Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Solar e Quinta de Carvalho de Arca
Designação
DesignaçãoSolar e Quinta de Carvalho de Arca
Outras Designações / PesquisasSolar de Carvalho de Arca (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Solar
TipologiaSolar
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBraga/Guimarães/Polvoreira
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
EN 310Polvoreira Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoBraga
ConcelhoGuimarães
FreguesiaPolvoreira
Proteção
Situação ActualEm Vias de Classificação
Categoria de ProtecçãoEm Vias de Classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal)
CronologiaEm 13-03-2015 foi enviada cópia do processo à CM de Guimarães para ponderar a sua classificação como de IM
Em 30-10-2014 a DRC do Norte solicitou esclarecimentos sobre a situação jurídica do procedimento de classificação
Devolvido em 2-06-2010 à DRC do Norte para reapreciar o mérito cultural
Despacho de homologação de 14-10-1999 da Secretária de Estado da Cultura
Parecer 9-01-1992 do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação como monumento de valor local
Proposta de 30-10-1991 do IPPC para a classificação como IIP
Despacho de abertura de 26-04-1991 do presidente do IPPC
Proposta de classificação de 21-02-1991 da CM de Guimarães, a pedido do proprietário
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Localizada junto à povoação de Polvoreira, a Quinta de Carvalho de Arca integra um conjunto de edificações de cariz habitacional e agrícola, composto pelo solar, com capela privativa, pelas dependências onde se instalam o lagar, a adega e alambique, a cocheira e as cavalariças, e ainda por jardins, campos de cultivo e vinha. A propriedade, murada, apresenta um grande portão alpendrado, pelo qual se acede ao terreiro principal, onde se eleva um chafariz de taças com tanque, em granito.
Frente a este ergue-se o solar de traça barroca, datado do século XVII, de planta irregular em U formada pela justaposição de três corpos que, embora apresentem alturas distintas, se harmonizam. O corpo principal, de planimetria retangular e virado a este, é coroado por pináculos e divide-se em dois registos, apresentando na fachada uma escada de pedra lateral, de acesso ao andar nobre, e à direita, um corpo mais baixo e saliente, precedido por colunata com telheiro, pelo qual se acede ao salão nobre. No corpo posterior da casa fica a área dos quartos e, a ligar esta ala com a construção principal, ergue-se o torreão e uma harmoniosa varanda alpendrada em granito, fechada, virada a norte e com serventia pelo interior. O torreão exibe, sob uma janela com mainel, a pedra de armas da família Paiva Brandão, proprietária da casa.
À esquerda da casa ergue-se a capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, de planta retangular precedida por alpendre sustentado por colunata. No interior destaca-se o altar de madeira em talha e as pinturas da Virgem com o Menino e de São José com o Menino que o ladeiam. Do lado esquerdo erguem-se as dependências agrícolas, e do lado direito foi erigido, sobre o muro traseiro da propriedade, um passadiço que permite a ligação ao interior da casa. Este muro é encimado por merlões chanfrados e quatro esculturas em granito, apresentando ainda duas janelas gradeadas e o referido portal de acesso à quinta.
O solar é rodeado por um jardim de buxo, com cedros japoneses, e pela área de cultivo, que mantém a tradição agrícola da casa, atualmente centrada sobretudo na produção de vinho. Destacam-se ainda a adega, o lagar e o alambique, espaços já modernizados.
História
A origem da Quinta de Carvalho de Arca remonta, pelo menos, ao século XIII, quando é identificada nas Inquirições de D. Afonso III, datadas de 1258.
No início do século XVI a propriedade pertencia à Casa de Bragança, tendo sido o duque D. Jaime quem, em 1528, a aforou e emprazou ao seu escudeiro Duarte Vaz. A partir dessa data, e até inícios do século XX, a quinta manteve-se na posse dos seus descendentes, tendo sido esta família quem, no século XVII, mandou construir o solar que hoje se conhece.
Depois de passar, por herança, para a filha dos Marqueses de Sesimbra, a Quinta de Carvalho de Arca foi herdada em 1906 pela família Paiva Brandão, que conserva a propriedade até ao presente.
Cerca de 1910 o solar foi objeto de obras de remodelação e restauro, no intuito de adaptar o espaço às comodidades que os avanços técnicos do início do século XX começavam a oferecer às tipologias habitacionais, permitindo assim que a casa, embora implantada num espaço rural, pudesse ser ocupada permanentemente. As obras em nada prejudicaram o projeto original, harmonizando-se com a imponência barroca do edifício, tão características da arquitetura solarenga minhota.
Catarina Oliveira
DGPC, 2016
ProcessoEN 310 (Guimarães - Porto), desvio para a Polvoeira. A cerca de 500 m do Lugar de Covas
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens9
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Nobres Casas de PortugalSILVA, António Lambert Pereira daEdição1958Porto
Valles Peixotos de Villas Boas da Casa de Carvalho de ArcaNÓBREGA, Artur Vaz Osório daEdição1964Braga

IMAGENS

Solar e Quinta de Carvalho da Arca - Vista geral do solar e quinta

Solar e Quinta de Carvalho da Arca - Portão de entrada da quinta

Solar e Quinta de Carvalho da Arca - Fachadas do solar e fonte

Solar e Quinta de Carvalho da Arca - Edifícios laterais (anexos agrícolas) e fonte

Solar e Quinta de Carvalho da Arca - Muro e pormenor do portão de entrada

Solar e Quinta de Carvalho da Arca - Fachada posterior do solar

Solar e Quinta de Carvalho da Arca - Vista do solar a partir do jardim

Solar e Quinta de Carvalho da Arca - Vista parcial do jardim e zona envolvente

Solar e Quinta de Carvalho da Arca - Interior da Capela

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt