Casa de Brás de Albuquerque (casa dos Bicos), fachada | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Casa de Brás de Albuquerque (casa dos Bicos), fachada | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa dos Bicos / Casa de Brás de Albuquerque / Fachada da Casa dos Bicos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Casa | ||||||||||||||||
Tipologia | Casa | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Santa Maria Maior | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||||||
Freguesia | Santa Maria Maior | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | Despacho de 18-10-2011 do director do IGESPAR, I.P. a concordar com o parecer e a devolver o processo à DRC de Lisboa e Vale do Tejo para apresentar propostas de ZEP individuais, ou conjuntas nos casos em que tal se justifique Parecer de 10-10-2011 da SPA do Conselho Nacional de Cultura a propor o arquivamento Proposta de 22-08-2006 da DR de Lsboa para a ZEP conjunta do castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente Portaria de 21-08-1961, publicada no DG, II Série, n.º 213, de 11-09-1961 (sem restrições) (ZEP da Sé de Lisboa, do portal principal da Igreja da Madalena, das Lápides das Pedras Negras, da Igreja da Conceição Velha, da Casa de Brás de Albuquerque e da Igreja de Santo António de Lisboa) Despacho de homologação de 18-07-1961 Parecer (favorável) de 9-06-1961 da 1.ª Sub-Secção da 6.ª Secção da JNE Proposta de 7-01-1961 da DGEMN | ||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 181701 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A Casa dos Bicos é um dos raros exemplares da arquitectura renascentista que subsistiu da Lisboa manuelina. Foi mandada edificar por Brás de Albuquerque, cortesão de reconhecida e esmerada cultura humanista, devendo-se também ao seu patrocínio a construção da magnífica Quinta da Bacalhôa. Em 1521 Brás de Albuquerque integrou a comitiva real que conduziu a Infanta D. Beatriz, filha de D. Manuel, a Itália para seu o casamento com o duque Carlos III de Sabóia; aí, o conselheiro do Venturoso terá contactado com os modelos eruditos da arquitectura renascentista italiana. Ao voltar a Portugal, cerca de 1523, mandou erguer nos terrenos fronteiros à Ribeira Velha e à Alfândega que haviam pertencido ao vice-rei Afonso de Albuquerque, seu pai, um edifício inspirado nos palácios dei diamanti italianos, com loja, sobreloja e dois andares nobres, havendo alguns autores que atribuem a obra ao arquitecto régio Francisco de Arruda. A estrutura original ficou bastante danificada devido ao terramoto de 1755 e ao incêndio que se lhe seguiu. A fachada principal, que ficava virada à actual Rua Afonso de Albuquerque, caiu, e os dois andares cimeiros de todo o edifício ruíram. Em 1772 o edifício foi parcialmente reconstruído, mas a estrutura quinhentista ficou irremediavelmente alterada. Ao longo do século XIX a casa sofreu as mais variadas vicissitudes, chegando a ser utilizada como armazém de bacalhau por largas dezenas de anos. Cerca de 1960 a Câmara de Lisboa adquiriu a Casa dos Bicos, contratando em 1968 o arquitecto Raul Lino para executar um projecto de adaptação do espaço a museu. No entanto, a obra foi adiada, e somente em 1981 foi desenhado o plano de recuperação da Casa dos Bicos, pela mão do arquitecto Santa Rita. O espaço foi então adaptado às novas funções museológicas, sendo acrescentados ao edifício os dois andares que perdera com o terramoto. A fachada foi reconstruída segundo imagens antigas de Lisboa que mostram a estrutura original da casa de Brás de Albuquerque. De planta rectangular, o edifício distingue-se pela sua invulgar fachada, em que o aparelho de pontas de diamante de gosto renascentista - que originou a designação popular de Casa dos Bicos - se conjuga com as janelas contemporâneas inspiradas na linguagem decorativa manuelina, cuja distribuição irregular imprime ritmo à fachada. No piso térreo foram abertas portas de moldura regular com diferentes dimensões. A disposição original do espaço interior foi profundamente alterada para poder albergar os núcleos de museologia. Entre 1986 e 2002 o edifício albergou a extinta Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Actualmente, é a sede da Fundação José Saramago. Catarina Oliveira DGPC, Julho de 2012 | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Castelo de São Jorge e resto das cercas de Lisboa | ||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | ATAÍDE, M. Maia | Edição | 1988 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1988 |
História da Arte em Portugal - O Renascimento, vol. 6 | PEREIRA, Fernando António Baptista | Edição | 1986 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - O Renascimento, vol. 6 | MARKL, Dagoberto | Edição | 1986 | Lisboa | |
A Obra Silvestre e a Esfera do Rei | PEREIRA, Paulo | Edição | 1990 | Coimbra | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa |
Casa dos Bicos - Fachada principal (voltada a sul)
Casa dos Bicos - Fachada principal: portal no piso térreo
Casa dos Bicos - Fachada principal: mísula de uma das janelas do registo superior (reconstituída)
Casa dos Bicos - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 213, de 11-09-1961 - Texto e planta do diploma
Casa dos Bicos - Ilustração da obra Lisboa Velha, de Roque Gameiro
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