Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Linha do Elétrico de Sintra na totalidade do seu percurso atualmente subsistente, entre Sintra (Estefânia) e a Praia das Maçãs, incluindo as respetivas estruturas de apoio e composições, nomeadamente o terminal da Ribeira antiga
Designação
DesignaçãoLinha do Elétrico de Sintra na totalidade do seu percurso atualmente subsistente, entre Sintra (Estefânia) e a Praia das Maçãs, incluindo as respetivas estruturas de apoio e composições, nomeadamente o terminal da Ribeira antiga
Outras Designações / PesquisasLinha do Elétrico de Sintra (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Sintra/Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim); Colares
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- entre Sintra (Estefânea) e a Praia das Maçãs- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.802202-9.395001
DistritoLisboa
ConcelhoSintra
FreguesiaSintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim); Colares
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal
CronologiaAviso n.º 19757/2021, DR, 2.ª série, n.º 204, de 20-10-2021 (este com planta) (ver Aviso)
Aviso n.º 15163/2021, DR, 2.ª série, n.º 157, de 13-08-2021 (ver Aviso)
Deliberação de 13-08-2018 da CM de Sintra a aprovar a classificação como MIM
Edital n.º 933/2013, DR, 2.ª série, n.º 189, de 1-10-2013 (ver Edital)
Despacho de 5-09-2013 do presidente da CM de Sintra a sujeitar a audiência prévia dos interessadosr a classificação como MIM
Edital n.º 68/2013 de 21-03-2013 da CM de Sintra
Despacho de 21-03-2013 do presidente da CM de Sintra a determinar a abertura do procedimento de classificação como de IM
Anúncio n.º 13816/2012, DR, 2.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Anúncio)
Despacho de arquivamento de 13-12-2012 da diretora-geral da DGPC
Parecer favorável de 30-11-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 28-11-2012 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para o arquivamento do procedimento de classificação, por não ter valor nacional, e o envio de cópia do processo à CM de Sintra para a ponderação da classificação como de IM
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Despacho de 18-03-1997 do Ministro da Cultura a detrminar a abertura da instrução do processo de classificação do Troço Ribeira / Praia das Maçãs da antiga linha de eléctricos de Sintra, incluindo as respetivas estruturas de apoio e composições
Parecer favorável de 10-12-1996 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 2-08-1996 da CM de Sintra para a classificação como IIP, após deliberação camarária de 24-07-1996
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181501
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaConjunto
O troço da linha do elétrico que vai desde a vila de Sintra (Estefânia) até à Praia das Maças, estende-se por cerca de 11 km, junto à estrada que liga a vila a Colares, seguindo depois até à costa. O conjunto integra estruturas de apoio e composições, nomeadamente o terminal da Ribeira que inclui garagem e oficina, esta última integrando a mina e a represa, o edifício da subestação do Banzão e o edifício da bilheteira da Praia das Maças.
A viagem dura 45 minutos e é efetuada a cerca de 15 Km por hora, correspondendo a um dos mais originais percursos turísticos existentes em Portugal, dando a conhecer não só a serra circundante, como a histórica localidade de Colares e as suas belezas costeiras. Por esta linha é ainda possível observar o interessante conjunto de arquiteturas de veraneio - moradias unifamiliares enquadradas por um extenso pinhal - que foram sendo construídas na zona entre Colares e a Praia das Maças, sobretudo entre os anos 30 a 40.
História
Foi em 1887 que, pela primeira vez, um comboio proveniente de Lisboa chegou a Sintra, ficando assim a vila para sempre ligada à capital, resultando num acréscimo de visitantes desejosos de conhecer as belezas da região. De modo a responder a esta necessidade a Câmara Municipal de Sintra promove, a 28 de setembro de 1890, a abertura de um concurso público para a construção da linha férrea.
A primeira fase da linha que ligou Sintra a Colares foi inaugurada a 31 de março de 1904 e, pouco depois, estendeu-se até à Praia das Maças. A frota original, adquirida em Filadélfia, Estados Unidos, era composta por sete carros motores e outros tantos atrelados, dos quais quatro ainda se encontram em funcionamento.
Apesar do impulso inicial, logo em 1914 a empresa faliu e foi vendida em hasta pública. Na década de 20, graças ao empenho do administrador-delegado Camilo Farinhas, o percurso foi objeto de melhoramentos, incluindo o seu prolongamento até às Azenhas do Mar.
As décadas de trinta e quarenta foram problemáticas em termos financeiros mas, apesar disso, algumas beneficiações foram sendo implementadas, como a inauguração do terminal Colares-Banzão, criação de abrigos nas estações e uma estrutura de apoio mais cómoda na Praia das Maçãs. Mas, se por um lado os custos com a linha aumentaram, originando o aumento do preço dos bilhetes, por outro, os transportes rodoviários estavam em franco crescimento competindo assim com os transportes ferroviários. O primeiro troço a ser sacrificado foi o das Azenhas do Mar à Praia das Maçãs, realizando-se a última viagem a dia 31 de outubro de 1954, acontecendo o mesmo ao troço entre a Vila Velha e a Estação em 1958, devido ao alargamento da Volta do Duche. Apesar disso, a década de sessenta, graças ao administrador João de Campos que mandou construir dois novos desvios: um para a Ponte Redonda e outro para a Quinta da Nora, foi possível angariar mais passageiros.
Em 1974 o mau estado da linha originou um acidente grave envolvendo um morto, situação esta que deixou a população bastante abalada e que foi a justificação que faltava para a empresa determinar o seu encerramento. Assim, no dia 15 de Setembro todos os elétricos recolhem à gare da Ribeira de Sintra sendo substituídos por uma frota de autocarros. A 15 de maio de 1980, foi oficialmente reiniciada a circulação dos elétricos nesta linha mas apenas entre o Banzão e a Praia. Curiosamente foi a 15 de Setembro de 1995, precisamente vinte e um anos anos depois do seu encerramento, que a Câmara Municipal de Sintra deu início aos trabalhos de recuperação integral da linha (Sintra - Praia das Maças) e respetivas instalações, tendo apenas aberto ao público a 4 de junho de 2004. Hoje mantém-se em funcionamento para grande gáudio dos visitantes da região.
Paulo Fernandes. Revisão de Maria Ramalho/DGPC/2015. Colaboração da C. M. Sintra.
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens6
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Eléctrico Voltou Aos Carris Entre Sintra e a Praia das Maçãs", Público, 5/6/2004SEBASTIÃO, Luís FilipeEdição2004Lisboa
"Viagem num museu sobre carris", Diário de Notícias, 16/8/2005, p.46PADRÃO, IsaltinaEdição2005Lisboa
Eléctricos de Sintra - Um percurso centenárioCARDOSO, JúlioEdição2004Sintra
Eléctricos de Sintra - Um percurso centenárioALVES, ValdemarEdição2004Sintra

IMAGENS

Linha do elétrico de Sintra - Troço Sintra/Monte Santos, à saída da vila

Linha do elétrico de Sintra - Troço Sintra/Monte Santos

Linha do elétrico de Sintra - Planta com a delimitação do conjunto em vias de classificação para IM

Terminal da Ribeira da linha de elétrico entre Sintra e Praia das Maças e composição circulante datada do início do século XX.CMS

Linha do elétrico de Sintra, carruagem. Maria Ramalho, 2016

Linha do elétrico de Sintra, carruagem. Maria Ramalho, 2016

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