Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Ourique
Designação
DesignaçãoCastelo de Ourique
Outras Designações / PesquisasCastelo de Ourique (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Ourique/Ourique
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua da Academia Portuguesa de História - Miradouro de OuriqueOurique Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoBeja
ConcelhoOurique
FreguesiaOurique
Proteção
Situação ActualProcedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaAnúncio n.º 13417/2012, DR, 2.ª série, n.º 179, de 14-09-2012 (ver Anúncio)
Despacho de arquivamento de 23-11-2011 do diretor do IGESPAR, I.P.
Parecer de 23-11-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor o arquivamento
Proposta de encerramento de 3-05-2010 da DRC do Alentejo, por inexistência do imóvel
Despacho de homologação de 30-05-1973 do Secretário de Estado da Instrução e Cultura
Parecer de 4-5-1973 da JNE a propor a classificação como IIP
Proposta de classificação de 16-3-1973 da SEIC
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181501
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaOurique está lendariamente ligada à célebre batalha que, em 1139, opôs D. Afonso Henriques a um quantitativamente superior exército islâmico. Na actualidade, continua a colocar-se em dúvida onde terá decorrido este recontro fundamental para a viabilidade de Portugal enquanto reino independente, mas o mito de se ter realizado nas planícies do Baixo Alentejo ganhou terreno numa historiografia de forte cunho nacionalista até há escassas décadas.
O que se conhece a respeito do concelho e castelo de Ourique nada tem que ver com este episódio. O município só foi criado em época muito posterior, concretamente a 8 de Janeiro de 1290, data em que D. Dinis passou foral à povoação. É a partir deste diploma que se admite ter iniciado a construção do castelo, embora se possa equacionar a existência de uma estrutura militar anterior, ligada à Ordem de Santiago, instituição que tutelava esta parcela do território.
Infelizmente, os vestígios materiais que chegaram até hoje são demasiado escassos e estão, de tal forma, adulterados, que não permitem qualquer estudo rigoroso acerca de eventuais fases construtivas. Na segunda metade do século XX, os troços que restavam foram "restaurados" e uma parcela da muralha serviu de embasamento ao miradouro que, ainda hoje, coroa o ponto mais elevado da vila. Da estrutura original, é muito pouco o que se pode inferir, desconhecendo-se se, como seria natural na época gótica, a fortificação era de planta oval e tinha torre de menagem adossada à muralha e à porta principal ou se, pelo contrário, ela detinha características únicas e relativamente heterodoxas em relação ao protótipo de castelo gótico.
Hoje, onde deverá ter existido uma torre medieval está um quadrangular reservatório de água, realizado em aparelho em nada original e elevado a uma altura superior à da primitiva torre. Sobre a antiga cerca, revestida com material pétreo recente, está o limite do miradouro, rematado por muro construído em betão e fenestrado por friso típico das obras públicas da 2ª República. O acesso a este espaço faz-se através de pequeno arco apontado, provável eco de uma estrutura anterior, de que ainda restaria a memória quando se decidiu erguer o miradouro, ou uma variação sobre um tema medieval, tão ao gosto da arquitectura de meados do século XX, vinculada a um regime político que via a Idade Média como um dos tempos áureos da nação portuguesa.
No núcleo histórico da vila foi identificado um conjunto de 21 silos medievais, de cronologia relativamente incerta, mas que se podem situar pelo século XIV. Do espólio resgatado por Manuel Maia, em 1995, salientam-se as séries cerâmicas baixo-medievais e modernas, testemunhos estratificados de uma ocupação que se prolongou até ao século XVIII. Infelizmente, esta intervenção pontual não foi continuada por um projecto arqueológico coerente e sistemático, facto que está na base do imenso desconhecimento que presentemente existe a respeito da própria evolução do aglomerado urbano de Ourique.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roteiro dos Monumentos Militares PortuguesesALMEIDA, João deEdição1948Lisboa
Notas sobre o concelho de OuriqueEdição1991Ourique

IMAGENS

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