Castro de Sacóias | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castro de Sacóias | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castro de Saccoias (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Povoado Fortificado | ||||||||||||
Tipologia | Povoado Fortificado | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Bragança/Baçal | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Bragança | ||||||||||||
Freguesia | Baçal | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Classificado como "Monumento Nacional", logo em 1910, pelo primeiro decreto de classificação do património artístico e arqueológico ditado pelo jovem regime republicano, o "Castro de Sacóias" ergue-se no topo de um cabeço pouco pronunciado do monte de Sacóias (que lhe conferiu a designação), sobranceiro ao Rio Igrejas e a nascente da aldeia de Sacóias.
Embora os materiais recolhidos no local (entre os quais constam diversos exemplares de cerâmica manual decorada com punção) permitam falar da existência efectiva de um povoado fortificado da Idade do Ferro, poucos serão os seus vestígios remanescentes, mesmo que subsistam pequenos troços muralhados constituídos por pedras de pequena dimensão, a denunciar, no fundo, a profunda destruição provocada pela utilização intensiva do seu solo, nomeadamente para plantação de vinha. É no entanto, inegável a reutilização do seu espaço já em período romano, confirmada, entre outras situações, na presença de materiais de construção, como tegulae e imbrices, a par de algumas mós, numa afirmação do carácter duradouro da presença das comunidades humanas que o elegeram durante o processo de romanização desta região do Noroeste peninsular. Entretanto, num outro cabeço localizado a Norte do Castro, foi construída, logo no início do século XX, uma capela da invocação de Nossa Senhora da Assunção, precisamente no mesmo sítio onde a tradição local apontava para a existência de um santuário anterior, consagrado a Santa Maria, numa clara (re)apropriação de um local sagrado através da sobreposição de evidências materiais de novas fés. Este episódio integraria, deste modo, um fenómeno que será o de todos os tempos, ou seja, o do reforço do poder temporal através da imposição de um novo poder espiritual. E, de facto, constata-se, através de uma observação mais circunstanciada da capela, que houve um claro reaproveitamento (também explicável à luz de uma mera postura utilitarista) de materiais subsistentes da estrutura preexistente, como dsepulturas e estelas funerárias romanas, juntamente com fragmentos cerâmicos do mesmo período. Mas, além destes elementos, foram reutilizados componentes do anterior templo cristão, o que poderá apontar para uma eventual ocupação medieval do mesmo "Castro de Sacóias", num testemunho claro das boas condições que oferecia às comunidades que o proclamaram sucessivamente como habitat. O espólio encontrado nos dois locais (porquanto indissociáveis) encontra-se actualmente nos Museus da Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, no Municipal de Bragança e no Nacional de Arqueologia, em Lisboa. Dele, fazem parte materiais tão diversos, quanto cerâmicas romanas de tipologia variada, uma pequena figura em bronze, eventualmente representando um bezerro, a base de uma outra estatueta em bronze, a par de um conjunto considerável de numismas e de fíbulas, completados por algumas estelas funerárias e um cippo romano. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | No cimo do monte do Castro de Sacoias | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 19 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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O Leste do Território Bracarense | NETO, Joaquim Maria | Edição | 1975 | Torres Vedras | p. 363 |
Roman Portugal | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1988 | Warminster | Publicado a 1988 |
A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal | SILVA, Armando Coelho Ferreira da | Edição | 1986 | Paços de Ferreira | |
"Fíbulas de sítios a Norte do rio Douro", Lucerna | PONTE, Salete da | Edição | 1984 | ||
Circulação Monetária no Noroeste de Hispânia até 192 | CENTENO, Rui Manuel Sobral | Edição | 1987 | Porto | |
Apontamentos Arqueológicos | LOPO, Albino dos Santos Pereira | Edição | 1987 | Braga | pp. 15 - 16 |
Aqvae Flaviae I. Fontes Epigráficas da Gallaecia Meridional Interior | RODRÍGUEZ COLMENERO, António | Edição | 1997 | Chaves | |
Aqvae Flaviae I. Fontes Epigráficas da Gallaecia Meridional Interior | AIRES, Firmino | Edição | 1997 | Chaves | |
Aqvae Flaviae I. Fontes Epigráficas da Gallaecia Meridional Interior | ALCORTA, Enrique | Edição | 1997 | Chaves | |
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, 6 vols., Dissertação de Doutoramento apresentada à Universidade do Minho | LEMOS, Francisco Sande | Edição | 1993 | Braga | 6 Vols. |
Bragança e Benquerença | LOPO, Albino dos Santos Pereira | Edição | 1900 | Lisboa | |
"Representações zoomórficas na epigrafia funerária Transmontano-Zamorana Ocidental da época romana", Actas do Congresso Internacional de Arqueologia Iconográfica e Simbólica | REDENTOR, Armando José | Edição | 2002 | Coimbra | pp. 163-199 |
Los Castros de La Edad del Hierro de Zamora Occidental | ESPARZA ARROYO, Angel | Edição | 1986 | Zamora | p. 415 |
"O castro de Sacóias", O Arqueólogo Português | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 1907 | Lisboa | 1.ª série, vol. 12, pp. 257-271 |
"Castro de Sacóias (Bragança)", O Arqueólogo Português | LOPO, Albino dos Santos Pereira | Edição | 1898 | Lisboa | 1.ª série, vol. 4, pp. 47-48 |
"Museu Municipal de Bragança", O Arqueólogo Português | VASCONCELLOS, José de Leite de | Edição | 1898 | Lisboa | 1.ª série, vol. 4, pp. 153-155 |
Epigrafia Romana da Região de Bragança | REDENTOR, Armando José | Edição | 2002 | Lisboa | "Trabalhos de Arqueologia", n.º 24, p. 334 |
Guia Epigráfico do Museu Abade de Baçal | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 1976 | Bragança | p. 96 |
"Arqueologia transmontana", O Arqueólogo Português | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 1918 | Lisboa | 1.ª série, vol. 23, pp. 317-321 |
"Vestígios do culto de Diana em Portugal", Revista de Guimarães | CASTELO-BRANCO, Fernando | Edição | 1956 | Guimarães | vol. 69, n.ºs 1-2, pp. 5-18 |
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: arqueologia, etnografia e arte | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 1934 | Porto | vol. 9, p. 718 |