Castelo do Sabugal e o resto da respectiva muralha | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo do Sabugal e o resto da respectiva muralha | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo do Sabugal e muralhas da vila / Castelo e cerca urbana do Sabugal (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Guarda/Sabugal/Sabugal e Aldeia de Santo António | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Guarda | ||||||||||||
Concelho | Sabugal | ||||||||||||
Freguesia | Sabugal e Aldeia de Santo António | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 38 147, DG, I Série, n.º 4, de 5-01-1951 (conjuntamente com o Castelo do Sabugal, classificou o resto da respectiva muralha) (ver Decreto) Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (classificou o Castelo do Sabugal) (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 21-11-1949, publicada no DG, II Série, n.º 282, de 6-12-1949 (com ZNA) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 21-11-1949, publicada no DG, II Série, n.º 282, de 6-12-1949 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913329 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | As origens do Castelo de Sabugal encontram-se no reino de Leão, quando Alfonso IX detinha as terras de Riba-Côa. Nos séculos XII e XIII, a vila era a principal localidade desta vasta região, na medida em que controlava a ponte que permitia a passagem do rio Côa (GOMES, 1996, p.103). Apesar desta circunstância de inegável importância, os primeiros dados seguros surgem apenas nos inícios do século XIII, quando o monarca leonês fundou a vila, por volta de 1224. Nos setenta anos seguintes, um primitivo reduto defensivo foi edificado a expensas do reino de Castela e Leão, fortificação que haveria de ser conquistada por D. Dinis em 1296, na sequência da ofensiva militar do nosso rei sobre as terras de Riba-Côa. É a partir da transferência de soberania da vila que aparece o castelo gótico de Sabugal. A localidade mantinha a anterior importância, agora acrescida pelas cláusulas do Tratado de Alcanices, que lhe impunham um estatuto de primeira fortaleza raiana. Neste contexto, D. Dinis ergueu um castelo exemplar, moderno, arquitectonica e espacialmente racionalizado. As obras principiaram pelo desimpedimento do núcleo central da vila, dentro das antigas muralhas leonesas, onde se erguiam algumas casas. Definido o perímetro, a opção foi por uma fortaleza de "planta geométrica quase perfeita, delimitando um pátio sub-rectangular com torreões quadrangulares nos ângulos" (BARROCA, 2000, p.224). A radicalidade e modernidade deste projecto está bem espelhada na majestosa torre de menagem. Ao contrário dos castelos românicos, onde esta torre aparecia isolada dentro do recinto interior, a torre de menagem do castelo de Sabugal adossa-se a uma das muralhas e tem por objectivo a defesa activa da porta principal. Para além disso, ao contrário da secção quadrangular da estrutura, optou-se por uma torre pentagonal, "herdeira das torres quinárias dos Templários e de D. Sancho I" (IDEM, p.224), cuja imponência se assumiu como uma das principais imagens da vila ao longo da sua história. As muralhas do castelo foram igualmente tratadas de forma cuidada e bastante actual, de um ponto de vista operacional. Dois torreões circulares protegem um dos alçados e um largo adarve percorre todo o recinto quadrangular. Exteriormente, uma barbacã, possivelmente já do século XIV, circunda a fortaleza, obrigando ao estreitamento dos acessos e à progressiva individualização das forças inimigas, que ficam, assim, expostas ao tiro vertical. A cerca que circunda a vila é, também ela, um produto gótico. De planta oval, e integrando grande parte do castelo, devem datar do século XIV, praticamente em simultâneo com a construção do reduto. A porta principal localiza-se na outra extremidade e, entre estes dois elementos, a Rua Direita assume-se como o principal eixo de circulação intra-muros. À semelhança da maioria dos nossos castelos, também o de Sabugal foi objecto de várias reformas. No reinado de D. Manuel, os desenhos de Duarte de Armas mostram uma barbacã bem composta de tranoeiras, perfeitamente adaptada à guerra de artilharia. Nos séculos seguintes sucedem-se as obras, visando o reforço da estrutura, que ainda serviu de ponto de apoio às guerras peninsulares de inícios do século XIX. A partir daqui, perdida a função militar pelo progresso da arte da guerra, o castelo entrou em decadência. Se no século XVI existiam algumas casas no interior do pátio, em meados de Oitocentos este foi adaptado a cemitério da localidade, chegando mesmo, na viragem do século, a demolir-se a capela de Santa Maria, templo tutelar da fortaleza desde a época gótica. As obras de restauro tiveram início pouco depois, após a constituição da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Esta instituição, desenvolveu aqui um programa de intervenção bastante ambicioso e integral, que teve por objectivo a reconstrução de grande parte do castelo medieval, desde as muralhas à colocação de merlões, obras que estão na origem da configuração actual do castelo. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
"Aspectos da evolução da arquitectura militar da Beira Interior", Beira Interior - História e Património, pp.215-238 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Guarda | |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelo do Sabugal - Face sul da muralha
Castelo do Sabugal - Torre de Menagem
Castelo do Sabugal - Face sul: porta principal de acesso
Castelo do Sabugal - Face sul: torre e caminho de ronda, e padrão dos centenários no terreiro fronteiro
Palacete Vilar de Allen
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