Cinema São Jorge, incluindo o património integrado | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Cinema São Jorge, incluindo o património integrado | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Cinema São Jorge (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Cinema | ||||||||||||||||
Tipologia | Cinema | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Santo António | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||||||
Freguesia | Santo António | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Em Vias de Classificação | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Em Vias de Classificação (com Despacho de Abertura) | ||||||||||||||||
Cronologia | (A designação só será alterada para património móvel integrado com a publicação da portaria de classificação) (Projeto de diploma enviado à tutela para publicação, tendo sido devolvido com pedido de melhor fundamentação) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 14-07-2022 da subdiretora-geral da DGPC Anúncio n.º 37/2019, DR, 2.ª série, n.º 53, de 15-03-2019 (ver Anúncio) Parecer favorável de 28-11-2018 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 12-01-2017 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a classificação como MIP Anúncio n.º 244/2015, DR, 2.ª série, n.º 210, de 27-10-2015 (ver Anúncio) Despacho de 27-08-2015 do diretor-geral da DGPC a determinar a abertura de novo procedimento da classificação Proposta de 7-08-2015 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para abertura de novo procedimento de classificação Despacho de homologação de 26-10-1989 do Secretário de Estado da Cultura (processo perdido) | ||||||||||||||||
ZEP | (Projeto de diploma enviado à tutela para publicação, tendo sido devolvido com pedido de melhor fundamentação) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 14-07-2022 da subdiretora-geral da DGPC Anúncio n.º 37/2019, DR, 2.ª série, n.º 53, de 15-03-2019 (ver Anúncio) Parecer favorável de 28-11-2018 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Em 13-02-2017 foi solicitado à CM de Lisboa parecer sobre a proposta de ZEP Proposta de 12-01-2017 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC | ||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 181501 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel O Cinema São Jorge, localizado na Avenida da Liberdade, em Lisboa, foi projetado como uma sala de exceção, desde logo pela sua capacidade de 1827 lugares (913 na plateia e 914 nos três grupos do balcão). Este facto obrigou à ampla utilização de betão armado, nomeadamente para vencer o arrojado vão do balcão. A enorme sala foi concebida com os conceitos e com a tecnologia mais avançada à época, nomeadamente a sua disposição espacial, com a planta de piso inclinado, forma trapezoidal, ecrã localizado no lado menor e lado maior convexo para servir de diretriz às filas de cadeiras concêntricas. Inovações que se estendiam aos equipamentos de ar condicionado, aquecimento, vácuo e eletricidade, para além de requintes como o palco elevatório com o famoso órgão Compton que fazia a diferença face às salas da concorrência. Conforto e distinção que se procurou ainda com a criteriosa seleção de materiais (madeiras, alcatifas e estuques) e de desenho (nomeadamente em termos de iluminação indireta). São ainda de destacar os dois foyers (plateia e balcão), importantes condensadores sociais, espaços dentro do espaço, verdadeiros protagonistas da ação, com as suas generosas dimensões, de fácil acesso ao exterior (segurança na evacuação), inundados de luz natural, cuidada decoração e iluminação indireta (de Fred Kradofler), e serviços associados (bar, bengaleiro e instalações sanitárias de exceção) que convidavam aos encontros sociais que o ritmo das sessões e do negócio então permitiam. A sua mole apresenta uma monumentalidade justificada, ao nível da fachada principal, pelo virtuosismo de conseguir animar uma gigantesca fachada quase cega, onde funcionalmente pouco acontece, com um caráter de necessidade subtil pelos motivos com que se desenha, nomeadamente as longas faixas verticais que, em disposição central, estruturam todos os outros motivos arquitetónicos que giram à sua volta e permitem, além do mais, o jogo de iluminação noturna e a suspensão de grandes telas publicitárias. História A ideia do Cinema São Jorge começa a tomar forma quando o industrial João Rocha faz sociedade com a empresa Rank British Picture Corporation constituindo, para o efeito, a Sociedade Anglo-Portuguesa de Cinemas, Lda. O processo inicia-se com dois anteprojetos em 1947, da responsabilidade dos arquitetos Leonard Allen e Fernando Silva. O projeto final data de fevereiro de 1950 e é da responsabilidade de Fernando Silva. A conceção do Cinema São Jorge revelou-se um enorme desafio pela importância urbana da sua localização, pela necessidade de otimizar o investimento (maximização do número de lugares), pelas incertezas ao nível das diretrizes camarárias (a hipotética realização de um PU para o local), pelo rigor da legislação em vigor (nomeadamente em termos de segurança), pela grande exigência de conforto (pelo nível de qualidade e prestígio associado à empresa britânica), pela urgência da conclusão da obra (face à saída iminente da lei de proteção ao teatro e, ainda, pela antecipação à concorrência dos cinemas Monumental e Império) a que acrescem as dificuldades colocadas por um lote relativamente pequeno e com uma pendente significativa. A sala abre ao público a 24 de fevereiro de 1950. Nesse mesmo ano vence o Prémio Municipal de Arquitetura. Passadas as décadas de ouro do cinema, a sala do São Jorge passa por graves dificuldades económicas com a agravante de ser uma das maiores salas da capital, o que leva a que se sucedam os projetos de reconversão tendo em vista a sua rentabilização. É assim que em 1981, com projeto do engenheiro Artur Pinto Martins, a sala é subdividida em três, permitindo o seu funcionamento durante mais uma década. Em 1991 a CML decide-se pela sua compra e adapta o espaço a um leque alargado de espetáculos, como o teatro e a música, para além do cinema. Paulo Duarte DGPC, 2016 | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Jardim Botânico de Lisboa | ||||||||||||||||
Outra Classificação | Avenida da Liberdade | ||||||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970. Um Património a Conhecer e Salvaguardar | AA.VV. | Edição | 2004 | Lisboa | Catálogo que organiza o trabalho de levantamento e rastreio divulgado na exposição itinerante ¿Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970¿ que o IPPAR organizou e que tem vindo a ser apresentada em todo o território nacional e Moçambique. Conjunto de textos de enquadramento e fichas das obras mais representativas de um período de rara criatividade e de verdadeira internacionalização da arquitectura portuguesa, oferecendo simultaneamente uma visão global de toda uma época e sob as mais diversas perspectivas críticas e temáticas. Coordenação científica da Arqª. Ana Tostões. |
A Arte em Portugal no século XX | FRANÇA, José-Augusto | Edição | 1991 | Lisboa | |
Arquitectura Moderna e Obra Global a partir de 1900 | TOSTÕES, Ana | Edição | 2009 | Porto | Colecção Arte Portuguesa - Da Pré-História ao Século XX, n.º 16 |
"Os Verdes Anos na Arquitectura Portuguesa dos Anos 50" | Obra |
Cinema São Jorge - Fachada principal
Cinema São Jorge - Fachada principal
Cinema São Jorge, incluindo o património integrado - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor
Palacete Vilar de Allen
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4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
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