Igreja da Misericórdia de Palmela | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja da Misericórdia de Palmela | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Edifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Palmela (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Palmela/Palmela | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Palmela | ||||||||||||
Freguesia | Palmela | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Declaração de retificação n.º 447/2013, DR, 2.ª série, n.º 70, de 10-04-2013 (retificou a localização, por o diploma anterior incluir uma avenida inexistente) (ver Declaração) Portaria n.º 740-AV/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 (suplemento), de 24-12-2012 (ver Portaria) Despacho de homologação de 22-12-2006 do Secretário de Estado da Cultura Despacho de concordância de 24-07-2006 da vice-presidente do IPPAR Parecer favorável de 12-07-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 16-07-2004 da DR de Lisboa do IPPAR para a classificação como IIP Edital de 24-07-2002 da CM de Palmela (relativo ao despacho de abertura de 29-11-2001) Despacho de concordância de 3-06-2002 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 26-04-2002 da DR de Lisboa do IPPAR para alteração do âmbito da classificação Despacho de abertura de 29-11-2001 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 27-11-2001 da DR de Lisboa do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação Proposta de classificação de 7-02-2000 da CM de Palmela Processo iniciado em 17-04-1986 no IPPC | ||||||||||||
ZEP | Despacho de homologação de 22-12-2006 do Secretário de Estado da Cultura Despacho de concordância de 24-07-2006 da vice-presidente do IPPAR Parecer de 12-07-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a não fixação de uma ZEP, por já estar abrangido pela do Castelo de Palmela | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 22051577 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A documentação disponível permite-nos acompanhar os primeiros anos da Misericórdia, e as suas ligações às instituições de assistência já existentes em Palmela. Na verdade, a própria história da vila implicava a existência de uma série de estruturas indispensáveis, entre as quais se incluem as albergarias e hospitais, pois com a instalação da Ordem de Santiago, Palmela conheceu um franco desenvolvimento, logrando alcançar um importante papel a nível nacional, quando, já no século XV, se tornou sede desta Ordem. A nova confraria teve os seus primórdios numa albergaria, dedicada ao Espírito Santo, e fundada em 1471 por Diogo Martins e Rodrigo Afonso Remão (memórias paroquiais, 1758), da qual terá herdado a estrutura, e com certeza, a ermida, onde estabeleceu a sua primeira sede. O hospital, com a mesma invocação, já existia em 1510, encontrando-se, desde cedo, ligado à misericórdia, na qual acabou por ser incorporado (à semelhança do que aconteceu um pouco por todo o país) (FORTUNA, 1990, pp. 72-74). Segundo a documentação, a Misericórdia foi fundada em 5 de Março de 1529 (já no reinado de D. João III), tomando como sede a ermida da confraria do Espírito Santo que, por ser considerada de dimensões muito reduzidas, cedo foi demolida para dar lugar ao templo que hoje conhecemos. Entre 1529 e 1566, ano inscrito sobre o portal principal da igreja e que deverá determinar o final da sua edificação, a confraria instalou-se provisoriamente no hospital, mais precisamente, na antiga casa térrea correspondente aos aposentos da hospitaleira, onde se encontrava à data da Visitação de 1534 (citado por IDEM, p. 74). A nova igreja, de linhas simples, inscreve-se nos modelos adoptados, nesta época, pela generalidade das misericórdias do país, desenvolvendo-se em nave única com capela-mor apenas diferenciada por se encontrar num plano mais elevado, formando, no seu conjunto, uma espécie de caixa, de grande depuração arquitectónica (MOREIRA, 2000, pp. 135-164). O elemento decorativo mais destacado é o portal principal, de linguagem clássica, com pilastras laterais a suportar entablamento, com friso que alterna métopas e tríglifos, a que se sobrepõe frontão triangular com a já referida data de 1566. Mais acima, abre-se o janelão, que deveria iluminar o coro alto entretanto desaparecido (IDEM, p. 187), e o alçado termina em frontão curvo com beirado. Todo este conjunto foi intervencionado entre 1732 e 1734, em consequência do mau estado de conservação, e da ameaça de ruína (IDEM, p.177). No interior, o espaço beneficiou de uma campanha decorativa, muito possivelmente ocorrida em 1650, conforme inscrição na fachada, e patrocinada pelo então provedor, que também pertencia à Ordem de Malta, Jerónimo de Brito e Melo (IDEM, p 176). Os azulejos de padrão polícromo que revestem integralmente as paredes da nave, inscrevem-se no conjunto de motivos quadrílobados, com diferentes variantes, que foram utilizados em revestimentos cerâmicos antes de 1640, prolongando-se depois, em azul e branco, durante o século XVIII (SIMÕES, 1970, pp. 72-73). Os painéis azuis e brancos de vasos floridos que interrompem este padrão (e um outro padrão, em tons de azul junto à porta, na parede fundeira), são já do início do século XVIII, denotando uma tentativa de actualização estética na adopção do azul e branco que então imperava (IDEM, 1979, pp. 195.196). Há notícias de intervenções de restauro no último quartel do século XIX e nas últimas décadas do século passado. Uma referência final aos altares-urnas e ao sino, os primeiros provenientes da igreja do Convento dos Capuchos (Alferrara), após a extinção das Ordens Religiosos, e o segundo vindo da igreja de Santa Maria do Castelo (IDEM, pp. 180-181). (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Castelo de PalmelaIgreja de São Tiago de Palmela, compreendendo o túmulo de D. Jorge de LencastrePelourinho de Palmela | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 19 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Azulejaria em Portugal no século XVII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1971 | Lisboa | |
Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa | |
As Misericórdias | GOODOLPHIM, Costa | Edição | 1897 | Lisboa | |
"As Misericórdias: um património artístico da humanidade", 500 Anos das Misericórdias Portuguesas, pp. 135-164 | MOREIRA, Rafael | Edição | 2000 | Lisboa | |
"As Misericórdias da fundação à União Dinástica", Portugaliae Monumenta Misericordiarum - fazer a história das Misericórdias, vol. 1, pp. 19-45 | SÁ, Isabel dos Guimarães | Edição | 2002 | Lisboa | |
"As Misericórdias de D. Filipe I a D. João V", Portugaliae Monumenta Misericordiarum - fazer a história das Misericórdias, vol. 1, pp. 47-77 | ABREU, Laurinda | Edição | 2002 | Lisboa | |
Misericórdia de Palmela - vidas e factos | FORTUNA, António Matos | Edição | 1990 |
Igreja da Misericórdia de Palmela - Fachada principal
Igreja da Misericórdia de Palmela - Planta com a delimitação e a ZP em vigor
Igreja da Misericórdia de Palmela - Enquadramento geral
Igreja da Misericórdia de Palmela - Vista aérea do enquadramento geral
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: pedra tumular no pavimento à entrada
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: pia de água benta
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: pormenor do retábulo-mor
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: pintura do teto (Misericórdia de Palmela)
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: parede lateral (revestimento azulejar tipo "tapete")
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: retábulo-mor
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: retábulo da Epístola
Igreja da Misericórdia de Palmela - Fachada principal
Igreja da Misericórdia de Palmela - Fachada principal: portal
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: ligação da parede lateral e do retábulo-mor
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: nave
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: nave
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: pedra tumular no pavimento à entrada
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: parede lateral do lado da Epístola (púlpito)
Igreja da Misericórdia de Palmela - Interior: inscrição em mármore na parede do lado da Epistola