Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Santuário da Peninha, nomeadamente a Capela de Nossa Senhora da Penha e todas as dependências que a servem
Designação
DesignaçãoSantuário da Peninha, nomeadamente a Capela de Nossa Senhora da Penha e todas as dependências que a servem
Outras Designações / PesquisasSantuário da Peninha / Capela de Nossa Senhora da Penha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Santuário
TipologiaSantuário
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Sintra/Colares
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
EN 247Peninha Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.768442-9.460327
DistritoLisboa
ConcelhoSintra
FreguesiaColares
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
Edital N.º 140/75 de 18-09-1975 da CM de Sintra
Despacho de homologação de 30-12-1974 do Secretário de Estado da Cultura e Educação Permanente
Parecer de 6-12-1974 da 4.ª Subsecção da 2.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP
Proposta de classificação de 11.07-1973 da DGEMN, na sequência de sugestão de 19-04-1973 da DGT
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património MundialAbrangido pela Zona Tampão da "Paisagem Cultural e Natural de Sintra", incluída na Lista de Património Mundial - ZEP (nº 2 do art.º 72.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de Outubro)
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12737527
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSituado num dos cumes mais elevados da Serra de Sintra, sobre o Cabo da Roca, o Santuário da Peninha insere-se num conjunto arquitectónico formado pela antiga ermida de São Saturnino (fundada por D. Pêro Pais na época da formação do reino de Portugal e hoje abandonada) e pelo palacete romântico de estilo revivalista, que se assemelha a uma fortificação, construído no ano de 1918.
A longa tradição mágico-religiosa deste local, a que se associa a existência de uma imagem milagrosa de Nossa Senhora, bem como a sua localização privilegiada em plena Serra, fazem desta ermida de reduzidas dimensões uma verdadeira igreja de pereginação. A dificuldade do acesso, considerado lugar e forma de penitência, era recompensada pelo esplendor do interior, revestido por azulejos azuis e brancos e mármores embutidos, que contrastava fortemente com o despojamento arquitectónico exterior.
A actual capela remonta ao século XVII, tendo sido fundada por Frei Pedro da Conceição. A campanha decorativa ter-se-á prolongado pelo menos até 1711, data inscrita no painel de azulejos do tímpano, sobre a porta de entrada.
O conjunto de paniéis que reveste o interior da ermida representa cenas da Vida da Virgem, e foi executado por diferentes autores. Os painéis monumentais do corpo da nave têm vindo a ser atribuídos a Manuel dos Santos, um dos pintores lisboetas que integrou o denominado ciclo dos "Grandes Mestres" (MECO, 1980, p. 138). Mais próximo da influência da pintura de azulejos holandesa, Manuel dos Santos "(...) favoreceu um traçado inebriante e muito elaborado dos contornos, que transmite uma sensação contemplativa e serena, acompanhado de esfumados azuis muito diáfanos" (MECO, 1986, p. 221), que se valorizam nas grandes composições, sejam elas mais contemplativas ou de desenho e expressão mais movimentados. Também da sua autoria serão os dois painéis que ladeiam a porta principal e o tímpano semi-circular, este último com a representação do Pentecostes, pouco comum na iconografia azulejar (MECO, 1980, p. 139).
Os restantes painéis, que revestem os rodapés e a abóbada, denunciam um desenho e concepção diferentes que se aproximam da obra do monogramista P.M.P. (MECO, 1986, p. 227). Contudo, outros autores referem a oficina dos Oliveira Bernardes como eventual responsável pelos azulejos que revestem a abóbada (SIMÕES, 1979, p. 321; ARRUDA, 1989, p. 348).
A capela-mor, datada de 1690, é revestida por mármores de diversas cores, que se estendem à abóbada de caixotões. O retábulo, também de embutidos marmóreos finos, é atribuído a João Antunes, por ser muito semelhante a tantos outros traçados pelo arquitecto de D. Pedro II. O gosto pelo mármore traduz o esforço e a intenção de superação do gosto da talha, no sentido de conseguir a modernização dos espaços (SERRÃO, 2003).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens11
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
SintraSERRÃO, VítorEdição1989Lisboa
D. João V e a arte do seu tempoCARVALHO, Aires deEdição1962Lisboa
"PENINHA, Igreja da", Dicionário da Arte Barroca em PortugalARRUDA, LuísaEdição1989Lisboa
AzulejosCORREIA, Virgílio Nuno HipólitoEdição1956Lisboa
"O pintor de azulejos Manuel dos Santos - definição e análise da obra", Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, n.º 86, tomo I, pp. 75-160MECO, JoséEdição1980Lisboa

IMAGENS

Santuário da Peninha - Vista geral

Santuário da Peninha - Escadaria de acesso à Capela de Nª Senhora da Penha.Maria Ramalho, 2016.

Santuário da Peninha - vista geral do Santuário.Maria Ramalho, 2016.

Santuário da Peninha - Vista do Santuário para norte.Maria Ramalho, 2016.

Santuário da Peninha - Vista aérea da Capela de São Saturnino.Maria Ramalho, 2016.

Santuário da Peninha - entrada da Capela de Nª Senhora da Penha.Maria Ramalho, 2016.

Santuário da Peninha - entrada na Capela de Nª S.ª da Penha.Maria Ramalho, 2016.

Santuário da Peninha - Capela de São Saturnino.Maria Ramalho, 2016.

Santuário da Peninha, vista geral.Maria Ramalho, 2016.

Santuário da Peninha - fachada da Capela de São Saturnino e Santuário no alto.Maria Ramalho, 2016.

Santuário da Peninha - interior da Capela de São Saturnino.Maria Ramalho, 2016.

MAPA

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