Estátua equestre de D. Pedro IV | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Estátua equestre de D. Pedro IV | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Estátua equestre de D. Pedro IV (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Estátua | ||||||||||||
Tipologia | Estátua | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Porto/Porto/Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Porto | ||||||||||||
Concelho | Porto | ||||||||||||
Freguesia | Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O amplo local escolhido no século XIX para erguer o monumento a D. Pedro IV (1826-1828), a actual Praça da Liberdade, surgiu ainda no século XVIII, sobre o antigo Campo das Hortas, com a designação de "Praça Nova", à qual sucederia a "Praça de D. Pedro" e a "Praça da República". A eleição deste sítio não terá sido fortuita, pois a Praça assume um carácter absolutamente nevrálgico na vida portuense, ao mesmo tempo que se destaca pela sua posição estratégica em termos geográficos, ao proporcionar uma nítida visibilidade sobre o edifício da própria Câmara Municipal, sendo, também por isso, adoptada por políticos e intelectuais para debater ideias e ideais ao longo da segunda metade de oitocentos.
Após a abertura e apreciação dos projectos colocados a concurso, a escolha recaiu sobre o projecto concebido pelo escultor Celestin-Anatole Calmels (1822-1906) e por Joaquim da Costa Lima, o que não seria, de todo, admirável dado o curriculum pessoal do artista principal. De nacionalidade francesa, Anatole Calmels residiu vários anos entre nós, onde ficou sobretudo conhecido pelas obras escultóricas executadas para o Palácio de São Bento, como alguns bustos e medalhões com efígies. Mas não só, pois destacou-se de igual modo pela execução, entre outros, do grupo escultórico do frontão da Câmara Municipal de Lisboa e da estátua do jazigo dos Duques de Palmela, no Cemitério dos Prazeres. O monumento a D. Pedro IV vinha, assim, coroar um longo percurso perfeito de vários êxitos, quase todos inseridos num contexto onde ainda confluíam tendências aparentemente tão dissonantes, quanto as neoclássicas e românticas. Com cerca de dez metros de altura, esta autêntica elegia pétrea à personalidade e vida do regente, apresenta-se constituído por uma base sobre a qual assenta um pedestal executado em pedra lioz. Originalmente realizados em mármore branco de Carrara, os dois relevos presentes nas faces laterais foram, por questões de conservação, substituídos por outros de bronze. Neles, observam-se cenas evocativas da relação do soberano com a cidade do Porto, da entrega do seu coração (inserido numa pequena urna à urbe e do desembarque no Mindelo, oferecendo a bandeira bordada pelas damas do Faial ao comandante do batalhão de voluntários da Rainha. E, quanto às faces frontal e posterior, elas ostentam as armas dos Braganças e da cidade do Porto, circundadas por folhas de carvalho e louro. Quanto à estátua, propriamente dita (fundida na Bélgica), D. Pedro IV surge-nos representado a cavalo, vestindo o uniforme do Regimento de Caçadores n.º 5, sobre o qual enverga uma polaca, exibindo chapéu bicónico. E enquanto segura as rédeas do cavalo com a mão esquerda, D. Pedro oferece a Carta Constitucional à cidade, com a direita. Executado entre 1862 e 1866, o monumento assumiu um estatuto de homenagem pública e oficial da cidade do Porto àquele que também ficaria conhecido como "Rei Liberal", num acto inaugural ocorrido a 19 de Outubro de 1866, com a presença de D. Fernando (1816-1885) e D. Luís I (1838-1889). [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Centro Histórico do Porto, Ponte Luiz I e Mosteiro da Serra do PilarZona histórica do Porto | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Tesouros Artísticos de Portugal | ALMEIDA, José António Ferreira de | Edição | 1976 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal: Cidade do Porto | QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho | Edição | 1995 | Lisboa | |
Porto a Património Mundial - Processo de Candidatura da Cidade do Porto à Classificação pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade | LOZA, Rui Ramos | Edição | 1993 | ||
"A Escultura", História da Arte em Portugal | ANACLETO, Regina | Edição | 1993 | Lisboa | vol. X, pp. 43-51 |
Estátua equestre de D. Pedro IV - Enquadramento geral
Estátua equestre de D. Pedro IV - Vista geral de poente
Estátua equestre de D. Pedro IV - Face frontal
Estátua equestre de D. Pedro IV - Face lateral poente
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