Torre de Penegate | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Torre de Penegate | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Torre de Penegate / Torre de D. Egas Pais (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Torre | ||||||||||||
Tipologia | Torre | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Vila Verde/Carreiras (São Miguel) e Carreiras (Santiago) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Vila Verde | ||||||||||||
Freguesia | Carreiras (São Miguel) e Carreiras (Santiago) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 164/2013, DR, 2.ª série, n.º 67, de 5-04-2013 (ver Portaria) Procedimento prorrogado até 30-06-2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma) Anúncio n.º 13494/2012, DR, 2.ª série, n.º 189 de 28-09-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 23-01-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 27-12-2011 da DRC do Norte para a classificação como MIP Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Despacho de abertura de 20-07-1990 do presidente do IPPC Proposta de 22-06-1990 do IPPC para a abertura da instrução do processo de classificação Proposta de classificação de 15-11-1988 da CM de Vila Verde Deliberação de 20-08-1986 da CM de Vila Verde no sentido de propor ao IPPC a classificação como MN | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 164/2013, DR, 2.ª série, n.º 67, de 5-04-2013 (sem restrições) (ver Portaria) Anúncio n.º 13494/2012, DR, 2.ª série, n.º 189 de 28-09-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 23-01-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 27-12-2011 da DRC do Norte | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A primeira referência ao topónimo Penegate aparece em 1064, por substituição de uma anterior designação, Penela (SOUSA, 1978, pp.13-14). Por este facto, pressupõe-se que, desde o início, o topónimo esteve associado a um monte dominante, onde, mais tarde, se implantou a torre gótica que conhecemos. Permanecem dúvidas, todavia, sobre uma eventual torre românica, ou proto-românica, atribuída à iniciativa de D. Egas Pais de Penegate, valido do Conde D. Henrique, defendida por alguns autores (ABREU, coord., 1963, p.42), mas de que não restam, hoje, vestígios aparentes. A monumental torre que se conserva ficou a dever-se a Mem Rodrigues de Vasconcelos, companheiro de armas de D. Dinis na guerra que este monarca travou contra seu filho, futuro D. Afonso IV. O documento de autorização para a construção da domus fortis, datado de 5 de Outubro de 1322, é o mais importantes indicador da relevância militar deste edifício. Nele se refere expressamente que D. Dinis "havia proibido a construção destas casas fortificadas a não ser com sua expressa autorização". Deve realçar-se o facto de esta autorização não surgir como benesse pelos serviços prestados, mas para proteger Mem Rodrigues de Vasconcelos no cargo que então ocupava, meirinho-mor do rei na região de Entre-Homem-e-Cávado, zona onde a justiça real tinha dificuldades em impor-se por acção contestatária de Pedro Anes de Vasconcelos, tio de Mem Rodrigues (SOUSA, 1978, p.14). Desta forma, conpria huma casa forte (...) para teer hy o corpo em salluo quando lhy conprise e outro ssy pera teer hy a molher e os filhos que non possam Receber dano daquelles que lhy a el mal querem polo meu serviço (SILVA, 1995, pp.48-49). Em posição dominante sobre um vasto território circundante, e assente num afloramento de difícil acesso, a torre é de planta rectangular organizada em três pisos. A entrada principal, aberta no alçado nascente e de perfil apontado, está bem acima do solo, num dispositivo defensivo que obrigava ao acesso ao interior através de escada amovível, de que restam ainda os apoios. A entrada devia ser guarnecida por alpendre, do qual restam duas mísulas a enquadrar o portal. Na face ocidental, ao nível da janela do último piso, existe um balcão de matacães, que permitia o tiro vertical sobre o único caminho que conduz ao edifício. Outras características vincadamente militares são o escasso fenestramento (apenas a face voltada a Sul, a mais exposta ao Sol, possui três vãos muito apertados, de perfil quebrado), o aparelho plenamente isódomo, de forma escalonada nos registos inferiores, para maior sustentação da estrutura, e o recorte ameado do coroamento. Como concluiu José Custódio Vieira da SILVA, 1995, p.49, Penegate é, de todas as torres "similares conhecidas, a que se implanta de forma tão ostensivamente militar no alto de um monte inacessível". Por outro lado, a sua existência não pretende dominar um agro rural, vinculado ao seu estatuto, mas sim criar uma propositada zona defensiva, que protegesse os seus proprietários. Nos inícios do século XVII, construiu-se a capela de Nossa Senhora da Penha, por iniciativa de Miguel Valadares (conforme inscrição na fachada principal). Este nobre, cónego de Guimarães e desembargador em Braga, era então proprietário da herdade e edificou a capela para sua sepultura. É um templo barroco de pequena dimensão e conserva o retábulo-mor contemporâneo, de estrutura tripartida, com a imagem de Nossa Senhora ao centro, e as de São João e Santo António, em painéis pintados, de ambos os lados. Em 1907, a torre passou para a posse da família dos actuais proprietários, efectuando-se, nas décadas posteriores, obras de consolidação e de restauro. De entre os trabalhos realizados, destaca-se a colocação de ameias em 1939, que subverteu o ritmo original destes elementos (AZEVEDO, 1988, p.157), e a edificação de um segundo corpo, de carácter residencial. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 15 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Paços Medievais Portugueses | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 1995 | Lisboa | Tipo : Colecção - Arte e Património |
Torres solarengas do Alto Minho | GUERRA, Luís Figueiredo da | Edição | 1925 | ||
Epigrafia medieval portuguesa (862-1422) | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Lisboa | |
Solares Portugueses | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1988 | Lisboa | |
História genealógica da Casa Real Portuguesa | SOUSA, António Caetano de | Edição | 2001 | ||
As Terras de Vila Verde do Minho no Dicionário Geográfico do Reino de Portugal até 1758 | SILVA, Domingos M. da | Edição | 1985 | Vila Verde | |
"Casas-Torre ainda existentes nos arredores de Braga", O Distrito de Braga, 2ª sér., vol. III, pp.5-28 | SOUSA, José João Rigaud de | Edição | 1978 | Braga | |
Apontamentos para a história de Vila Verde | LOPES, João José Almeida | Edição | 1993 | Vila Verde | |
Monografia do concelho de Vila Verde | AZEVEDO, Correia de | Edição | 1958 | Amares | |
História, Arte e Paisagens do Distrito de Braga - I - Concelho de Vila Verde | Edição | 1963 | Braga |
Vista geral
Anexo habitacional
Vista geral
Fachada NO
Vista geral
Vista geral da torre e do anexo habitacional
Fachada SO
Fachada SE
Interior piso dois
Interior do piso dois
Interior piso dois
Fachada NE
Porta de acesso ao balcão
Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCN e a SPAA do CNC (a ZEP só entra em vigor após publicação da portaria no DR)
Torre de Penegate - Planta anexa à portaria de classificação e fixação da respetiva ZEP, com a delimitação e a ZEP em vigor
Palacete Vilar de Allen
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