Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo do Crato (restos)
Designação
DesignaçãoCastelo do Crato (restos)
Outras Designações / PesquisasCastelo da Azinheira / Castelo do Crato / Fortificações do Crato / Castelo da Azinheira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Crato/Crato e Mártires, Flor da Rosa e Vale do Peso
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo do CasteloErvedal Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.284685-7.6428
DistritoPortalegre
ConcelhoCrato
FreguesiaCrato e Mártires, Flor da Rosa e Vale do Peso
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181502
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO Crato foi reconquistado para o domínio cristão logo em 1160, embora o seu repovoamento tenha arrancado apenas a partir de 1232, quando D. Sancho II fez doação do local à Ordem dos Hospitalários (ou Ordem de São João de Jerusalém), mais tarde Ordem de Malta. Seguiu-se a construção do castelo, e, algumas décadas mais tarde, a atribuição do primeiro foral, dado pela Ordem (1270). O priorado do Crato, constituído em 1340 (com cavaleiros vindos de Leça do Bailio) constituiria a mais importante representação dos Hospitalários em Portugal, sendo a vila do Crato feita cabeça da Ordem em 1350, depois da Batalha do Salado.
A construção do castelo terá avançado ao longo do século XIV, como comprovam algumas cartas do rei D. Pedro, nas quais se faz referência aos trabalhos de construção de valas e barbacãs no Crato e na Amieira. Em 1430, sob o priorado de D. Frei Nunes de Góis, dá-se a reconstrução da fortaleza, incluindo a delimitação de um novo recinto amuralhado. No entanto, em 1439 - 1440 (a data do regresso da sede da Ordem ao Crato, após uma temporada na vizinha Flor da Rosa) as muralhas e o castelo são arrasadas pelas tropas do Infante D. Pedro, seguindo-se nova reconstrução do local. O prior dos Hospitalários havia acolhido a rainha viúva de D. Duarte, D. Leonor de Aragão, antes da sua partida para Castela, opondo-se às pretensões do regente.
Mais trabalhos no castelo ocorreram aquando da celebração do casamento de D. João III e D. Catarina da Áustria, nesse local, em 1525. O castelo do Crato já fora, de resto, palco do casamento de D. Manuel com D. Leonor de Castela, alguns anos após a outorga de foral novo por este monarca, em 1512. Tanto os casamentos régios como o foral manuelino são testemunhos privilegiados da importância e estado de conservação do castelo, à época. Porém, a intervenção mais marcante terá sido aquela que determinou a transformação do castelo medieval em fortaleza moderna, no século XVII, perante o panorama da Guerra da Restauração. A partir de 1642, avançaram as obras ordenadas por D. João IV; as muralhas foram reconstruídas, e ergueu-se um típico fortim de planta poligonal, disposta em estrela irregular de quatro pontas, ao contrário da arcaica planta trapezoidal que apresentava até então, com cinco torres nos ângulos (uma das quais a de menagem). Os muros foram guarnecidos de baluartes e casamatas, e adaptados à utilização de artilharia. No entanto, as obras ainda decorriam quando o castelo e a vila do Crato foram cercados pelas tropas de D. João da Áustria, em 1662. Os atacantes arrasaram o conjunto, e destruíram inclusivamente o cartório e arquivos da Ordem de Malta, designação da Ordem dos Hospitalários a partir de 1530. Das estruturas medievais e modernas, pouco ficou de pé e reconhecível. Para além de alguns trechos de muralhas, restou uma guarita, a cisterna, duas torres em ruínas, e algumas estruturas de suporte para as plataformas dos canhões. Da casa do governador do castelo ficaram apenas algumas arcadas.
O castelo pertenceu a particulares até 1989, data na qual foi adquirido pela Câmara Municipal, embora fosse imediatamente concessionado à Fundação do Castelo do Crato. A partir de 1992, a Fundação levou a cabo importantes obras de reabilitação do conjunto, destinadas a valorizar as ruínas, e a dinamizar o castelo como centro cultural e espaço de lazer. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias9

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
As Cidades e as Vilas da Monarquia Portuguesa que têm brasão de armasBARBOSA, Inácio de VilhenaEdição1860LisboaLocal de edição - Lisboa Data do Editor : 1860
Inventário Artístico de Portugal - vol. I (Distrito de Portalegre)KEIL, LuísEdição1943Lisboa
Castelos PortuguesesMONTEIRO, João GouveiaEdição2002LisboaLivro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico.
Castelos PortuguesesPONTES, Maria LeonorEdição2002LisboaLivro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico.
Os mais belos castelos e fortalezas de PortugalCABRITA, AugustoEdição1986Lisboa
Os mais belos castelos e fortalezas de PortugalGIL, JúlioEdição1986Lisboa
Tratado da Cidade de PortalegreSOTTO MAIOR, Diogo PereiraEdição1984Lisboa
Portalegre na História militar de PortugalSILVA, Aurélio NunesEdição1950Coimbra
A gloriosa história dos mais belos castelos de PortugalPERES, DamiãoEdição1969Barcelos
"Algumas vilas, igrejas e castelos do antigo Priorado do Crato (Crato; Flor da Rosa; Amieira)", Arqueologia e História, vol. 8SOUSA, Tude Martins deEdição1930Lisboa
Guia Artístico do CratoRODRIGUES, JorgeEdição1989Crato
Guia Artístico do CratoPEREIRA, PauloEdição1989Crato

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