Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção de Vila Nova da Baronia, incluindo os retábulos de talha e os azulejos do século XVII que revestem o seu interior
Designação
DesignaçãoIgreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção de Vila Nova da Baronia, incluindo os retábulos de talha e os azulejos do século XVII que revestem o seu interior
Outras Designações / PesquisasIgreja de Nossa Senhora da Assunção
Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia / Igreja Paroquial de Vila Nova da Baronia (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Alvito/Vila Nova da Baronia
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo Francisco Manuel FialhoVila Nova da Baronia Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.289199-8.037677
DistritoBeja
ConcelhoAlvito
FreguesiaVila Nova da Baronia
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914629
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDesconhece-se a data de edificação da primitiva igreja matriz de Vila Nova da Baronia, estando apenas documentado que a sua estrutura ruiu no último quartel do século XVI. Cerca de 1590, o mestre Neutel Dias foi contratado para edificar o novo templo, por iniciativa do arcebispo D. Teotónio de Bragança (GONÇALVES, Catarina V., 1993, p. 78).
As obras de construção da igreja, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, foram interrompidas em 1602, devido a um acidente que envolveu o mestre responsável pela fábrica de obras, e o seu filho. O projecto seria concluído mais tarde, em meados do século XVII, com a execução da campanha decorativa (Idem, ibidem).
O templo apresenta uma curiosa estrutura exterior, que conjuga as linhas austeras da arquitectura chã com uma verticalidade de gosto maneirista. A planta, que se desenvolve longitudinalmente, é composta pelos volumes da nave, de secção rectangular e ladeada pelas duas capelas laterais, e da capela-mor, também de planimetria rectangular, flanqueada pela sacristia e pelas salas das irmandades.
A fachada, à qual foram adossados lateralmente dois torreões coroadas por coruchéus piramidais, apresenta um portal constituído por um conjunto de três portas de moldura rectangular, unidas por uma cornija superior. O conjunto é rematado em empena, vazada por óculo.
As fachadas laterais são divididas por contrafortes rematados por coruchéus, que constituem um interessante exemplo da permanência de elementos arquitectónicos de gosto mudéjar num edifício religioso de estrutura chã.
O espaço interior, de nave única, é coberto por abóbada de berço pintada com motivos geométricos, dividindo-se em cinco tramos, com coro-alto assente sobre colunas toscanas. As capelas laterais, dedicadas a Nossa Senhora do Rosário e às Almas do Purgatório, são também cobertas por abóbada de berço, abrindo para a nave por arcos de volta perfeita assentes sobre pilastras toscanas. Os panos murários da nave são revestidos por painéis de azulejo policromo seiscentista, de padrões distintos. A capela-mor, coberta por abóbada de berço, possui ao centro um retábulo de talha dourada com tribuna, executado no segundo quartel do século XVIII.
Instituída em 1594, a Capela das Almas é decorada por um conjunto de frescos pintados por José de Escobar em 1603 (Idem, ibidem), figurando Santo André e um santo Papa. O retábulo, também pintado por Escobar, apresenta uma figuração de São Miguel e as almas do purgatório. O retábulo, de talha dourada, possui frontais policromos, de inspiração oriental, com folhagens e pássaros.
A capela de Nossa Senhora do Rosário é integralmente revestida a azulejo, com retábulo ao centro, de talha dourada e policromada, com políptico de seis painéis com cenas da Vida da Virgem.
Catarina Oliveira
IPPAR/2005
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPIgreja do Senhor dos Passos, antiga Igreja da Misericórdia de Vila Nova da Baronia
Outra Classificação
Nº de Imagens9
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Azulejaria em Portugal no século XVIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1971Lisboa
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Beja, Vol. XIIESPANCA, TúlioEdição1992Lisboa
A pintura mural no concelho de Alvito - séculos XVI a XVIIIGONÇALVES, Catarina ValençaEdição1999Alvito

IMAGENS

Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia - Fachada principal (1985)

Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia - Fachada principal (1985)

Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia - Vista geral (1976)

Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia - Interior: retábulo da capela de Nossa Senhora do Rosário (1976)

Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia - Interior: capela lateral do lado da Epístola (1976)

Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia - Interior da capela-mor: revestimento azulejar da parede do lado da Epístola (1976)

Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia - Interior: nave e coro-alto (1976)

Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia - Interior: nave e capela-mor (1976)

Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia - Interior: painel de azulejos junto do retábulo colateral do lado da Epístola (1976)

MAPA

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