Sé de Lamego | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Sé de Lamego | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Catedral de Lamego / Sé de Lamego / Igreja Paroquial da Sé / Igreja de Nossa Senhora da Assunção (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Sé, Catedral | ||||||||||||
Tipologia | Sé, Catedral | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viseu/Lamego/Lamego (Almacave e Sé) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viseu | ||||||||||||
Concelho | Lamego | ||||||||||||
Freguesia | Lamego (Almacave e Sé) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 6-04-1960, publicada no DG, II Série, n.º 95, de 22-04-1960 (com ZNA) (substitui o diploma anterior) Portaria de 1-05-1954, publicada no DG, II Série, n.º 146, de 23-06-1954 | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 6-04-1960, publicada no DG, II Série, n.º 95, de 22-04-1960 (substitui o diploma anterior) Portaria de 1-05-1954, publicada no DG, II Série, n.º 146, de 23-06-1954 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O bispado de Lamego está documentado desde muito cedo na História do Cristianismo peninsular, datando a primeira referência de 572, ano em que o bispo Sardinário esteve presente no II Concílio de Braga. O edifício que hoje conhecemos começou a ser construído nos meados do século XII, por patrocínio parcelar de D. Afonso Henriques, sobre uma antiga capela dedicada a São Sebastião, esta mandada edificar pela condessa D. Teresa algumas décadas antes. Do período românico resta a monumental torre que flanqueia a fachada principal pelo lado Sul. De secção quadrangular, dispõe-se em três andares sobre forte embasamento, constituindo o último uma reconstrução mais recente do monumento original. Ao nível dos elementos divisores destacam-se as frestas de arco apontado do primeiro andar (como se de uma obra de arquitectura militar se tratasse) e as elegantes janelas de arco a pleno centro, de duas arquivoltas, do segundo andar. Estas são decoradas com meias-esferas e capitéis vegetalistas, circunstâncias que permitem atribuir uma datação algo tardia para o projecto, provavelmente já a rondar a viragem para o século XIII, tendo em conta que a obra, iniciada pela cabeceira, demorou ainda algum tempo a chegar à face ocidental e, consequentemente, às torres. Durante a Baixa Idade Média, o conjunto edificado nas primeiras décadas da monarquia foi enriquecido com numerosos elementos, entre os quais algumas capelas funerárias, particularmente de membros do episcopado - casos de D. Paio, que instituiu a capela de São Sebastião em 1246; D. Domingos Pais, a quem se ficou a dever a Capela de Santa Margarida, em 1284; Nicolau Peres, deão, que patrocinou a Capela de Santa Marinha em 1299; ou D. Vasco Martins, que decidiu edificar a Capela de Santa Maria do Tesouro em 1302, entre muitos outros exemplos que poderíamos citar. Nos inícios do século XVI, o monumento foi objecto de uma importante reforma. O arranque dos trabalhos anda atribuído ao bispo D. João de Madureira, que entrou na cátedra em 1502 e o resultado foi a principal obra manuelina deste sector do reino, reservada à fachada principal, elemento primordial de cenografia e de impacto visual a todos quantos se aproximavam da catedral. Os três panos da frontaria, que denunciam o interior em três naves, passaram a conter uma tripla entrada harmónica, composta por portais de arco apontado (o axial inscrito em seis arquivoltas e os laterais em três), profusamente decorados com capitéis vegetalistas de secção oitavada e intercolúnio preenchido com motivos fitomórficos. As pilastras que dividem os panos são reforçadas por contrafortes rematados com cogulhos e, ao nível do segundo andar do corpo central rasga-se um grande janelão de arco abatido, inscrito em moldura rectangular, que se instituiu como verdadeira marca de estilo do projecto. Na Idade Moderna, o conjunto catedralício foi aumentado e enriquecido com outras obras, como o claustro (do período maneirista) e a nova capela-mor (barroca, bastante profunda e revestida por retábulo-mor, dois órgãos e tribunas, construída a partir de 1742). O transepto é igualmente barroco e foi realizado imediatamente após a conclusão da capela-mor, decorrendo os trabalhos até 1771. Por essa mesma altura dava-se corpo à sacristia e aos vários retábulos que ornamentam ainda a maioria das capelas devocionais do interior. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Alto Douro VinhateiroCine-Teatro Ribeiro da Conceição (antigo), anteriormente Hospital da Misericórdia | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 11 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
"Construções na Grande Estrada : o Caminho de Santiago e a Arquitectura Portuguesa (1400-1521)", in Do Tardo-Gótico ao Maneirismo, Galiza-Portugal (Catálogo da Exposição) | PEREIRA, Paulo | Edição | 1995 | ||
"Nicolau Nasoni e a reconstrução daCatedral de Lamego", Beira Alta, vol. XXXVI, pp. 171-200. | BRANDÃO, Domingos de Pinho | Edição | 1977 | Viseu |
Sé de Lamego - Fachada principal
Sé de Lamego - Torre românica: fachada nascente
Sé de Lamego - Torre românica: janela nascente do segundo registo
Sé de Lamego - Fachada principal: pormenor dos capitéis e arquivoltas do portal (lado Sul)
Sé de Lamego - Fachada principal: pormenor dos capitéis e arquivoltas do portal (lado Norte)
Sé de Lamego - Interior: nave central e capela-mor
Sé de Lamego - Interior: balaustrada do coro-alto e tecto barroco com pintura mural
Sé de Lamego - Claustro: arcadas da ala Norte
Sé de Lamego - Claustro e fachada lateral esquerda da igreja
Sé de Lamego - Portaria publicada no DG, n.º 95, de 02-04-1960 - Texto e planta do diploma
Sé de Lamego - fachada principal.Maria Ramalho, 2018.
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