Mosteiro de Lorvão, compreendendo os túmulos de Santa Teresa e de Santa Sancha | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Mosteiro de Lorvão, compreendendo os túmulos de Santa Teresa e de Santa Sancha | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Mosteiro de Lorvão (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Mosteiro - Itinerário de Cister | ||||||||||||
Tipologia | Mosteiro - Itinerário de Cister | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | Itinerários de Cister | ||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Coimbra/Penacova/Lorvão | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Coimbra | ||||||||||||
Concelho | Penacova | ||||||||||||
Freguesia | Lorvão | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 12-11-1960, publicada no DG, II Série, n.º 269, de 18-11-1960 (sem restrições) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Envolta em diversas lendas, a fundação do Mosteiro de Lorvão tem vindo a ser recuada até ao século VI, época em que, pela primeira vez, foi identificada a paróquia suevo-visigótica de "Lurbane". Muito embora subsista uma pedra de mármore com ornato visigótico (mas há também vestígios arqueológicos de uma villa romana), é mais correcto, na perspectiva historiográfica actual, considerar a sua fundação na sequência da primeira reconquista de Coimbra (878), data a partir da qual surgem as primeiras referências documentais conhecidas (MATOSO, 1993). No século X, a sua importância era já considerável, mas a centúria seguinte trouxe consigo um período de grande decadência. No século XII aconteceram, com certeza, importantes remodelações (c.1180), das quais resultaram, muito possivelmente, um novo claustro e uma igreja de três naves, mas das quais apenas subsistem os capitéis românicos. Tudo o resto desapareceu. Depois de uma fase inicial na posse dos monges eremitas de Santo Agostinho (dos quais se encontraram esqueletos) ou sem regra fixa, o mosteiro adoptou, em meados do século XI, a Regra Beneditina, que se manteve até 1200, quando passou para a Ordem de Cister. Nesta data, não apenas se adoptou a nova reforma cisterciense, como o mosteiro passou a ser feminino, tendo por invocação Santa Maria. Deve-se esta profunda mudança, que implicou, naturalmente, adaptações nos espaços, a D. Teresa, filha do rei D. Sancho I, que aqui viveu até à data da sua morte, em 1250, encontrando-se sepultada na igreja juntamente com sua irmã, D. Sancha (urnas executadas pelo ourives portuense Manuel Carneiro da Silva, em 1714). Desta época até às grandes campanhas de obras que, nos séculos XVII e XVIII, conferiram ao Mosteiro o aspecto que hoje possui, muito haveria a registar. Limitamo-nos, contudo, a destacar a importância deste cenóbio no contexto político nacional, no qual ocorreram disputas significativas entre o Rei e as freiras do Lorvão (caso da que opôs D. João III a D. Filipa d'Eça) e o governo de algumas das mais influentes famílias, entre as quais se salienta, naturalmente, as Eça. A actualização do mosteiro teve início nos últimos anos do século XVI, incidindo, em primeiro lugar, no claustro, numa linguagem renascentista, onde se incluem várias capelas e a que se acrescentou, em 1677, as varandas, já de pendor mais próximo do barroco. A portaria data de 1630, integrada no novo edifício, iniciado na década de 1620. Foi, no entanto, o ciclo barroco que mais marcou o mosteiro, intimamente relacionado com o culto oficializado às Santas Rainhas, cujo processo terminou em 1724 (BORGES, 2002). Numa primeira fase, renovou-se o retábulo-mor e o dourado invadiu o interior da igreja. Em 1728 edificava-se a nova noviciaria num "acto duplamente simbólico", que marcou "o início de uma nova geração de religiosas e ao mesmo tempo o fecho de um grande ciclo renovador das estruturas materiais da comunidade" (IDEM, p. 468). Contudo, todo este esforço seria inviabilizado uma década mais tarde, quando se procedeu a nova remodelação, entre 1748 e 1761. A igreja foi reconstruída e o seu traçado denota toda uma influência de Mafra, "mas numa versão requintada e esbelta em que o autor se movimenta com á-vontade, dominando com segurança as proporções e a gramática decorativa do classicismo, dando emotividade aos entablamentos" (IDEM, 1986, p. 330). Paralelamente a esta campanha, procedeu-se à mobilação litúrgica e artística. No campo da talha setecentista, o Mosteiro do Lorvão constitui uma referência fundamental à escala nacional, com especial destaque para o cadeiral do coro-baixo (1742-47), em jacarandá e nogueira, com espaldares altos e decorado com figuras de santos mártires, envoltas por folhagens. A Extinção das Ordens Religiosas e os problemas sentidos até ao falecimento da última freira (1887) levaram a que boa parte do património do Lorvão se encontre disperso pelos diferentes Museus Nacionais, e outra parte se tenha perdido. (RC) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 21 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"O barroco do século XVIII", História da Arte Portuguesa, vol.3 | PEREIRA, José Fernandes | Edição | 1995 | Lisboa | pp. 51-181. |
O Mosteiro de Lorvão | BORGES, Nelson Correia | Edição | 1982 | Coimbra | |
Arte monástica em Lorvão sombras e realidade | BORGES, Nelson Correia | Edição | 2002 | Lisboa | |
Arte Monástica em Lorvão, Sombras e Realidade, Dissertação de Doutoramento | BORGES, Nelson Correia | Edição | 1992 | Coimbra | |
História da Arte em Portugal. Do Barroco ao Rococó | BORGES, Nelson Correia | Edição | 1986 | Lisboa | vol. IX |
História de Portugal, vol. I | MATTOSO, José | Edição | 1993 | Lisboa |
Mosteiro de Lorvão - Fachada principal: arco da portaria e acesso à igreja
Mosteiro de Lorvão - Fachada principal da ala conventual
Mosteiro de Lorvão - Claustro: quadra central
Mosteiro de Lorvão - Cúpula da igreja
Mosteiro de Lorvão - Interior da igreja: coro das freiras e janela termal
Mosteiro de Lorvão - Interior da igreja: capela-mor e cúpula
Mosteiro de Lorvão - Interior da igreja: nave e capela-mor
Mosteiro de Lorvão - Interior da igreja: órgão de tubos sobre o arco do coro das freiras
Mosteiro de Lorvão - Remate da cúpula da igreja
Mosteiro de Lorvão - Torre Sineira
Mosteiro de Lorvão - Vista parcial da cabeceira da igreja
Mosteiro do Lorvão - Interior da igreja: nave e coro
Mosteiro do Lorvão - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 269, de 18-11-1960 - Texto e planta do diploma
Mosteiro de Lorvão - Claustro: quadra central (vista das coberturas)
Mosteiro de Lorvão - Interior da igreja: vista parcial da nave e cúpula
Mosteiro de Lorvão - Torre sineira com andaimes
Mosteiro de Lorvão - Fachada posterior da igreja: capela-mor e cúpula
Interior
Fachada
Portal
Interior
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