Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Palácio Ficalho
Designação
DesignaçãoPalácio Ficalho
Outras Designações / PesquisasPalácio dos Condes de Ficalho / Palácio dos Melos / Casa do Castelo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Palácio
TipologiaPalácio
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Serpa/Serpa (Salvador e Santa Maria)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça Condes de FicalhoSerpa Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.944242-7.59919
DistritoBeja
ConcelhoSerpa
FreguesiaSerpa (Salvador e Santa Maria)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 6/2007, DR, 1.ª série, n.º78, de 20-04-2007 (ver Decreto)
Despacho de homologação de 27-03-1997 do Ministro da Cultura
Parecer de 4-02-1997 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como MN
Despacho de abertura de 26-03-1996 do Presidente do IPPAR
Parecer de 27-09-1994 do Conselho Consultivo do IPPAR favorável a uma classificação de âmbito nacional
Proposta de abertura de 18-04-1994 da DR de Évora do IPPAR
Em 22-03-1994 a CM de Serpa enviou elementos para a instrução do processo
Proposta de classificação incluída na Proposta do Plano de Salvaguarda do Centro Histórico de Serpa apresentado para Parecer do IPPC em 1986
ZEPDespacho concordante de 11-04-2006 da vice-presidente do IPPAR
Proposta de 6-04-2004 da DR de Évora no sentido de não ser fixada uma ZEP por o imóvel se encontrar inserido no Núcleo intra-muros de Serpa, em vias de classificação
Parecer de 4-02-1997 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor que fosse delimitada uma ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSituado na zona alta da vila de Serpa, o palácio dos Condes de Ficalho destaca-se pela sua curiosa localização, uma vez que está inserido no pano das muralhas. O palacete foi mandado edificar por D. Francisco de Melo, alcaide-mor de Serpa no final do século XVI. D. Francisco terá então iniciado a construção, obra posteriormente prosseguida pelos seus filhos, D. Pedro de Melo, governador do Rio de Janeiro, e D. António Martim de Melo, bispo da Guarda.
Os Melo, família há várias gerações detentora do cargo de alcaide-mor, habitavam numa residência medieval integrada no castelo da vila, da qual ainda se encontram vestígios (GIL, Júlio, 1992,p. 248). A reconstrução maneirista deu origem a um sumptuoso palácio, perfeitamente integrado na estrutura defensiva existente, formando um conjunto arquitectónico ímpar.
O edifício do palacete é um exemplar erudito da arquitectura civil maneirista, delineada de acordo com os princípios classicistas da tratadística italiana do século XVI. A fachada principal, divida em dois pisos, apresenta uma estrutura maneirista austera, de grande sobriedade, destacando-se o desenvolvimento longitudinal da planimetria e a simetria das fenestrações e portas, que marcam o ritmo do edifício.
A fachada posterior é um dos elementos mais interessantes da edificação. Integrada no pano das muralhas, apresenta-se também dividida em dois registos, tendo sido edificadas no piso inferior janelas de sacada, semelhantes às do piso nobre existentes na fachada principal. É rematada por cornija com gradeamento de ferro apoiado em balaustrada.
Interiormente, o palácio é dividido em salas amplas, intercaladas com galerias, cuja estrutura simples e austera se conjuga com a sobriedade exterior. O piso térreo, destinado sobretudo às áreas de serviço, apresenta ao centro uma larga escadaria que dá acesso ao andar nobre. Muitas das salas e galerias do andar nobre são decoradas por silhares de azulejos seiscentistas.
Pouco depois de edificado o palácio, foi construído sobre o pano da muralha um aqueduto, assente sobre uma arcada de volta perfeita, cujo objectivo era o abastecimento de água, em exclusivo para a habitação, a partir de um poço situado na extremidade sul da muralha.
Apesar da sua implantação, e de ter sido sempre habitado, a estrutura do palácio viria a degradar-se ao longo do século XIX, sobretudo devido à sua monumentalidade e a dificuldades de manutenção. Permanecendo ainda na posse dos Melo, condes e marqueses de Ficalho, foram os seus proprietários que a partir de meados do século XX patrocinaram grandes obras de restauro e recuperação do palacete.
Em 1946 foi iniciada uma primeira fase de obras de restauro, e no ano de 1954 era recuperado o jardim de buxo. Entre 1971 e 1973 o Palácio de Ficalho seria objecto de novas obras de recuperação. O restauro executado seria premiado em 1984 pelo Institut International des Châteaux Historiques.
Catarina Oliveira
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPIgreja de Santa MariaMuralhas de Serpa
Outra ClassificaçãoNúcleo intramuros de Serpa
Nº de Imagens15
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Palácios e solares portuguezes (Col. Encyclopedia pela imagem)SEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição1900Porto
Os Mais Belos Palácios de PortugalGIL, JúlioEdição1992LisboaLisboa Data do Editor : 1992

IMAGENS

Palácio Ficalho - Planta com a delimitação e a ZP em vigor numa primeira fase

Palácio Ficalho - Interior: corredor (1994)

Palácio Ficalho - Interior: vãos de acesso (1994)

Palácio Ficalho - Vista parcial do jardim e aqueduto (1994)

Palácio Ficalho - Interior: escadaria (1994)

Palácio Ficalho - Vista geral e envolvente (ao fundo, Castelo de Serpa) (1994)

Palácio Ficalho - Interior do átrio (1994)

Palácio Ficalho - Interior de sala (1994)

Palácio Ficalho - Vista parcial da fachada (1994)

Palácio Ficalho - Fachada: vista geral

Palácio Ficalho - Vista de uma varanda (1994)

Palácio Ficalho - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor

Palácio Ficalho - Interior de sala (1994)

Palácio Ficalho - Tanque do jardim (1994)

Palácio Ficalho - Decreto n.º 6/2007, de 20-04-2007 - Texto e planta do diploma

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt