Restos do Castelo de Loulé | |||||||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||||||
Designação | Restos do Castelo de Loulé | ||||||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Loulé / Castelo e cerca urbana de Loulé / Museu Municipal de Loulé (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Loulé/Loulé (São Clemente) | ||||||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||||||||||||||
Concelho | Loulé | ||||||||||||||||||||||||
Freguesia | Loulé (São Clemente) | ||||||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 9 842, DG, I Série, n.º 137, de 20-06-1924 (ver Decreto) | ||||||||||||||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 425/85, DR, I Série, n.º 152, de 5-07-1985 (sem restrições) (ZEP dos restos do castelo, da Igreja matriz, da Capela de Nossa Senhora da Conceição, do portal e cruzeiro da Misericórdia e dos restos da Igreja da Graça) (ver Portaria) | ||||||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | No período islâmico, Loulé (al-Ulya) foi um dos principais centros administrativos e uma das localidades mais celebradas pelos geógrafos árabes que descreveram o território algarvio. O que resta do seu castelo e das suas muralhas atesta bem a importância que teve no contexto islâmico, quer pelas dimensões da cerca muralhada, quer pela relevância artística e arqueológica dos materiais identificados. O castelo islâmico assentou sobre um núcleo de povoamento anterior, documentado por vestígios romanos (nomeadamente uma ara votiva reutilizada na torre da igreja matriz) e, provavelmente, proto-históricos. Contudo, foi em plena Idade Média que Loulé teve o seu verdadeiro apogeu, edificando-se, então, a muralha que limitava um perímetro urbano de cinco hectares, área considerável se pensarmos que a capital do reino islâmico algarvio, Silves, tinha uma cerca militar urbana que rodeava cerca de sete hectares. Na sua condição de cidade de primeira importância regional, Loulé dispôs de uma alcáçova (onde se concentravam as forças e as autoridades militares) e uma medina (bairro intra-muros de carácter essencialmente civil e administrativo). Destes dois espaços estruturantes restam ainda importantes vestígios. Três torres, uma das quais albarrã, definem um segmento de muralha a Nordeste, em ligeira curvatura planimétrica, que funcionaria como limite fundamental da alcáçova. Mais abaixo, o topónimo Rua da Barbacã "sugere a existência de uma muralha mais baixa paralela às muralhas do castelo" (CARRUSCA, 2001, p.63), hipótese que permanece como perspectiva de trabalho. Na actualidade, estas três torres encontram-se parcialmente adossadas a edifícios de menor escala, mas destacam-se, em altura, dando para uma das mais importantes praças da cidade, a da República. No espaço mais amplo da medina sobressai uma magnífica torre quadrangular, hoje adaptada a torre sineira da igreja de São Clemente, mas que, na origem, foi o minarete da mesquita maior de al-Ulya. A sua cristianização é um dos mais importantes factores que apontam para a sobreposição da igreja matriz sobre a anterior mesquita. Em 1249, no dia de São Clemente, as tropas de D. Afonso III conquistaram a cidade. Este acontecimento ditou a evolução de Loulé nos séculos seguintes, na medida em que a nova ordem cristã reafirmou o estatuto de sede concelhia (através de foral de 1266), bem como a dotou de uma feira (1291), ao que tudo indica a mais antiga do Algarve, o que confirma a centralidade de Loulé no novo contexto civilizacional da província. Símbolo militar por excelência, o castelo foi objecto de uma campanha reestruturadora. Aparentemente, as linhas estruturantes do urbanismo islâmico foram mantidas (CARRUSCA, 2001, p.71), facto ainda hoje bem visível na malha citadina do centro histórico. A Rua Direita corria de Norte para Sul, ligando directamente a antiga alcáçova, ao Largo da Igreja de São Clemente, progressivamente o centro cívico da cidade. Infelizmente, se o espaço intramuros se encontra bem definido urbanisticamente, na medida em que se encontra ladeado por vias de comunicação, o mesmo não acontece com os vestígios materiais das muralhas. À parte as três torres do castelo, na secção mais a Norte, são escassos os elementos da antiga cerca. Em todo o caso, mantém-se grande parte do troço Sul, que integra alguns restos de torres, assim como outros vestígios pontuais a Ocidente. Com o correr dos séculos e a perda de função das velhas fortificações medievais, a cidade de Loulé viu desmanteladas grandes secções da muralha, pelo adossamento de edifícios (que aqui encontravam uma parede estável), ou pela simples apropriação do espaço, que levou à sua destruição. No século XX, foram realizadas algumas obras de restauro, mas cuja amplitude não se aproximou das grandes obras propagandísticas do Estado Novo, registando-se reconstruções parciais das muralhas, em altura. PAF | ||||||||||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Banhos Islâmicos de Loulé | ||||||||||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 12 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses | ALMEIDA, João de | Edição | 1948 | Lisboa | |
Loulé. História e expansão urbana | SERRA, Pedro | Edição | 1996 | Loulé | |
O Algarve islâmico : roteiro por Faro, Loulé, Silves e Tavira | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 2002 | Faro | |
Centros históricos de influência islâmica : Tavira, Faro, Loulé, Silves | COUTINHO, Valdemar | Edição | 2001 | Portimão | |
O foral de Loulé de 1266 | MARTINS, Isilda Maria Pires | Edição | 1985 | Loulé | |
"Muralhas de Loulé", O Arqueólogo Português, série III, nº5, pp.227-247 | MARTINS, Isilda Maria Pires | Edição | 1971 | Lisboa | |
"Muralhas de Loulé", O Arqueólogo Português, série III, nº5, pp.227-247 | MATOS, José Luís Martins de | Edição | 1971 | Lisboa | |
O castelo de Loulé | MARTINS, Isilda Maria Pires | Edição | 1984 | Loulé | |
Loulé : roteiro-guia histórico turístico, comercial e industrial do concelho | PINTO, Raúl R. | Edição | 1951 | Águeda | |
Loulé. O património artístico | CARRUSCA, Susana | Edição | 2001 | Loulé | |
Arqueologia do Concelho de Loulé | MARTINS, Isilda Maria Pires | Edição | 1988 | Loulé | |
Monografia do Concelho de Loulé | OLIVEIRA, Francisco Xavier d'Ataíde | Edição | 1905 | Porto | |
Algarve - Castelos, Cercas e Fortalezas | MAGALHÃES, Natércia | Edição | 2008 | Faro |
Castelo de Loulé - Troço da Rua da Barbacã (antiga alcáçova) (DRCA, 2008)
Castelo de Loulé - Pormenor de troço da muralha (DRCA, 2014)
Castelo de Loulé. C.M.Loulé, 2010.
Castelo de Loulé. C.M.Loulé, 2010.
Castelo de Loulé. C.M.Loulé, 2004.