Castelo de Bragança | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Bragança | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo e cerca urbana de Bragança (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Bragança/Sé, Santa Maria e Meixedo | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Bragança | ||||||||||||
Freguesia | Sé, Santa Maria e Meixedo | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A história medieval de Bragança é a história da tentativa de instituição de um centro regional dominante na mais periférica zona do reino. Ao que tudo indica, este processo iniciou-se com D. Sancho I, monarca que se preocupou em efectivar uma estreita proximidade entre poder régio e a família dominante do Nordeste, com vista a uma maior autoridade real na região brigantina. É neste contexto que se explica a fundação da cidade de Bragança (1187), e as primeiras doações destinadas à sua fortaleza (Março de 1188) (GOMES, 1993, pp.174-175). Infelizmente, estamos muito mal informados acerca da primitiva cerca defensiva aqui realizada, pois a grande obra militar de Bragança deu-se já a caminho para o final da Idade Média. De acordo com os estudos de Paulo Dórdio Gomes, o interior da cidadela revela, ainda, parte da sua organização viária sanchina, "segundo dois eixos principais que confluem para a Porta da Vila", dispondo-se, entre eles, "blocos trapezoidais contendo séries de lotes com edifícios e quintais" (GOMES, 1993, p.177). Um século depois, no reinado de D. Dinis, teve lugar uma primeira reforma do castelo. À semelhança da primitiva obra, também estamos mal informados sobre este momento, mas, a crer na documentação subsistente, ele deverá ter tido algum impacto na fortaleza românica, especialmente ao nível de um primeiro amuralhamento exterior, de carácter já gótico. A grande campanha militar da cidade, e que, ainda hoje, se institui como marca visual dominante na imensa paisagem brigantina, teve lugar no reinado de D. João I, no contexto de afirmação da nova dinastia. Uma magnífica torre quadrangular, de dois andares, com torreões circulares nos vértices, é a inconfundível marca desta campanha, a que se junta uma cintura de muralhas igualmente dotada de torreões circulares, que rodeia um espaço rectangular irregular. Este núcleo principal, de características estéticas únicas entre nós, foi já explicado à luz de uma provável influência inglesa, posterior à chegada do Duque de Lancaster (CARVALHO, 1995 cit. JACOB, 1997, p.70). A datação para o conjunto parece confirmar esta hipótese, uma vez que a esmagadora maioria dos autores que se referiram a este castelo coincidem numa cronologia pelas primeiras décadas do século XV, muito alargada (cerca de trinta anos). Datará, também, desta época a construção de uma segunda linha de muralhas, que teve por objectivo proteger o principal bairro dos arrabaldes, conjunto eminentemente comercial e em franco desenvolvimento ao longo dos séculos XIV e XV. A cerca interior, que define o espaço intra-muralhas, apresenta uma planta quase circular, revelando a racionalidade e o carácter radiocêntrico do projecto, onde os eixos viários confluem para o centro (JACOB, 1997, p.26). Na secção Norte desta muralha, a Torre da Princesa evoca antigas lendas românticas, estatuto oitocentista reforçado pelas ruínas anexas do paço do governador. Os últimos séculos pautaram-se pela progressiva degradação e, em certos casos, desmantelamento das muralhas e da estrutura defensiva medieval. Logo no século XVII, no contexto das Guerras da Independência, retiraram-se muitas ameias, para dotar os caminhos de ronda de peças de artilharia. Em 1800, uma significativa parte da secção nascente das muralhas foi aproveitada para a construção de um quartel de infantaria. O restauro foi realizado na década de 30 do século XX, altura em que a criação da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) veio inverter a ruína de numerosos monumentos em todo o país. Como a maioria dos restauros efectuados por esta instituição, o plano não se limitou a uma consolidação do edificado, mas sim a uma reinvenção e re-monumentalização do conjunto. Assim se explica a construção de ameias em toda a cerca, a demolição do quartel oitocentista, a reposição de troços de muralhas e o desafogamento dos muros de inúmeras construções privadas que, ao longo dos tempos, a eles se foram adossando. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 17 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 19 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: repositório amplo de notícias corográficas, hidro-orográficas, geológicas, mineralógicas, hidrológicas, biobibliográficas, heráldicas (...), 2ªed. | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 2000 | Bragança | Publicado a 1909-1948 |
A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
O Castelo de Bragança: notas histórico-descritivas | TEIXEIRA, António José | Edição | 1933 | ||
Roteiro e escorço histórico da cidade de Bragança | FELGUEIRAS JÚNIOR, Francisco | Edição | 1964 | Bragança | |
Bragança e Benquerença | LOPO, Albino dos Santos Pereira | Edição | 1900 | Lisboa | |
"O Castelo de Bragança", Brigantia, vol. IV, n.º 4 | CARVALHO, Eduardo | Edição | 1984 | Bragança | |
"O castelo de Bragança", Actas do II Congresso sobre monumentos militares | MARTINS, João Vicente | Edição | 1984 | Lisboa | |
"Bragança: da vila de fronteira à capital de província. Notas para uma monografia de Bragança. Séculos XII-XVII", Cidades, vilas e aldeias de Portugal. Estudos de história regional portuguesa, vol. I, pp. 235-253 | MENDONÇA, Manuela | Edição | 1995 | Lisboa | |
Cidade de Bragança e freguesia da Sé | RUIVO, José Afonso | Edição | 1995 | Bragança | |
"D. Dinis e a arquitectura militar portuguesa", Revista da Faculdade de Letras. História, II série, tomo XV, pp. 801-822 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 1998 | Porto | |
Os castelos portugueses dos finais da Idade Média: presença, perfil, conservação, vigilância e comando | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 1999 | Coimbra | |
Roteiro dos castelos de Trás-os-Montes | VERDELHO, Pedro | Edição | 2000 | Chaves | |
"O povoamento medieval em Trás-os-Montes e no Alto Douro. Primeiras impressões e hipóteses de trabalho", Arqueologia Medieval, nº2, pp.171-190 | GOMES, Paulo José Antunes Dórdio | Edição | 1993 | Porto | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
Bragança | JACOB, João | Edição | 1997 | Lisboa | |
Bragançanismo. Tentativas históricas e literárias | CARVALHO, Eduardo | Edição | 1995 | Bragança | |
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil Arquitectónico | CORREIA, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos | Edição | 2010 | Coimbra |
Castelo de Bragança - Vista geral e envolvente (DGEMN, 1973)
Castelo de Bragança - Vista parcial da muralha e torre de menagem (DGEMN)
Castelo de Bragança - Torre do antigo paço (DGEMN, 1973)
Castelo de Bragança - Torre de menagem (DGEMN)
Castelo de Bragança - Gravura antiga de Bragança (DGEMN)
Castelo de Bragança - Vista parcial da cinta de muralhas ameada, com caminho de ronda, ostentando um cubelo de forma rectangular
Castelo de Bragança - Zona envolvente a norte (vista a partir da torre de menagem)
Castelo de Bragança - Vista parcial da muralha ameada, com caminho de ronda
Castelo de Bragança - Zona de entrada com muralha ameada, e adarve, ostentando um cubelo de forma rectangular
Castelo de Bragança - Igreja de Santa Maria (intramuros e vista a partir da torre de menagem)
Castelo de Bragança - Interior do recinto: muralha intradorso interrompida por várias portas
Castelo de Bragança - Interior do recinto: vista parcial, com destaque para porta da cintura de muralha
Castelo de Bragança - Igreja de Santa Maria e Domus Municipalis (intramuros)
Castelo de Bragança - Vista geral
Castelo de Bragança - Vista geral e envolvente
Castelo de Bragança - Vista geral da torre de menagem adossada à muralha protegida por barbacã com cubelos semicirculares
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