Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, matriz de Ponte de Lima | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, matriz de Ponte de Lima | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja Matriz de Ponte de Lima / Igreja Paroquial de Ponte de Lima / Igreja de Santa Maria dos Anjos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Ponte de Lima/Arca e Ponte de Lima | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Ponte de Lima | ||||||||||||
Freguesia | Arca e Ponte de Lima | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 263/2013, DR, 2.ª série, n.º 90, de 10-05-2013 (ver Portaria) Declaração de retificação n.º 55/2013, DR, 2.ª série, n.º 12, de 17-01-2013 (ver Declaração) Procedimento prorrogado até 30-06-2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma) Anúncio n.º 13817/2012, DR, 2.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 26-11-2012 da DRC do Norte para a classificação como MIP Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Despacho de abertura de 29-08-2005 do presidente do IPPAR Proposta de classificação de 15-06-2000 da CM de Ponte de Lima | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Antes do actual edifício paroquial de Ponte Lima, outro existiu, de prováveis raízes românicas (edificado pelos séculos XII-XIII) e de estrutura modesta, com apenas uma nave, a que Carlos Alberto Ferreira de Almeida atribuiu o registo inferior da fachada principal, incluindo o portal (ALMEIDA, 1978, vol. 2, p.253 e 1987, p.102). É um facto que existem grandes diferenças estéticas entre os elementos que compõem a fachada principal, mas não estamos ainda em condições de atribuir o portal a essa época tão recuada, para mais sabendo-se como o Gótico foi destituído de rasgos monumentais no Norte do país, fazendo da sobriedade e do arcaísmo estilístico um valor artístico de primeira importância. A igreja que hoje conhecemos data de meados do século XV. Em 1444, nas Cortes de Évora, os procuradores de Ponte de Lima declararam que a Igreia uelha era tam pequena Em que nom podiamos caber (ANDRADE, 1990, p.59, nota 67). O facto de, aqui, se utilizar uma forma verbal do passado, faz supor que a construção do novo templo se havia já iniciado. Os recursos financeiros foram proporcionados por D. João I e pelo regente D. Pedro e a empreitada prolongou-se até à década de 50. Desconhecemos ainda como teria sido o projecto quatrocentista do conjunto, uma vez que foram muitos os acrescentos posteriores verificados. Uma interpretação veiculada nos anos 70 do século XX dá conta da possibilidade de ter existido uma reformulação do projecto, sensivelmente um século depois de concluído. Segundo essa perspectiva, a campanha quatrocentista havia edificado uma igreja de nave única - a que corresponde o portal -, e só a partir de meados do século XVI se deu corpo à estrutura tripartida que ainda hoje existe (Inventário, 1974, p.2). Fosse como fosse, o certo é que a renovada Matriz de Ponte de Lima ocupa um lugar relativamente marginal na evolução do estilo Gótico em Portugal. O portal é de quatro arquivoltas reintrantes, uma delas decorada com semi-esferas (um motivo que pode bem corresponder ao século XV). Os capitéis, por seu turno, são maioritariamente vegetalistas, de folhagem muito presa ao campo escultórico e elementos tratados sumariamente. A rosácea radiante é, como se verá, um produto do restauro. Cedo a igreja despertou as atenções das classes elevadas da sociedade local, que aqui procuraram estabelecer a sua última morada. De c. 1540 é a capela de Nossa Senhora da Conceição, no extremo Sudoeste do conjunto, espaço de planta quadrangular, coberto por abóbada polinervada, de volumosos bocetes, que alberga os túmulos da instituidora, D. Inês Pinto, e de seu marido, ambos em campa rasa. A grande transformação do interior teve lugar a partir de 1567, ano em que está documentado um tal mestre Luís, oriundo da cidade do Porto, à frente da campanha maneirista (Ibidem, pp.3-4). Os trabalhos iniciaram-se com a integral substituição da capela-mor, que ficou de planta rectangular, com cobertura de abóbada de berço em caixotões. No transepto, as duas capelas extremas foram também construídas e mantém-se a dúvida sobre se, só então, se terá alargado o corpo para as actuais três naves. A actual estrutura é plenamente maneirista, com arcos formeiros moldurados e de volta perfeita, não restando quaisquer vestígios da presumível organização tardo-gótica anterior. As obras continuaram nessa segunda metade do século XVI, com o pórtico erudito que enquadra o arco triunfal, a estrutura que ladeia o arco do absidíolo Sul (datado de 1589) e a reformulação das naves (até c. 1590). O século XVIII trouxe grande parte das obras de talha que ornamentam o interior. A principal localiza-se na extremidade Sul do transepto e é um amplo retábulo de estilo nacional, datado de 1729, dedicado a Nossa Senhora das Dores. O coroamento da torre sineira foi intervencionado na segunda metade do século XIX e, mais recentemente (1932) realizou-se a rosácea neo-gótica, a partir do modelo da igreja de São Francisco do Porto. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Igreja da Misericórdia de Ponte de LimaPonte sobre o LimaTorres de São Paulo e da Cadeia e o pequeno pano de muralha existente entre as duas torres | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
Monografia do concelho de Ponte de Lima | AURORA, Conde de | Edição | 1946 | Porto | |
Itinerários de Ponte de Lima | REIS, António Matos | Edição | 1973 | Ponte de Lima | |
"Igrejas e Capelas românicas da Ribeira Lima", Caminiana, ano IV, nº7, pp.47-118 | ALVES, Lourenço | Edição | 1982 | Caminha | |
Um espaço urbano medieval: Ponte de Lima | ANDRADE, Amélia Aguiar | Edição | 1990 | Lisboa | |
"Ponte de Lima o Barroco Religioso", Poligrafia, n.º9/10 | CARDONA, Paula | Edição | 2001 | Arouca | |
"A Arquitectura (1250-1450)", História da Arte Portuguesa, dir. Paulo Pereira, vol. I, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp.335-433 | Obra | ||||
Inventário Artístico da Região Norte - III (Concelho de Ponte de Lima) | Edição | 1974 | Porto | série «Estudos Regionais» - n.º 10 |
Planta com a delimitação e a ZGP em vigor
Igreja Matriz de Ponte de Lima - Interior: capela do Santíssimo
Igreja Matriz de Ponte de Lima - Interior: capela do Santíssimo
Igreja Matriz de Ponte de Lima - Interior: portal da capela do Santíssimo
Igreja Matriz de Ponte de Lima - Interior: capela do Santíssimo
Igreja Matriz de Ponte de Lima - Interior: capela do Santíssimo