Igreja de Santa Maria do Olival, compreendendo os túmulos, designadamente o de D. Diogo Pinheiro, 1.º bispo do Funchal | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Santa Maria do Olival, compreendendo os túmulos, designadamente o de D. Diogo Pinheiro, 1.º bispo do Funchal | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de Santa Maria dos Olivais / Igreja Paroquial de Santa Maria do Olival (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Tomar/Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Tomar | ||||||||||||
Freguesia | Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 30-08-1946, publicada no DG, II Série, n.º 259, de 7-11-1946 (com ZNA) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 30-08-1946, publicada no DG, II Série, n.º 259, de 7-11-1946 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913929 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A igreja gótica do Olival de Tomar encontra-se implantada sobre uma parcela da cidade romana de Sellium, tendo as escavações aqui realizadas posto a descoberto alicerces de estruturas do Império, posteriormente utilizadas como suportes e muros de uma extensa necrópole medieval, associada à igreja. Entre o espólio identificado encontram-se materiais pétreos de cronologia posterior, altimedieval, durante algum tempo considerados de época visigótica e, mais recentemente, atribuídos aos ciclos moçárabe ou pré-românico. Em 1983, uma primeira exposição permitiu contextualizar minimamente este conjunto (PONTE, 1983), mas falta, ainda, uma visão mais rigorosa e de índole monográfica. Iguais reservas devem ser tomadas em relação à extensa necrópole, onde se registaram enterramentos datáveis entre os séculos "V e XVI" (cf. BATATA, 1997, p.229), faltando, igualmente, uma mais rigorosa aproximação à realidade arqueológica encontrada e respectivos níveis de sobreposição. A primitiva igreja terá sido edificada no século XII, por iniciativa de D. Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo, para cemitério dos freires. O próprio Gualdim Pais sepultou-se no seu interior, em túmulo de que resta a inscrição funerária, datada de 1195. Desconhece-se, todavia, como seria esse templo e quais as relações artísticas que certamente teria para com a charola românica do Convento de Cristo. A actual igreja começou a ser construída nos meados do século XIII, presumivelmente durante o reinado de D. Afonso III, e cedo se instituiu como uma obra emblemática da arquitectura gótica nacional. O seu modelo planimétrico foi seguido em inúmeras obras de Norte a Sul do reino, aplicado a templos paroquiais, catedralícios e monacais/conventuais, uma "tipologia de longa duração", como lhe chamou Paulo PEREIRA, 1995, vol. I, p.359. É um edifício de três naves de diferentes alturas, sendo a central mais elevada, seccionadas em cinco tramos, com cobertura de madeira e destituída de transepto. A cabeceira é o único elemento abobadado e compõe-se de capela-mor de dois tramos, tendo o derradeiro sete faces, ladeada por dois absidíolos rectangulares. A fachada principal apresenta três panos, denunciando a organização interior, ostentando o central dois andares. Neste, abre-se portal de arco apontado, enquadrado por arquivoltas e inscrito em gablete, enquanto que o segundo registo é ocupado por exuberante rosácea que filtra luz para o interior. Os panos laterais ajustam-se obliquamente ao central, formando o que se convencionou chamar de fachada ad triangulum. O carácter de ruptura desta obra, embora se discuta ainda se o seu plano evoluiu a partir de modelos românicos (como defende PEREIRA, 1995, vol. I, p.359, e como nega DIAS, 1994, p.61), fez com que a maioria dos autores defendesse uma filiação estilística no grande estaleiro alcobacense, terminado precisamente por esses meados do século XIII. Nos séculos seguintes, a igreja manteve uma função funerária por excelência, facto que levou a que, já no século XVI, a face Sul do corpo do templo fosse enriquecido com uma série de capelas privadas de feição maneirista. Um pouco antes, entre 1525 e 1528, aqui se sepultou D. Diogo Pinheiro, primeiro bispo do Funchal, em túmulo renascentista hiper-decorado, saído da oficina de João de Ruão, então ainda em fase de implantação num país fortemente dominado pelo estilo manuelino. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 12 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 10 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
"A Arquitectura (1250-1450)", História da Arte Portuguesa, dir. Paulo Pereira, vol. I, pp.335-433 | PEREIRA, Paulo | Edição | 1995 | Lisboa | |
As Origens de Tomar. Carta Arqueológica do Concelho | BATATA, Carlos António Moutoso | Edição | 1997 | Tomar | Publicado a 1997 |
A Arquitectura Gótica em Portugal | CHICÓ, Mário Tavares | Edição | 1981 | Lisboa | |
História de Tomar | ROSA, Amorim | Edição | 1982 | Tomar | Data do Editor : 1982 |
"A Igreja de Santa Maria do Olival", Boletim Cultural da Câmara Municipal de Tomar | DUARTE, Maria do Rosário Antunes | Edição | 1988 | Tomar | 10, p. 109-112 |
"Inscrições Tomarenses, séc. XII", Anais da União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo | GUIMARÃES, Vieira | Edição | 1918 | Tomar | 1:1 |
Tomar | FRANÇA, José-Augusto | Edição | 1994 | Lisboa | |
As mais belas igrejas de Portugal, vol. II | GIL, Júlio | Edição | 1988 | Lisboa | |
Tomar medieval. O espaço e os homens (sécs. XIV-XV), Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Nova de Lisboa | CONDE, Manuel Sílvio Alves | Edição | 1988 | Lisboa |
Igreja de Santa Maria do Olival - Planta com a delimitação e a ZEP actualmente em vigor
Igreja de Santa Maria do Olival - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 259, de 07-11-1946 - Planta do diploma
Igreja de Santa Maria do Olival - Enquadramento geral (torre sineira)
Igreja de Santa Maria do Olival - Torre de atalaia (sineira)
Igreja de Santa Maria do Olival - Vista geral (fachadas lateral esquerda e principal)
Igreja de Santa Maria do Olival - Vista geral
Igreja de Santa Maria do Olival - Fachada principal: pormenor do remate do portal
Igreja de Santa Maria do Olival - Terreiro fronteiro à fachada principal
Igreja de Santa Maria do Olival - Vista parcial das escadas de acesso à torre
Igreja de Santa Maria do Olival - Vista geral (fachadas lateral esquerda e principal)
Igreja de Santa Maria do Olival - Vista parcial da fachada e da torre de atalaia
Igreja de Santa Maria do Olival - Fachada lateral direita com loggia quinhentista
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