Muralhas do Castelo de Portalegre | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Muralhas do Castelo de Portalegre | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Portalegre / Fortificações de Portalegre (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Portalegre/Portalegre/Sé e São Lourenço | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Portalegre | ||||||||||||
Concelho | Portalegre | ||||||||||||
Freguesia | Sé e São Lourenço | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 8 217, DG, I Série, n.º 130, de 29-06-1922 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Fundado por D. Dinis após 1290, o altaneiro Castelo de Portalegre denota a importância estratégica que já então a vila assumia na defesa da fronteira alto-alentejana, facto que explica o florescente desenvolvimento económico nos séculos da Baixa Idade Média. A fortaleza localiza-se na secção nascente da cidade. Apesar de consideravelmente transformada, mantém a sua torre de menagem, de planta quadrangular irregular e integrada na muralha, protegendo, com certeza, o acesso principal, como foi comum na arquitectura gótica militar. O castelo apresenta uma planta algo heterodoxa, composta por uma "figura geométrica irregular de oito lados, grosseiramente arredondada" (BUCHO, DGEMN on-line). Resta, ainda, a torre Norte, actualmente a que tem maior altura e se apresenta como verdadeiro símbolo cenográfico do passado medieval da cidade. O sistema de muralhas que envolvia a primitiva fortificação gótica encontra-se, também, bastante adulterado; não obstante, o seu perímetro é ainda facilmente reconstituível, uma vez que os eixos de circulação obedeceram à espacialidade urbana então gerada e ainda restam alguns importantes troços. No seu conjunto, a cerca desenha um perímetro arredondado, tão irregular quanto longo, que tem a particularidade de envolver o próprio castelo. Doze torres uniam a estrutura amuralhada e oito portas (do Postigo, do Alegrete, de Elvas, da Devesa, do Espírito Santo, do Bispo e de São Francisco) permitiam o acesso ao interior. Destas, restam três, destacando-se a do Alegrete, embora também substancialmente adulterada: "maciça, de arco de volta perfeita em túnel, viu o seu topo arranjado em terraço enquanto se rasgavam quatro janelas quadradas no piso superior" (RODRIGUES e PEREIRA, 1988, p.17). A mais importante porta medieval era, contudo, a da Devesa, do lado Norte, cuja configuração original apresentava duas poderosas torres a ladeá-la. Durante a época moderna, a cintura amuralhada sofreu obras de reforço. Do século XVI é a abóbada da torre de menagem, polinervada e concebida para se ajustar ao espaço irregular que cobre. Ainda que não existam provas seguras, é possível que o primitivo sistema gótico, de cruzaria, apresentasse sinais preocupantes de ruína, face à irregularidade do espaço a abobadar. A mais importante campanha, todavia, aconteceu no século XVII, no contexto defensivo das guerras da Restauração. Ao que tudo indica, as obras iniciaram-se logo em 1641 e estavam concluídas cinco anos depois. Estes dados são elucidativos quanto à importância da fortaleza e do castelo nesses anos de guerra entre Portugal e Espanha. Os fortins de São Cristóvão, São Pedro e da Boavista ilustram essa decisiva campanha, pela sua localização em estrela, adiante das muralhas medievais, mas ligando-se a elas, numa tentativa de modernização e de melhorar a eficácia de todo o sistema. Estas obras, todavia, não impediram que, nos princípios do século XIX, as tropas espanholas ocupassem a cidade. O tempo ditou a perda de funcionalidade do castelo, e as novas exigências do urbanismo contemporâneo determinaram a ruína e a destruição de muitas partes do velho sistema militar medieval. Data, precisamente, dos últimos dois séculos as principais alterações. A campanha restauradora que a DGEMN aqui empreendeu, na década de 60 do século XX, dotou partes da cerca de alguma monumentalidade, desafogando-a de construções privadas anexas e reconstituindo-se em altura alguns parapeitos e ameias. "Do urbanismo da cidade medieval pouco subsiste" (RODRIGUES e PEREIRA, 1988, p.14). Em todo o caso, restam algumas portas góticas aplicadas a residências privadas na secção Noroeste do burgo, zona menos tocada pelas campanhas construtivas posteriores e onde ainda é possível reconhecer parte do imaginário medieval primitivo. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Casa AmarelaConvento de Santa ClaraSé de Portalegre | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 12 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses | ALMEIDA, João de | Edição | 1948 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal - vol. I (Distrito de Portalegre) | KEIL, Luís | Edição | 1943 | Lisboa | |
Portalegre | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1988 | Lisboa | |
Portalegre | PEREIRA, Paulo | Edição | 1988 | Lisboa | |
O centro histórico da cidade de Portalegre | GARRAIO, Isilda | Edição | 2002 | Portalegre | |
Subsídios para uma monografia de Portalegre | TRANSMONTANO, Maria Tavares | Edição | 1997 | Portalegre | |
Portalegre na História militar de Portugal | SILVA, Aurélio Nunes | Edição | 1950 | Coimbra | |
Herança cultural e práticas do restauro arquitectónico em Portugal durante o Estado Novo: intervenção nas fortificações do Distrito de Portalegre | BUCHO, Domingos | Edição | 2000 | Évora |
Muralhas do Castelo de Portalegre - Caminho de ronda (adarve) e pátio interior, 2006.
Muralhas do Castelo de Portalegre - Muralhas e torre de menagem, 2006.
Muralhas do Castelo de Portalegre - Interior da torre de menagem: tecto abobadado do piso superior.2006.
Muralhas do Castelo de Portalegre. Maria Ramalho, 2017.
Muralhas do Castelo de Portalegre. Maria Ramalho, 2017.
Muralhas do Castelo de Portalegre - Porta de Alegrete. Maria Ramalho, 2017.
Muralhas do Castelo de Portalegre - alminha na Porta de Alegrete. Maria Ramalho, 2017.
Muralhas do Castelo de Portalegre - Porta de Alegrete. Maria Ramalho, 2017.
Muralhas do Castelo de Portalegre. Maria Ramalho, 2017.
Muralhas do Castelo de Portalegre - silos medievais. Maria Ramalho, 2017.
Muralhas do Castelo de Portalegre. Maria Ramalho, 2017.
Muralhas do Castelo de Portalegre. Maria Ramalho, 2017.
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