Torre de São Lourenço, mais conhecida por Torre do Bugio | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Torre de São Lourenço, mais conhecida por Torre do Bugio | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Fortaleza de São Lourenço da Cabeça Seca / Torre de São Lourenço / Torre do Bugio / Forte de São Lourenço da Cabeça Seca / Farol do Bugio (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Torre | ||||||||||||
Tipologia | Torre | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Oeiras/Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Oeiras | ||||||||||||
Freguesia | Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 41 191, DG, I Série, n.º 162, de 18-07-1957 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12736327 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A importância da defesa marítima de Lisboa era, desde o reinado de D, João II, uma preocupação efectiva para a Coroa portuguesa. Embora tivesse sido edificado um conjunto de fortalezas no perímetro entre Cascais, Caparica e a barra do Tejo em Oeiras até aos primeiros anos do século XVI, este tornou-se insuficiente, pelo que no reinado de D. João III iniciou-se a construção do forte de São Julião da Barra. Apesar das dimensões e da modernidade estrutural desta fortaleza, a entrada da barra continuava exposta, pelo que em 1571 Francisco de Holanda, na obra Da fábrica que falece à cidade de Lisboa sugeriu a D. Sebastião a construção de um baluarte no areal da Cabeça Seca, fronteiro a São Julião, que tinha por objectivo dotar a entrada do rio do cruzamento de fogos entre as duas fortalezas (BOIÇA,J., BARROS,F., 1997,p.276). O projecto acabou por ser esquecido, e só em 1579, com a iminência de um ataque da armada castelhana a Lisboa, essa hipótese voltou a ser considerada, construindo-se então um forte de madeira no areal junto à Trafaria, que não teve relevância alguma na defesa da capital em 1580. Filipe II empreendeu então um novo projecto de defesa e fortificação da barra do Tejo, que numa primeira fase correspondeu a obras de ampliação na fortaleza de São Julião da Barra e à construção do forte de Nossa Senhora da Luz, em Cascais. Depois da conclusão destes empreendimentos iniciou-se uma segunda fase construtiva, que estendia a "rede" de fortalezas da barra da capital ao Estoril e à Cabeça Seca (Idem, ibidem). Em Dezembro 1589 o monarca contratou o italiano Frei Vicêncio Casale para que traçasse a planta do forte da Cabeça Seca. No final de Janeiro de 1590 o arquitecto apresentava a Filipe II o projecto, que contemplava as obras de engenharia necessárias à implantação da fortaleza no ilhéu de areia fronteiro a São Julião da Barra e apresentava ao rei duas planimetrias distintas, uma estrelada, outra circular. Esta última foi a escolhida, por apresentar maior solidez face ao impacto do mar e maior facilidade de mobilização da artilharia. As obras das fundações iniciavam-se ainda nesse ano, mas o processo de edificação dos alicerces acabaria por se tornar demasiado moroso, e a morte de Frei Vicêncio Casale em 1593 viria atrasar a continuidade da obra. No espaço de um ano foram nomeados dois responsáveis para a direcção das obras, o arquitecto Tibúrcio Espanochi e o engenheiro Gaspar Roiz, e somente em 1601 era finalizada a colocação da pedra das bases. Embora Leonardo Turriano, engenheiro-mor do reino, tivesse apresentado um projecto oval para a fortaleza, Gaspar Roiz daria início à edificação do forte, segundo a planta de Casale. No entanto, foram introduzidas algumas modificações na estrutura, como o alargamento do diâmetro, para melhorar a operacionalidade do forte, e modificações no edifício central da praça de armas, com o objectivo de reduzir os gastos e o tempo de edificação, que se arrastava há vários anos. Na realidade, a fortaleza só viria a ser terminada durante o reinado de D. João IV, sob a direcção de Frei João Turriano, que redesenhou a planta do forte, visando um maior poder defensivo, bem como um aumento da operacionalidade. O Forte do Bugio apresenta-se como um dos mais interessantes projectos de arquitectura militar maneirista portuguesa, inspirado na sua fase original no Castel Sant'Angelo de Roma (MOREIRA, R., 1986). A base da fortaleza, de planimetria circular, assenta sobre todo o ilhéu, protegida por uma muralha baixa, com alambor. Ao centro da praça foi erigida a torre, também circular, dividia em dois registos, com 21 dependências interiores e poucas janelas rasgadas no seu perímetro, e integrando uma capela dedicada ao padroeiro São Lourenço, com retábulo-mor em embrechados de mármore e espaço interior forrado de madeira. Catarina Oliveira | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 12 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"O Forte do Bugio e a defesa da barra do Tejo", Regionalização e identidades locais - Preservação e reabilitação dos centros históricos | BOICA, Joaquim | Edição | 1997 | Lisboa | |
A Arquitectura do Ciclo Filipino | SOROMENHO, Miguel | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal | GIL, Júlio | Edição | 1986 | Lisboa | |
"A arquitectura militar", História da Arte em Portugal - O Maneirismo, vol.7 | MOREIRA, Rafael | Edição | 1986 | Lisboa | |
Fortificações marítimas do concelho de Oeiras | CALLIXTO, Carlos Pereira | Edição | 1986 | Oeiras | |
"O Forte do Bugio e a defesa da barra do Tejo", Regionalização e identidades locais - Preservação e reabilitação dos centros históricos | BARROS, Fátima | Edição | 1997 | Lisboa | |
"A Torre do Bugio: intervenção de emergência", Monumentos, nº 4 | CERDEIRA, António | Edição | 1996 | Lisboa | |
"Oeiras e o complexo histórico-militar de defesa da barra do Tejo", Oeiras - A Terra e os Homens, 1.º Ciclo de Estudos Oeirenses, pp. 169-195 | BARROS, Maria de Fátima Rombouts | Edição | 1998 | Oeiras | |
"Oeiras e o complexo histórico-militar de defesa da barra do Tejo", Oeiras - A Terra e os Homens, 1.º Ciclo de Estudos Oeirenses, pp. 169-195 | BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira | Edição | 1998 | Oeiras | |
Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal | CABRITA, Augusto | Edição | 1986 | Lisboa |
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Enquadramento geral a partir da costa
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Vista geral
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Muralha exterior
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Acesso ao terraço
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Pátio central com portal da capela e passadiço superior do farol
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Interior da capela: retábulo com embrechados de mármore polícromos
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Vista do farol a partir do pátio central
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Pátio central e passadiços superiores do farol
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Terraço da muralha exterior (adarve)
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Guarita
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Torre do farol
Torre de São Lourenço (Torre do Bugio) - Pátio central e passadiço do farol
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