Castelo de Belver | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Belver | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Belver (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Portalegre/Gavião/Belver | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Portalegre | ||||||||||||
Concelho | Gavião | ||||||||||||
Freguesia | Belver | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 25-02-1947, publicada no DG, II Série, n.º 74, de 31-03-1947 (com ZNA) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 25-02-1947, publicada no DG, II Série, n.º 74, de 31-03-1947 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Belver foi o primeiro castelo edificado pelos Hospitalários no nosso país, a fim de defender o território raiano do vale do Tejo, e um dos mais imponentes que a Ordem construiu em Portugal ao longo da Baixa Idade Média. Ele tem origem em 1194, ano em que D. Sancho I doou a Afonso Paes, prior da Ordem, as chamadas terras de Gimdintesta, com a condição de aí se construir um castelo. Esta iniciativa visava estancar as investidas islâmicas dos anos imediatamente anteriores, que determinaram o recuo da fronteira cristã para a linha do Tejo, mas também um certo equilíbrio de forças entre as várias instituições a quem havia sido confiada a defesa do médio Tejo, procurando o monarca, desta forma, atenuar o quase monopólio dos Templários nesta parcela do território (BARROCA, 2000, pp.194-195). Em 1210, as obras estariam terminadas ou, pelo menos, bastante adiantadas, pois nessa data já se encontra em funcionamento. O testamento de D. Sancho I é claro quanto à sua existência, uma vez que, para além de o mencionar, informa que ele é um dos seis locais do reino onde se conserva o tesouro real nacional, notícia que prova a excelência da obra de arquitectura - apesar da sua localização fronteiriça (IDEM, p.196) - e a confiança que o monarca tinha, então, nos Hospitalários, em particular no comendador de Belver. A fortaleza foi objecto de algumas modificações ao longo dos séculos, mas mantém praticamente intacta a sua primitiva estrutura, que se considera uma das mais representativas da fase românica da arquitectura militar no nosso país. Com efeito, ela adapta-se ainda às condicionantes do terreno e a sua cerca, dotada de adarve e integralmente ameada, desenvolve-se em planta oval, em cujo centro do recinto se ergue, isolada, a torre de menagem. Esta é de planta rectangular, quase quadrada, e possui três pisos, fazendo-se o acesso ao interior por porta elevada no andar intermédio, acessível por escada móvel. O último piso fazia a ligação ao adarve (IDEM, p.199) que circunda a muralha pelo lado interior, através de um sistema de passadiço hoje desmantelado. A face voltada a nascente, precisamente aquela por onde se tem acesso à fortaleza e em cuja vertente se desenvolveu a povoação, é protegida por quatro poderosas torres quadrangulares, enquanto que a face oposta, sobre escarpas de difícil acesso, possui apenas dois torreões, de planta semi-circular. A porta principal está virada a Sul e é protegida por duas poderosas torres que a ladeiam, com a característica de a do lado direito ser mais robusta e de encobrir parcialmente a entrada, por forma a evitar "que quem fizesse a aproximação ao castelo detectasse a porta com facilidade", um esquema que apenas seria generalizado, mais de meio século depois, no reinado de D. Dinis (IDEM, p.197). A Porta da Traição, segunda via de acesso ao recinto, rasga-se do lado poente e dá directamente para a zona mais escarpada. Mesmo assim, encontra-se igualmente protegida entre um torreão cicular e um ressalto da muralha, o que a torna apenas visível quando vista de frente (IDEM, p.198). Depois de consumada a subida ao trono de D. João I, o castelo viu renovada a sua importância militar, no contexto das guerras com Castela, e foi então objecto de obras em 1390, por iniciativa do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, campanha a que Mário Barroca atribui a cisterna que se implanta junto à Porta da Traição (IDEM, p.199). Ao longo da Idade Moderna, desempenhou um papel de menor relevância. Do século XVI data a Capela de São Brás, no interior do recinto, templo maneirista que integra um retábulo-mor de influência italiana e de grande devoção na região, pelas lendárias relíquias da Terra Santa que aqui supostamente se guardariam. Em 1755, com o terramoto, sofreu grandes danos e o século XIX votou-o ao total esquecimento, funcionando o seu interior como cemitério. Nos anos 40 do século XX tiveram lugar as primeiras obras de restauro integral, a cargo da DGEMN, que o reinventou parcialmente. PAF | ||||||||||||
Processo | Num cabeço fronteiro a Belver, junto à margem do Tejo | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 10 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses | ALMEIDA, João de | Edição | 1948 | Lisboa | |
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
"Da Reconquista a D. Dinis", Nova História Militar de Portugal, vol. I, pp.21-161 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2003 | Lisboa | |
"A Ordem do Hospital e a arquitectura militar em Portugal (Sécs. XII a XIV)", 3ºCongresso de Arqueologia Peninsular, vol. VII, 2000, pp.187-209 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Porto | |
Monografia da antiga vila de Belver | FERREIRA, J. C. Lobato | Edição | 1984 | Gavião | |
Inventário Artístico de Portugal - vol. I (Distrito de Portalegre) | KEIL, Luís | Edição | 1943 | Lisboa | |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil Arquitectónico | CORREIA, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos | Edição | 2010 | Coimbra |
Castelo de Belver - Vista geral de sul e envolvente (Rio Tejo)
Castelo de Belver - Vista aérea do castelo e parte da vila de Belver
Castelo de Belver - Porta de acesso (voltada a sul)
Castelo de Belver - Vista interior das muralhas (ao fundo, a Porta da Traição)
Castelo de Belver - Interior do recinto: sistema defensivo de frestas
Castelo de Belver - Torre de Menagem
Castelo de Belver - Interior do recinto: torre de menagem e capela de São Brás
Castelo de Belver - Torre de Menagem e recinto visto do adarve
Castelo de Belver - Escadaria moderna de acesso à torre de menagem
Castelo de Belver - Terraço de torreão e relação do castelo com a vila (vista a partir da torre de menagem)
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