Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira
Designação
DesignaçãoIgreja da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira
Outras Designações / PesquisasIgreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Vila Nova de Cerveira/Vila Nova de Cerveira e Lovelhe
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Vila Nova de Cerveira Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoViana do Castelo
ConcelhoVila Nova de Cerveira
FreguesiaVila Nova de Cerveira e Lovelhe
Proteção
Situação ActualProcedimento caducado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaProcedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) , alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaNão se conhece a data da instituição da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira, muito embora se pense que tal possa ter ocorrido no final do século XVI. Na verdade, o primeiro Livro de Receitas e Despesas conhecidos remonta a 1605, mas falta-lhe o caderno inicial que corresponde a um período de dez anos, razão pela qual se tem aceite o ano de 1595 como o da fundação da confraria (DIOGO, 1979, p. 15; FONTE, 2001, p. 102).
A construção da igreja, com sacristia e sala anexa, ocorreu já no século XVII, implantando-se no interior das muralhas da vila como, aliás, era apanágio das Misericórdias, que procuravam os locais mais próximos dos centros de poder. Desenvolve-se em planta longitudinal, com nave única e capela-mor rectangular, mas com portal principal no alçado lateral, tal como acontece com outras duas igrejas do distrito -Viana do Castelo e Valença (NOÉ, 2002). Uma situação que, à semelhança de Viana, deverá ser compreendida no contexto da malha urbana da vila.
Neste alçado, as pilastras, encimadas por urnas, definem dois panos correspondentes, no interior, à nave e à capela-mor, ambas da mesma largura e da mesma altura. O portal, com pilastras toscanas coroadas por urnas, é rematado por frontão curvo interrompido pelas armas de Portugal e coroa real. Ladeia o portal um outro vão de verga abatida, abrindo-se, no registo superior, três janelas também de verga em arco abatido. No pano da capela-mor, e para além do janelão, encontra-se a sineira.
No interior, com coro alto assente sobre arco abatido, ganha especial importância a capela do Ecce Homo, elevada em relação à nave, e para a qual se abre através de arco de volta perfeita. O seu tecto pintado exibe a representação dos quatro evangelistas e, ao centro, um pelicano, símbolo da caridade. Esta iconografia repete-se na capela-mor, mas com a Santíssima Trindade como motivo central.
O arco triunfal, de volta perfeita, é decorado por elementos de talha dourada, que envolvem os retábulos colaterais, de talha dourada e branca. Esta, corresponde já à campanha decorativa do século XIX, que desde 1814 e até 1820, ano da benção do novo retábulo, foi responsável pela remodelação total do interior do templo. Durante este período, o antigo retábulo, executado pelo pintor Filipe Cerveira aquando da edificação do templo, foi apeado e as tábuas que o constituíam encontra-se hoje na sacristia. O retábulo actual é, tal como a restante talha, neoclássico, exibindo na tribuna a tela alusiva à Visitação.
A Misericórdia de Vila Nova de Cerveira adoptou, desde cedo, o Compromisso de Lisboa de 1618, pelo qual se regia. Dispunha de Hospital desde 1857, e prestava o habitual auxílio aos mais desfavorecidos que era o fundamento destas instituições, aplicando o dinheiro em encargos pios, festividades, bens de alma dos irmãos falecidos, e reparação dos seus edifícios (FONTE, 2001, p. 116).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"O inventário do património arquitectónico das Misericórdias - ensaio tipológico: as igrejas da Misericórdia do distrito de Viana do Castelo", Actas das Jornadas de Estudo As Misericórdias como fontes culturais e de informaçãoNOÉ, PaulaEdição2002Penafiel
Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de CerveiraDIOGO, José LealEdição1979Vila Nova de Cerveira
"As Misericórdias do Alto Minho - perspectiva histórica e actualidade", Congresso das Misericórdis do Alto Minho, pp. 96-117FONTE, Teodoro Afonso daEdição2001Viana do Castelo

IMAGENS

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