Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Carrazeda (ruínas)
Designação
DesignaçãoCastelo de Carrazeda (ruínas)
Outras Designações / PesquisasCastelo e vila muralhada de Ansiães/ Castelo de Carrazeda de Ansiães / Castelo e cerca urbana de Carrazeda de Ansiães (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBragança/Carrazeda de Ansiães/Lavandeira, Beira Grande e Selores
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
EN 214Ansiães Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.202876-7.305461
DistritoBragança
ConcelhoCarrazeda de Ansiães
FreguesiaLavandeira, Beira Grande e Selores
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913229
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica"Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa, por volta do III milénio A.C. [...].
Esta vocação para a defesa natural adquire particular importância durante o processo da Reconquista Cristã. Nesta altura Ansiães obtém a sua primeira carta de foral. O documento outorgado em meados do séc. XI pelo rei leonês Fernando Magno, constitui um dos mais antigos forais do espaço geográfico definido pelas actuais fronteiras do território português.
Durante a fase alti-medieval, o local possuía já uma longa e reminiscente herança cultural, factor decisivo para se estruturar como centro fulcral na zona fronteiriça do rio Douro.
Os séculos XII, XIII, XIV e XV, definem um período exponencial do crescimento deste reduto amuralhado.
Afonso Henriques em 1160; Sancho I, 1198; Afonso II, 1219 e finalmente D. Manuel I, em 1510 reconhecem e promulgam forais ao termo à Vila amuralhada de Ansiães. [...].
A vila impõe-se progressivamente como a cabeça de um território que abrange um espaço diversificado de recursos e onde vão proliferando pequenos aglomerados e casais agrícolas. Será nesse contexto que em 1277 o rei D. Afonso III lhe concede carta de feira. O processo dinâmico que conduziu à monumentalidade de Ansiães testemunha o seu antigo prestígio dentro da região transmontana, onde ao longo de toda a Idade Média se instituiu como um importante espaço concelhio. [...].
Contudo, o final do séc. XV, e particularmente o séc. XVI, marcam o início de uma transformação demográfica traduzida numa perda cada vez mais acentuada da importância urbana, em função do desenvolvimento de outras localidades que constituíam o território concelhio. [...]. Nas centúrias seguintes este movimento acabou por se agudizar, culminando na transferência dos paços do concelhos para Carrazeda, acto que ocorreu em 1734 pelo facto de no antigo reduto residir um número bastante reduzido de pessoas.
Actualmente são ainda perceptíveis dois espaços distintos que constituem os principais elementos caracterizadores do urbanismo medieval.
O primeiro espaço, situado a cotas mais elevadas, corresponde à primitiva implantação roqueira. Este perímetro amuralhado é definido e organizado a partir uma muralha de configuração ovalada que se reforça com cinco torreões quadrangulares. Aqui podem-se reconhecer um conjunto de vestígios estruturais em estrita articulação com a torre de menagem e seus respectivos anexos. É também neste espaço que se situa a cisterna do povoado e uma série de alinhamentos de alicerces que fazem adivinhar a presença de antigos edifícios com uma suposta funcionalidade militar. Trata-se de uma área com uma autenticada especialização defensiva, uma espécie de último reduto destinado a albergar os moradores em caso de contenda bélica. O segundo espaço define a zona urbana propriamente dita. Uma segunda linha de muralhas, com uma extensão superior a 600 metros e três torres quadrangulares, circunda um perímetro onde actualmente apenas proliferam grandes quantidades de derrubes, algumas estruturas medievais e modernas, bem como pequenos muretes e paredes de antigos edifícios.
Toda esta organização urbana obedecia a um plano centrado em vários caminhos que se intercediam entre si, estruturando desta forma pequenos bairros ou áreas residenciais."
[António Luís Pereira e Isabel Alexandra Lopes]
ProcessoLugar do Castelo de Ansiães Acesso: EN 214, lug. do Carrazeda de Ansiães
Abrangido em ZEP ou ZPAlto Douro VinhateiroRuínas da igreja de Ansiães
Outra ClassificaçãoRuínas da igreja de Ansiães
Nº de Imagens3
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"A igreja românica de São Salvador de Ansiães", Brigantia, vol. XXI, nº1/2, pp.31-51FERNANDES, Paulo AlmeidaEdição2001Bragança
Castelo de Ansiães - 5000 Anos de HistóriaLOPES, Isabel AlexandraEdição2008Carrazeda de Ansiães
Castelo de Ansiães - 5000 Anos de HistóriaPEREIRA, António LuísEdição2008Carrazeda de Ansiães
Carrazeda de Ansiães: património artísticoLOPES, Roger TeixeiraEdição1996Mirandela
Carrazeda de Ansiães e seu termo: esboço e subsídios para uma monografiaAGUILAR, JoséEdição1980 Carrazeda de Ansiães
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil ArquitectónicoCORREIA, Luís Miguel Maldonado de VasconcelosEdição2010Coimbra

IMAGENS

Castelo de Ansiães - Igreja de São Salvador de Ansiães

Castelo de Ansiães - Igreja de São Salvador de Ansiães, tendo em segundo plano a muralha interior do castelo

Castelo de Ansiães - Espaço intramuros (DGEMN)

MAPA

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