco - Vestígios do vão do antigo portal

Convento e Igreja de São Francisco - Vestígios de panos murários

MAPA

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