Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ponte de Nossa Senhora da Ajuda
Designação
DesignaçãoPonte de Nossa Senhora da Ajuda
Outras Designações / PesquisasPonte de Nossa Senhora da Ajuda (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Ponte
TipologiaPonte
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Elvas/Assunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Elvas Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.775734-7.170401
DistritoPortalegre
ConcelhoElvas
FreguesiaAssunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 47 508, DG, I Série, n.º 20, de 24-01-1967 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914629
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaExtensa e monumental ponte renascentista, arruinada desde o século XVIII, de estrutura com visível influência clássica, encontra-se num importante ponto estratégico de passagem do rio Guadiana e permitia a circulação viária entre Elvas e Olivença.
Situada num ponto estratégico de passagem do Rio Guadiana, é certamente, pela sua dimensão e qualidade construtiva, um dos marcos da construção civil, viária, do século XVI, constituindo ainda hoje um importante marco paisagístico de carácter histórico-patrimonial.
Foi edificada no reinado de D. Manuel I, em zona onde há notícia ter sido construída em 1360 uma outra ponte em pedra, num período em se efectuaram importantes trabalhos em Olivença, como a reparação das suas muralhas, a construção da Igreja da Madalena, da Santa Casa da Misericórdia e do Portal das Casas Consistoriais.
Destruída por causa de cheias em finais de Quinhentos, encontrava-se arruinada em 1640 tendo sido reconstruída após a Restauração, sendo novamente alvo de destruição e de recuperação resultante da guerra que se seguiu.
Palco de várias disputas territoriais e político-militares, acabou por ser parcialmente destruída na Guerra da Sucessão de Espanha em 1709.
Tinha originalmente dezanove arcos, na sua maioria de volta perfeita, possuindo no entanto em cada extremidade arcos abatidos, tal como deveria ser o central, mais espaçado do que os restantes de forma a transpor em amplitude a maior profundidade do leito do rio.
Restam cinco arcos na margem esquerda e oito na margem direita, sendo ainda visíveis os remanescentes pegões arruinados no Guadiana. Os pilares, quadrangulares, possuem talhamares em ambos os seus lados e são de pedra bem aparelhada, com o embasamento feito com silhares graníticos. O seu tabuleiro era horizontal em toda a extensão e tem cerca de 450m de comprimento por 5m de largura, encontrando-se a cerca de 10m do ponto mais profundo do leito.
Bem localizada, sobre o pegão de arranque do sexto arco da margem direita, está uma torre arruinada que possuiria três pisos e que certamente serviria para controle do ponto de passagem e fortificação em caso de conflito.
Em 1903, por ocasião de encontro com do Rei D. Carlos com o Rei Afonso XIII de Espanha em Vila Viçosa, ficou o Governo do Reino, a pedido dos locais, de efectuar a reconstrução da ponte, o que não acabou por não suceder.
Em 1990, durante a cimeira Luso-Espanhola do Algarve, foi acordada novamente a reconstrução da ponte, com fins pedonais, e a construção de uma outra travessia rodoviária. Em 1995 foi apresentado um projecto de reconstrução que tem sofrido várias vissicitudes que culminaram com a suspensão da obra iniciada, nesse âmbito, em meados de 2003 pela Direcção-Geral de Estradas do Ministério do Fomento espanhol.
Uma das questões então levantadas, para além de outras, nomeadamente no âmbito da avaliação da intervenção patrimonial, passava então pela protecção da população mais densa a nível mundial de um narciso em vias de extinção, o narcissus cavanillesii, que se encontra protegido por normas internacionais e que é uma espécie endémica extremamente rara da Península Ibérica e do Norte de África, só existindo duas populações conhecidas em Portugal, sendo a mais numerosa a que se encontra no tabuleiro da ponte da Ajuda, com 11 mil indivíduos, de acordo com os estudos efectuados para a EDIA pelos biólogos do Jardim Botânico de Lisboa.
Este facto levou à integração do sítio Juromenha-Guadiana na listagem da Rede Natura 2000. (JAM)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens8
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roteiro dos Monumentos Militares PortuguesesALMEIDA, João deEdição1948Lisboa
Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores PortuguesesVITERBO, Francisco M. de SousaEdição1988LisboaLisboa
História de Portugal RestauradoERICEIRA, Conde deEdição1947Porto
Crónica do Felicíssimo Rei D. ManuelGÓIS, Damião deEdição1949Coimbra
Chancelarias Portuguesas - D. Pedro IMARQUES, A. H. de OliveiraEdição1984Lisboa
El enclave de OlivenzaSANCHEZ, Rosa MariaEdição1994Cáceres

IMAGENS

Ponte de Nossa Senhora da Ajuda - Enquadramento paisagístico

Ponte de Nossa Senhora da Ajuda - Vista geral a jusante das ruínas da ponte

Ponte de Nossa Senhora da Ajuda - Vista da margem direita

Ponte de Nossa Senhora da Ajuda - Reconstrução efectuada nas ruínas da margem esquerda

Ponte de Nossa Senhora da Ajuda - Vista dos arcos da margem direita

Ponte de Nossa Senhora da Ajuda - Tabuleiro da margem direita e ruínas da torre

Ponte de Nossa Senhora da Ajuda - Pegão em ruínas, com silhares onde são visíveis marcas de canteiro

Ponte de Nossa Senhora da Ajuda - Desenho de perspectiva da ponte

MAPA

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