Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja da Aldeia das Veigas, incluindo todo o seu recheio, nomeadamente pinturas murais e retábulos
Designação
DesignaçãoIgreja da Aldeia das Veigas, incluindo todo o seu recheio, nomeadamente pinturas murais e retábulos
Outras Designações / PesquisasIgreja de São Vicente da Aldeia de Veigas / Igreja Paroquial de Aldeia de Veigas / Igreja de São Vicente (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBragança/Bragança/Quintanilha
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Aldeia das Veigas Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.755014-6.588256
DistritoBragança
ConcelhoBragança
FreguesiaQuintanilha
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEm pleno centro da pequena aldeia das Veigas, a meia colina e com forte inclinação E.-O., a igreja de São Vicente é um dos templos que melhor caracteriza a actividade construtiva religiosa transmontana dos séculos XII a XIV. O seu plano modesto, composto por nave rectangular de escassas dimensões e capela-mor igualmente rectangular mas planimetricamente mais reduzida (neste caso elevada em relação à nave pelas condicionantes do terreno), e a austeridade decorativa de portais, arcos e janelas, são características que conferem a este templo o estatuto de monumento a incluir no tardo-românico periférico e rural, uma corrente artística que marcou extraordinariamente as regiões mais pobres e longínquas de Portugal e que retardou a introdução da arte gótica, em certos casos, até ao dealbar da época moderna.
Outros elementos da construção reforçam esta catalogação estilístico-cronológica. É o caso da pouca altura das partes constituintes do imóvel (que resultam numa deliberada anti-monumentalidade), do campanário sobre o portal principal (uma solução atípica mas que se repete constantemente neste tipo de igreja tardo-românica e, em particular, no território transmontano), e da singeleza dos arcos, de volta perfeita, em granito, e com capitéis e bases de decoração sumária.
Esta caracterização estilística está longe de permitir avançar uma data concreta para a edificação do templo. Se, em outras vertentes do Românico nacional, é possível encontrar balizas cronológicas relativamente definidas, no caso do tardo-românico rural e periférico (Românico "de resistência", como se lhe referiu Manuel Luís Real) essa possibilidade é remota, pela longa duração deste tipo de soluções. A Aldeia das Veigas aparece referida, pela primeira vez, nas Inquirições de D. Afonso III, em 1258. Meio século depois, é já paróquia. Será natural que a construção da igreja tenha acontecido neste período, embora exista a possibilidade de ela corresponder, mesmo, à viragem para o século XIV.
Ao longo da sua história, o templo não foi substancialmente transformado, o que prova a modéstia de recursos da comunidade. Dotada de foral manuelino (de 11 de Novembro de 1514), a população só dispôs de condições económicas suficientes para enriquecer a sua igreja em finais desse século XVI e, ainda assim, de forma pouco onerosa.
Data desse período o revestimento mural da parede da nave que ladeia o arco triunfal, segundo uma composição decorativa organizada a dois registos separados por um pequeno friso horizontal a imitar madeira. O emprego da pintura mural nestas igrejas foi muito frequente na época moderna, na impossibilidade de se recorrer a retábulos de madeira ou de pedra. São Lázaro, Santo André e São Miguel estão representados, mas a sequência iconogáfica é, hoje, impossível de estabelecer com rigor, dada a extrema degradação de partes consideráveis do conjunto.
Na época barroca, realizaram-se trabalhos de enriquecimento do interior, encomendando-se, então, retábulos de talha dourada. O principal, de dupla coluna salomónica ladeando a tribuna, ainda se mantém, mas os laterais foram sacrificados quando, pelos meados do século XX, se descobriu a pintura mural por trás deles. Bastante mais recentemente, no final da década de 70 do século XX, e no âmbito do projecto de restauro das pinturas (a cargo do Instituto José de Figueiredo), descobriu-se um outro painel mural, por trás do retábulo-mor, alusivo à Virgem com o Menino, mas que se manteve ocultado. Ainda no século XX, na década de 30, o estado de ruína iminente da fachada principal obrigou à sua reconstrução, mantendo-se a dominante modesta da arquitectura original. O portal principal, de apertado vão, manteve as mesmas dimensões e, sobre ele, colocou-se uma placa de cimento com a data "1933", simples elemento comemorativo de uma breve obra de restauro.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"A pintura mural portuguesa na região Norte. Exemplares dos séculos XV e XVI", A colecção de pintura do Museu de Alberto Sampaio. Séculos XVI-XVIII, pp. 41-60RODRIGUES, DalilaEdição1996Lisboa

IMAGENS

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