Igreja do Bonfim | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja do Bonfim | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja do Senhor do Bonfim (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Portalegre/Portalegre/Sé e São Lourenço | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Portalegre | ||||||||||||
Concelho | Portalegre | ||||||||||||
Freguesia | Sé e São Lourenço | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 251/70, DG, I Série, n.º 129, de 3-06-1970 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Considerada a mais barroca das igrejas portalegrenses, o Senhor do Bonfim situa-se, tal como o nome indica, num dos extremos da cidade. É um templo muito popular, palco de múltiplas romarias, que foi edificado no século XVIII por ordem do então Bispo de Portalegre, D. Álvaro Pires de Castro Noronha (também responsável pela construção do claustro da Sé). A igreja, de cariz quase erudito, é "bem proporcionada, de pequena escala e, talvez por isso, integralmente acabada - o que nem sempre acontecia aos programas iniciados no tempo de D. João V - abastados à partida, empobrecidos à chegada..." (RODRIGUES, PEREIRA, 1988, p. 73). Este facto deverá ser compreendido à luz da história da cidade, uma vez que, e contrariamente ao que acontecia em cidades de dimensão semelhante, Portalegre conheceu grande prosperidade no século XVII, chegando mesmo a equiparar-se a Braga, Porto ou Évora. A burguesia local desenvolveu-se fortemente nesta época, baseando a sua actividade na agricultura, moagem e nos muito divulgados panos de Portalegre (RODRIGUES, 1989, p. 374). De acordo com o Livro para as despesas e férias dos Mestres e serventes da Igreja do Senhor do Bonfim e a lápide de mármore sobre a porta lateral, a primeira pedra da igreja foi lançada a 1 de Dezembro de 1721 (PATRÃO, 1992, p. 190). Posteriormente, já na década de 70, o Bispo D. Pedro de Melo e Brito da Silveira e Alvim incentivou novas obras e vários melhoramentos que conduziram a um enriquecimento gradual do interior do templo. A planta, rectangular, apresenta nave única, capela-mor e dois altares laterais. No exterior, a ornamentação concentra-se no pórtico, ladeado por duas torres sineiras e encimado por um frontão contracurvado, com decorações e alvenaria em relevo. A decoração interna é dominada pela aplicação de talha dourada, pintura a óleo, e silhares de azulejos azuis e brancos. A talha reveste as paredes da capela-mor, o arco triunfal, os altares da nave (dedicados a Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora do Loreto), os dois púlpitos, situados sensivelmente a meio da nave, e as molduras que enquadram as telas. Contudo, parte destas obras denotam um concheado de características mais avançadas, que se aproximam de um gosto rococó. O silhar de azulejos da nave, azul e branco, representa diferentes cenas da Vida de Cristo, legendadas nos próprios painéis - O Sõr no templo lansando fora os mercadores; A entrada do S. em Geruzalem; A seia do senacolo; e O lavatório dos pés dos discípulos. No que respeita à pintura, encontramos alguns passos da Paixão nas paredes que articulam o arco triunfal com a nave; o Calvário e a Descida da Cruz na capela-mor; e representações alusivas à vida de Cristo na nave, que complementam, no registo superior, os painéis de azulejos de temática idêntica. Este último conjunto de pinturas, de meados do século XVIII, denota uma qualidade bastante inferior (KEIL, 1943). As pinturas do tecto são recentes, tal como os estuques pintados do tecto da capela-mor. Destaque ainda para a zona sob o coro, em que os frescos remontam à época de construção da igreja. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | À saída de Portalegre na E.N. n.º 246 para Castelo de Vide e Marvão | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa | |
Portalegre | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1988 | Lisboa | |
Portalegre | PEREIRA, Paulo | Edição | 1988 | Lisboa | |
"Portalegre", Dicionário da Arte Barroca em Portugal | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1989 | Lisboa | |
"Igreja do Senhor do Bonfim de Portalegre", A Cidade - Revista Cultural de Portalegre | PATRÃO, José Dias Heitor | Edição | 1992 | ||
Tratado da Cidade de Portalegre | SOTTO MAIOR, Diogo Pereira | Edição | 1984 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 2000 | Lisboa | Academia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom |
Igreja do Bonfim - Fachada principal
Igreja do Bonfim - Fachada principal: portal
Igreja do Bonfim - Fachada principal: frontão e torres sineiras
Igreja do Bonfim - Fachada lateral direita: lápide sobre a porta travessa
Igreja do Bonfim - Interior: capela-mor
Igreja do Bonfim - Interior: parede da nave do lado da Epístola
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