Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Santo Ildefonso
Designação
DesignaçãoIgreja de Santo Ildefonso
Outras Designações / PesquisasIgreja Paroquial de Santo Ildefonso / Igreja de Santo Ildefonso (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Porto/Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça da BatalhaPorto Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.146186-8.606567
DistritoPorto
ConcelhoPorto
FreguesiaCedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
ZEPParecer favorável de 29-09-2010 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura (só em vigor após publicação no DR)
Nova proposta de 30-04-2010 da DRCNorte (Coliseu do Porto, Café Magestic, Igreja de Sto Ildefonso e Cinema Batalha)
Parecer de 12-11-2008 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. a propor a revisão da ZEP
Proposta de 1-07-2008 da DRCNorte para a ZEP conjunta (Capela das Almas, Edifício das Obras Públicas, Coliseu do Porto, Café Magestic, Igreja de Sto. Ildefonso, Cinema Batalha)
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSituada numa das extremidades da Praça da Batalha, a igreja de Santo Ildefonso insere-se num enquadramento urbano muito particular. À sua frente, ergue-se a Igreja dos Clérigos, a obra mais significativa de Nicolau Nasoni, o arquitecto que "transformou" o Porto numa "cidade barroca". As duas igrejas, implantadas em locais bastantes elevados, parecem comunicar entre si formando um significativo eixo urbano "que evoca uma imensa escadaria barroca" (SMITH, 1967, p. 87; PEREIRA, 1995, p. 71). Um diálogo que remonta à edificação das igrejas, mas que denuncia concepções estéticas e mentais bem diferenciadas, embora contemporâneas. Assim, ao passado seiscentista e à "severidade repressiva da Contra-Reforma" encarnada por Santo Ildefonso contrapõe-se o barroco cenográfico introduzido por Nasoni patente na igreja dos Clérigos (SMITH, 1967, p. 87). Sintomas de uma época que se revelam também no interior dos templos - o primeiro decorre de uma tipologia de planta octogonal rígida adoptada por João Antunes em obras realizadas em Lisboa (é-lhe atribuído o desenho da igreja do Menino Deus...); no segundo a inspiração nas obras de Borromini conduzem à opção por uma planta oval carregada de movimento (SMITH, 1967, p. 87).
Não são conhecidas as edificações anteriores à actual igreja de Santo Ildefonso. Sabe-se apenas que existia, no século XII, uma ermida que terá sido sagrada pelo bispo D. Pedro Pifões. Desta ermida nasceu, então, a igreja de Santo Ildefonso, nos anos 30 do século XVIII. Antecedida por uma escadaria de dimensões consideráveis, a fachada denuncia uma tipologia barroca de grande austeridade a que já fizemos referência. O corpo central surge um pouco avançado em relação aos laterais, rematados por torres sineiras. Sobre a porta principal, o frontão triangular exibe tímpano com a inscrição "Ildefonse per te vivit domina mea 1730". Sobre o entablamento denticulado, o nicho acolhe a figura do orago da igreja. O revestimento azulejar, da autoria de Jorge Colaço data já do século XX, nomeadamente de 1932, e apresenta painéis figurativos onde se representam cenas da vida de Santo Ildefonso e alegorias à Eucaristia.
No interior, perde-se a noção longitudinal que o exterior aparentava. A nave octogonal configura um espaço centralizado, animado por pilastras que conferem ritmo ao conjunto. A capela-mor, ampliada no decorrer da campanha de obras de meados do século XIX, apresenta retábulo em talha executado por Miguel Francisco da Silva em 1745, mas sob risco de Nicolau Nasoni. Aquele entalhador lisboeta seria, mais tarde, responsável pelo grande retábulo da igreja de São Francisco do Porto. Em Santo Ildefonso o desenho atribuído a Nasoni valoriza motivos decorativos - flores, grinaldas, festões, anjos - em detrimento dos motivos arquitectónicos (PEREIRA, 1995, p. 110), antecedendo, de alguma forma, a exuberância da talha e das igrejas forradas a ouro que caracterizaram a cidade no decorrer do século XVIII.
Rosário Carvalho
ProcessoPraça da Batalha
Abrangido em ZEP ou ZPCentro Histórico do Porto, Ponte Luiz I e Mosteiro da Serra do PilarZona histórica do Porto
Outra Classificação
Nº de Imagens6
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Nicolau Nasoni, arquitecto do PortoSMITH, Robert C.Edição1966
"O barroco do século XVIII", História da Arte Portuguesa, vol.3PEREIRA, José FernandesEdição1995Lisboapp. 51-181.
Inventário Artístico de Portugal: Cidade do PortoQUARESMA, Maria Clementina de CarvalhoEdição1995Lisboa
"Porto, cidade do", Dicionário da Arte Barroca em PortugalALVES, Joaquim Jaime FerreiraEdição1989
"Principais imóveis de interesse patrimonial no Centro Histórico do Porto", Porto a Património Mundial, pp.102-183OLIVEIRA, Amélia Vieira deEdição1993Porto
"Principais imóveis de interesse patrimonial no Centro Histórico do Porto", Porto a Património Mundial, pp.102-183BRAGA, Maria Helena GilEdição1993Porto

IMAGENS

Igreja de Santo Ildefonso - Vista geral

Igreja de Santo Ildefonso - Fachada principal

Igreja de Santo Ildefonso - Fachada principal

Igreja de Santo Ildefonso - Fachadas principal e lateral direito

Igreja de Santo Ildefonso - Planta com a delimitação e a proposta de ZEP conjunta (não está em vigor)

Igreja de Santo Ildefonso - Fachada principal

MAPA

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