Igreja da Misericórdia de Arcos de Valdevez incluindo a biblioteca e o cruzeiro junto à fachada sul | |||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||
Designação | Igreja da Misericórdia de Arcos de Valdevez incluindo a biblioteca e o cruzeiro junto à fachada sul | ||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Arcos de Valdevez/Arcos de Valdevez (São Salvador), Vila Fonche e Parada | ||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||||||||||
Concelho | Arcos de Valdevez | ||||||||||||||||||||
Freguesia | Arcos de Valdevez (São Salvador), Vila Fonche e Parada | ||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (ver Decreto) | ||||||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 22051577 | ||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A igreja que hoje conhecemos, com a casa do Consistório anexa e o cruzeiro implantado na zona posterior, é o resultado de múltiplas intervenções, que tomaram por base o templo primitivo, cuja construção teve início no mesmo ano da fundação da Irmandade da Misericórdia de Arcos de Valdevez, ou seja, 1595. No inicio do século XVIII, o estado de ruína da sacristia levou a mesa a encomendar o projecto de uma nova fachada para esta dependência e, também, para a igreja. Datados de 1710, estes desenhos foram concretizados, somente, e 1733, dotando o frontispício do templo da linguagem barroca, que se observa, também, na casa do Consistório, no mesmo alinhamento, mas ligeiramente recuada (ARIEIRO, 1995, p. 31). Remonta a esta mesma intervenção a abertura do amplo nicho sobre o portal, que alberga o retábulo de talha dourada dedicado a Nossa Senhora da Porta. Não se conhece a origem desta invocação, mas é possível que radique na existência de uma imagem de Nossa Senhora da Misericórdia sobre o portal da antiga igreja (ARIEIRO, 1995, p. 31). O volume do templo é delimitado por duplas pilastras, coroadas por pináculos, nos cunhais. Ao centro da fachada definem-se duas composições idênticas e sobrepostas, que correspondem ao portal e ao nicho de Nossa Senhora da Porta. Assim, ambos são flanqueado por duplas pilastras, a que se sobrepõe o entablamento, diferindo apenas na forma d vão - o portal é recto e o nicho em arco de volta perfeita. Sobrepõe-se-lhe um frontão de volutas, a enquadrar as armas reais, que acompanha o remate do alçado, em empena marcada por ampla cornija. Dois óculos quadrilobados no primeiro registo e duas janelas de frontão curvo no segundo, ladeiam o portal e o nicho. A fachada do Consistório, é definida por pilastras laterais que suportam o entablamento, sobre o qual se ergue a sineira. Esta é, também, flanqueada por pilastras e frontão curvo, interrompido por um pináculo. O portal, de verga recta, é semelhante ao da igreja, mas encimado por frontão de volutas com pinha ao centro. Abre-se para um átrio com arco pleno e escadaria de acesso ao primeiro piso, com corrimão de cantaria iniciado com dupla voluta. Na década de 1740 foram as talhas do interior da igreja a ser alvo de remodelação e douramento e, em 1791, o corpo do templo sofreu nova campanha de obras que recaiu, muito possivelmente, sobre os retábulos, então renovados de acordo com o gosto neoclássico, bem presente na tonalidade dourada e branca e nos motivos adoptados. A nave única, com tecto de madeira pintado (com representações, ao centro, da Visitação e Assunção da Virgem ), articula-se com a capela-mor, rectangular. No conjunto, impera a depuração, e a decoração circunscreve-se aos retábulos (dois laterais, dois colaterais em ângulo e o retábulo-mor), púlpitos, arco triunfal e coro alto, que incluí no seu interior o órgão. A capela-mor, com tecto em estuque pintado, é iluminada por quatro amplas janelas de linhas rectas, com sanefas de talha, e silhar de azulejos polícromos, de padrão. O retábulo exibe uma tela com a representação habitual de Nossa Senhora da Misericórdia. Por sua vez, também o cruzeiro, no exterior, foi objecto de diferentes intervenções, relacionadas com a substituição, em 1752, do original, executado em 1601, pelo que hoje conhecemos (ARIEIRO, 1995, p. 23). Ergue-se sobre dois degraus e desenvolve-se através de base decorada por motivos vegetalistas, coluna de folhagens superiormente canelada, capitel com passos da vida de Cristo esculpidos (no horto, preso à coluna, com a coroa de espinhos e com a cruz aos ombros) e remate com Cristo crucificado. Em 1854 foi mudado para o adro da igreja, em 1941 para a zona Este do templo e por fim, em 1988, para o largo onde hoje se encontra, na fachada posterior da igreja e que corresponde ao antigo cemitério da Misericórdia. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
Inventário Artístico da Região Norte - I | GONÇALVES, Flávio | Edição | 1973 | ||
Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez | ARIEIRO, José Borlido | Edição | 1995 | Arcos de Valdevez |