Castelo de Veiros | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Veiros | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Veiros / Castelo e cerca urbana de Veiros (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Estremoz/Veiros | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Estremoz | ||||||||||||
Freguesia | Veiros | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 41 191, DG, I Série, n.º 162, de 18-07-1957 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Veiros, antiga povoação de provável origem romana, conforme parece indicar o antigo topónimo de Valerius, foi reconquistada em 1217, no reinado de D. Afonso II. O seu povoamento terá sido entregue aos conquistadores, os cavaleiros da Ordem de Avis, então comandados por D. Fernão Anes. Não é possível adiantar com segurança uma data para a fundação do burgo cristão, mas sabe-se que em 1299 Martim Fernandes, 6º mestre da ordem, era Comendador de Veiros; alguns anos mais tarde, em 1308, e em pleno reinado de D. Dinis, sendo mestre de Avis D. Lourenço Afonso, é lançada a obra de construção da Torre de Menagem do castelo, no topo da colina de Veiros. A data, mais precisamente 20 de Maio de 1308, e o nome do 8º mestre da Ordem de Avis, bem como o de Pero Abrolho, "mestre de (...) esta torre", figuram em duas inscrições no recinto do castelo. Aqui nasceu, entre 1370 e 1380, D. Afonso, 1º Duque de Bragança, filho de D. João, então mestre de Avis e mais tarde Rei de Portugal, e de D. Inês Pires, natural de Veiros; a poderosa Casa de Bragança nasceria da sua união com D. Beatriz Pereira, filha de Nuno Álvares Pereira, e da junção dos imensos patrimónios de ambos. O terramoto de 1531 arruinou consideravelmente o castelo, que foi reconstruído no reinado de D. João III. Mais tarde, em 1662, durante a Guerra da Restauração, a fortificação sofreu os desastrosos efeitos do ataque retaliativo de D. João de Áustria contra a povoação, que havia resistido às suas investidas. A explosão de pólvora causou a derrocada da Torre de Menagem tercentista. Seguir-se-iam mais tempos conturbados para a fortificação e vila, levando a novo investimento no reforço das muralhas; assim, as ameias foram obstruídas por um novo parapeito, lançado por ordem do Conselho de Guerra de D. Afonso VI, preparando-se o castelo para melhor servir as mais modernas técnicas militares. A cerca original, de traçado pouco claro, acompanhando os desníveis do terreno acidentado, era rasgada por quatro portas principais, orientadas segundo os pontos cardeais e flanqueadas por cubelos cilíndricos, das quais restam três, a S., O. e N., esta com portal (em arco quebrado) de vão mais largo que as restantes. A probabilidade de no local existirem construções anteriores ao século XIII, inclusivamente do período romano, tem levado alguns investigadores a admitir que alguns vestígios de estruturas do recinto sejam muito mais antigas do que a conquista cristã da localidade, sendo uma porta das muralhas de origem muçulmana (António Rafael CARVALHO, Isabel FERNANDES, 1997), e outra possivelmente romana. No que resta dos muros destacam-se ainda duas torres, uma cilíndrica e uma de planta quadrada, sobre a muralha a N.. Da grande Torre de Menagem, implantada no ponto mais elevado do castelo, ficaram algumas cantarias, incluindo um bloco de mármore que esteve colocado sobre a porta de entrada da mesma, do qual constam as já citadas inscrições medievais, ladeando uma cruz de Avis. A inscrição da esquerda está parcialmente truncada, e consta da frase "... PERO ABROLHEI / RO. MEESTRE DE FA / ZER ESTA TORE"; a inscrição da direita, mais extensa, reza "E:M:CCCXXXXVI:ANOS:XX:DI / AS :DE :MAIO:COMECAROM :ES / TA:TORE:QUE:MANDOUA:FA: / ZER:DÕ:LOURENÇO:AFONSO: / MEESTRE:DA:CAVALARIA:DA:OR / DEM:DAVIS:EPÕS:A PRIMEIRA:PE / DRA:ENO:FUNDAMENTO:E MÃO / DESTE C.TO REINÃDO :ELREI: / DÕ:DENIS:E A RAINHA:DONA / HELISABHET:SIT:NOME:DNI: / BENEDICTUÕ:EVULOR:" (Túlio ESPANCA, 1975). Sobrevive ainda a Torre do Relógio, de arquitectura alterada ao longo do tempo, com campanário presumivelmente quinhentista. No perímetro do castelo fica a igreja matriz, dedicada a São Salvador, obra de finais de Quinhentos que veio substituir um primitivo templo do século XIII. O castelo de Veiros é propriedade particular. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"A porta muçulmana do Castelo de Veiros", in Arqueologia Medieval, nº 5 | CARVALHO, António Rafael | Edição | 1997 | Porto / Mértola | |
Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses | ALMEIDA, João de | Edição | 1948 | Lisboa | |
"A porta muçulmana do Castelo de Veiros", in Arqueologia Medieval, nº 5 | FERNANDES, Isabel Cristina Ferreira | Edição | 1997 | Porto / Mértola | |
Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, IPPAR, vol. I | LOPES, Flávio | Edição | 1993 | Lisboa | |
Epigrafia medieval portuguesa (862-1422) | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal - vol. VIII (Distrito de Évora, Zona Norte, volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1975 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
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