Conjunto constituído pela Igreja e Convento de Vilar de Frades, cerca e outros elementos construídos na sua envolvente | |||||
Designação | |||||
Designação | Conjunto constituído pela Igreja e Convento de Vilar de Frades, cerca e outros elementos construídos na sua envolvente | ||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja do Mosteiro dos Lóios / Igreja de São Salvador de Vilar de Frades / Igreja de Vilar de Frades e Convento de Vilar de Frades / Igreja e Mosteiro de Vilar de Frades / Mosteiro de São Salvador (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||
Tipologia | Igreja | ||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||
Inventário Temático | |||||
Localização | |||||
Divisão Administrativa | Braga/Barcelos/Areias de Vilar e Encourados; Manhente | ||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||
Concelho | Barcelos | ||||
Freguesia | Areias de Vilar e Encourados; Manhente | ||||
Proteção | |||||
Situação Actual | Classificado | ||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||
Cronologia | Decreto n.º 7/2013, DR, 1.ª série, n.º 87, de 7-05-2013 (sem restrições) (ampliou a classificação e alterou a designação) (ver Decreto) Procedimento prorrogado até 30 de junho de 2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma) Anúncio n.º 13371/2012, DR, 2.ª série, n.º 169, de 31-08-2012 (ver Anúncio) Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Parecer favorável de 26-10-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 1-07-2011 da DRC do Norte para a reclassificação, com a designação de "Conjunto constituído pela Igreja e Convento de Vilar de Frades, Cerca e outros elementos construídos na sua envolvente Declaração de rectificação n.º 467/2011, DR, 2.ª série, n.º 39, de 24 de Fevereiro (ver Declaração) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30 de Dezembro (ver Despacho) Despacho de abertura de 16-10-2001 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 11-10-2001 da DR do Porto do IPPAR para a reclassificação da Igreja de Vilar de Frades, passando a incluir a cerca bem como outros elementos construídos na envolvente exterior à cerca Decreto n.º 32 973, DG, I Série n.º 175, de 18-08-1943 (classificou o Chafariz monumental existente no pátio do extinto convento anexo à igreja de Vilar de Frades) (ver Decreto) Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (classificou a Igreja de Vilar de Frades) (ver Decreto) | ||||
ZEP | Portaria n.º 398/2014, DR, 2.ª série, n.º 103, de 29-05-2014 (sem restrições) (ver Portaria) Anúncio n.º 13371/2012, DR, 2.ª série, n.º 169, de 31-08-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 26-10-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 1-07-2011 da DRC do Norte | ||||
Zona "non aedificandi" | |||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||
Património Mundial | |||||
Património Mundial Designação | |||||
Cadastro | |||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||
Descrição Geral | |||||
Nota Histórico-Artistica | O mosteiro beneditino de Vilar de Frades terá sido fundado em 566 pelo bispo S. Martinho de Dume. A sua total ruína, na sequência das invasões muçulmanas, levou a uma completa reconstrução românica do cenóbio quinhentos anos mais tarde, em 1070, por encomenda de D. Godinho Viegas. Logo no início do século XIV a propriedade encontra-se despovoada, e em 1425 é entregue a uma nova congregação, dirigida por Mestre João Vicente, futuro bispo de Lamego e Viseu, os Cónegos de S. Salvador de Vilar de Frades, conhecidos por Lóios por lhes ter sido doada a Igreja de Santo Elói, em Lisboa, designação que perdurou mesmo quando o nome da congregação foi alterado. Da primitiva construção resta apenas o portal, com três arquivoltas ricamente ornamentadas de seres fabulosos e elementos naturalistas e geométricos, assentes em colunelos com capitéis historiados representando um bestiário típico do românico; existem ainda vestígios de uma janela e os arranques da torre sul, onde hoje se integra o portal. A partir do século XVI várias obras de ampliação e remodelação começam a alterar substancialmente a feição do antigo mosteiro românico e de toda a cerca conventual, datando de meados de quinhentos uma segunda torre, a norte, os dormitórios, o refeitório, a cozinha, a biblioteca e o claustro, ao centro do qual se erigiu um chafariz de mármore, mandado talhar em Lisboa em 1596, composto por duas taças com bicas em forma de carrancas (SANTA MARIA, 1697). Quinhentistas são ainda o cadeiral do coro, o órgão da igreja e o retábulo do altar-mor, pertencendo já a finais do século o retábulo do Espírito Santo. Mas as obras manuelinas estão entre as mais impressionantes, conservando-se o portal principal em asa de cesto e terminação conupial, integrado em alfiz, e enquadrado por dois grandes colunelos ao modo de troncos podados, ao qual se acede por um alpendre saliente, e no interior a elegante e complexa abóbada nervurada cobrindo a nave única desta igreja-salão, com vasta capela-mor (concluída apenas em meados do século XVII). De salientar ainda a abóbada do braço sul do transepto, muito ornamentada. A autoria destas obras foi recentemente atribuída a João Lopes o Velho, famoso arquitecto dividido entre a Galiza e o Norte de Portugal (RAMOS, Maria Teresa C. F. Oliveira, 1990, p. 99). O corpo da igreja sofreu posterior intervenção seiscentista, com a finalização da capela-mor e a reconstrução do corpo da igreja, então em mau estado. No século XVIII a fachada principal é por sua vez remodelada, integrando-se o portal do século XI na torre sul. Existem na igreja vários revestimentos azulejares de grande interesse, alguns seiscentistas, assinados e datados de 1742 forrando duas capelas do interior, e outros já do século XVIII, possivelmente de fabrico regional e bastante raros (SIMÕES, J.M. Santos, 1979, p. 95). O altar-mor é uma peça de talha imponente, em estilo nacional, datado de 1697. Destacam-se ainda duas telas de Pedro Alexandrino, na sacristia (construída no século XVIII), e algumas valiosas esculturas. O belo chafariz antes localizado no pátio do convento, e classificado como Monumento Nacional, foi transferido para Barcelos em 1967. O actual chafariz terá sido mandado edificar pelo reitor Joaquim Lopes da Costa entre 1790 e 1792 (VINHAS, 1998). Assente num soco de apenas um degrau, o tanque circular recebe ao centro a coluna, assente sobre fuste quadrangular, totalmente decorada com motivos vegetalistas. Sobre esta foi colocada uma secção piramidal onde se aplicaram quatro cabeças de golfinho, dos quais jorra a água que alimenta o chafariz. O conjunto é rematado por uma coroa fechada, sustentada por quatro aves. IPPAR, 2000, e Catarina Oliveira, DIDA/ IGESPAR, I. P./ 2010 | ||||
Processo | |||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||
Outra Classificação | |||||
Nº de Imagens | 41 | ||||
Nº de Bibliografias | 17 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
A Arquitectura Manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 1988 | Porto | |
Património, Balanço e Perspectivas (2000-2006) | IPPAR | Edição | 2000 | ||
Arquitectura Românica de Entre Douro e Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1978 | Porto | |
A Igreja e o Convento de Vilar de Frades: das origens da Congregação dos Cónegos Seculares de São João Evangelista (Lóios) à extinção do convento, 1425-1834 | VINHAS, Joaquim Alves | Edição | 1998 | ||
"A igreja manuelina de Vilar de Frades: do arquitecto, dos cronistas e do monumento", in Revista de Ciências Históricas | RAMOS, Maria Teresa Calheiros Figueiredo de Oliveira | Edição | 1990 | ||
Uma arcatura historiada de Vilar de Frades | RAMOS, Luís A. de Oliveira | Edição | 1965 | ||
A Arquitectura Gótica em Portugal | CHICÓ, Mário Tavares | Edição | 1981 | Lisboa | |
O Ceo aberto na Terra: historia das sagradas congregações dos Conegos Seculares de S. Jorge em Alga de Venesa & de S. Joaõ Evangelista em Portugal... | SANTA MARIA, Pe. Francisco de | Edição | 1697 | Lisboa | |
O Ceo aberto na Terra | SANTA MARIA, Pe. Francisco de | Edição | 1697 | ||
Memorial de Vilar de Frades | SODRÉ, Baltazar | Edição | Man. 23, B, 44.25 - Torre do Tombo | ||
A portada romanica de Villar de Frades e o seu simbolismo | BARREIROS, Manuel de Aguiar | Edição | 1920 | ||
A Egreja de Villar de Frades no concelho de Barcelos | BARREIROS, Manuel de Aguiar | Edição | 1919 | ||
O Concelho de Barcelos Aquém e Além-Cávado | FONSECA, Teotónio da | Edição | 1948 | ||
Epilogo e Compendio da origem da Congregação de Sam Joam Evangelista | SÃO PAULO, Jorge de | Edição | Ms. 924, do Arquivo Distrital de Braga | ||
As mais belas igrejas de Portugal, vol. I | GIL, Júlio | Edição | 1988 | Lisboa | |
Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa |
Igreja de Vilar de Frades - Interior: abóbada da nave
Igreja de Vilar de Frades - Interior: nave e capela-mor
Igreja de Vilar de Frades - Interior da sacristia
Igreja de Vilar de Frades - Interior: nave e capela-mor (vista a partir do coro-alto)
Igreja de Vilar de Frades - Interior: nave (durante as obras de drenagem 1998-99)
Igreja de Vilar de Frades - Planta do mosteiro: igreja, claustro e átrio
Igreja de Vilar de Frades - Portal principal e galilé (durante as obras 1998-99)
Portal principal antes das obras de beneficiação (1998-99)
Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: obras de intervenção
Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal durante a intervenção
Igreja de Vilar de Frades - Interior durante a intervenção
Igreja de Vilar de Frades - Muro da antiga cerca conventual e acesso à igreja
Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal durante a intervenção
Igreja de Vilar de Frades - Claustro: ala norte
Igreja de Vilar de Frades - Vista geral de poente: fachada principal e adro
Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: galilé e portal
Igreja de Vilar de Frades - Coberturas da zona conventual (ao fundo, pombal)
Igreja de Vilar de Frades - Vista geral de poente: fachada principal e adro
Igreja de Vilar de Frades - Vista geral de nascente: fachada posterior da igreja e zona conventual
Igreja de Vilar de Frades - Planta com a delimitação do imóvel classificado e da ZP (anterior à ampliação de 2013)
Igreja de Vilar de Frades - Planta com a delimitação do conjunto que esteve em vias de classificação e da ZP então vigor (já classificado com ZEP)
Igreja de Vilar de Frades - Interior: panorâmica geral da nave e capela-mor
Igreja de Vilar de Frades - Interior: panorâmica geral da nave (a partir do coro-alto)
Igreja de Vilar de Frades - Vista geral da fachada principal (antes da intervenção)
Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: portal (antes das obras de restauro)
Igreja de Vilar de Frades - Interior da sacristia
Sacristia
Igreja de Vilar de Frades - Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCN e a SPAA do CNC (já foi publicada)
Igreja de Vilar de Frades - Interior da sacristia
Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: pormenor de capitéis do portal
Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: pormenor de capitéis do portal
Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: vista geral
Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal: portal
Igreja de Vilar de Frades - Fachada principal (DGEMN)
Igreja de Vilar de Frades - Planta com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP
Igreja de Vilar de Frades - Planta com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP
Igreja de Vilar de Frades - Claustro: chafariz monumental
Igreja de Vilar de Frades - Claustro chafariz monumental
Igreja de Vilar de Frades - Claustro: chafariz monumental (IPPC, 1982)
Igreja de Vilar de Frades - Remate do chafariz monumental (DGEMN)
Conjunto constituído pela Igreja e Convento de Vilar de Frades, cerca e outros elementos construídos na sua envolvente - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor
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