Castelo de Alvito | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Alvito | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Paço de Alvito / Pousada de Alvito (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Beja/Alvito/Alvito | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Beja | ||||||||||||
Concelho | Alvito | ||||||||||||
Freguesia | Alvito | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 182905 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Em 1475, D. Afonso V concedeu o titulo de barão de Alvito ao funcionário régio João Fernandes da Silveira, cujos descendentes viriam a ser titulados de marqueses. Alguns anos mais tarde, em 1482, o mesmo monarca estendeu ao barão e a sua mulher o direito de aí construírem um castelo, outorgando-lhes consequentemente o senhorio da vila e dos povoados limítrofes. A empreitada terá começado apenas em 1494, segundo reza uma lápide colocada sobre a porta de entrada (Fialho de ALMEIDA, 1946), tendo corrido já a cargo do 2º barão, D. Diogo Lobo da Silveira, que recebeu novas confirmações da licença régia em 1489 e em 1497, outorgadas por D. João II e D. Manuel. A última carta de confirmação esclarece a importância estratégica do castelo para a defesa da região, dominando uma suave elevação sobre as planícies a noroeste de Beja, e facultando refúgio aos moradores. No entanto, a feição militar conjugava-se claramente com uma dimensão mais palaciana, fazendo do castelo de Alvito um paço fortificado, ou um castelo-palácio (Florentino PEREZ EMBID, 1955), designação preferida por alguns autores. Trata-se de um edifício de planta rectangular, definindo um pátio interior onde se ergue, a noroeste, a torre de menagem, mais elevada e de planta quadrada, adossada ao pano de muralha. Esta disposição em torno de um pátio central encontra-se igualmente em edifícios como o castelo de Viana do Alentejo, o solar de Água de Peixes ou o Palácio dos Duques de Cadaval, em Évora (Florentino PEREZ EMBID, 1955), e não seria de desprezar a relação que uma tal disposição, relacionada com o carácter residencial que o monumento assume com nítido destaque, mantivesse com a génese do típico monte alentejano (Cfr. AZEVEDO, Carlos de, 1969). Mas particularmente interessantes serão os torreões cilíndricos e ameiados rematando os ângulos da muralha, por um lado facilmente relacionados com a tipologia regional dos contrafortes cilíndricos das igrejas fortificadas alentejanas, mas cuja aplicação neste caso particular remete seguramente para a influência dos castelos de Beja e de Viana do Alentejo (Florentino PEREZ EMBID, 1955). Estes exemplos permitem compreender o castelo do Alvito no quadro da arquitectura alentejana de finais do século XV e início do XVI, pelo menos no que respeita a encomendas eruditas e a obra de aparato; e a esta luz se deverá igualmente examinar a influência mudéjar que se observa em elementos decorativos e nas janelas e vãos do piso nobre, maineladas, e exibindo arcos em ferradura construídos em tijolo e argamassa, que convivem com o sabor já italianizante de alguns elementos marmóreos. Estas características contribuem particularmente para a feição solarenga do castelo, igualmente relacionada com as personagens dos seus fundadores, pertencentes a uma família de grande influência regional, mas sem a influência, a riqueza e o poderio, inclusivamente militar, dos grandes senhores do reino. O castelo foi recuperado, e está transformado em pousada de Portugal deste 1993, data da inauguração. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Pelourinho de Alvito | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 7 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 11 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
A Obra Silvestre e a Esfera do Rei | PEREIRA, Paulo | Edição | 1990 | Coimbra | |
Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses | ALMEIDA, João de | Edição | 1948 | Lisboa | |
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias... | PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de | Edição | 1990 | Lisboa | |
El mudejarismo en la arquitectura portuguesa de la epoca manuelina | PEREZ EMBID, Florentino | Edição | 1955 | Madrid | |
Diccionario geografico, ou noticia historica de todas as cidades, villas, lugares, e aldeas, Rios, Ribeiras, e Serras dos Reynos de Portugal e Algarve, com todas as cousas raras, que nelles se encontrão, assim antigas, como modernas, vol. II | CARDOSO, Pe. Luís | Edição | 1751 | Lisboa | Regia Offic. Silviana, 1747-1751 |
Palácios e solares portuguezes (Col. Encyclopedia pela imagem) | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1900 | Porto | |
A arte manuelina na arquitectura de Alvito | MANIQUE, Luís de Pina | Edição | 1949 | Lisboa | |
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias... | FERREIRA, Pedro Augusto | Edição | 1990 | Lisboa | |
O castelo de Alvito | ALMEIDA, Fialho de | Edição | 1946 | Lisboa | |
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil Arquitectónico | CORREIA, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos | Edição | 2010 | Coimbra |
Castelo de Alvito - Fachada da horta e torre nascente (DGEMN, 1961)
Castelo de Alvito - Pátio e escadaria principal (DGEMN, 1961)
Castelo de Alvito - Fachada principal e torre do sino (DGEMN)
Castelo de Alvito - Fachada principal, entre torre do sino e o Torreão da Fonte (DGEMN, 1961)
Castelo de Alvito - Fachada principal e Torreão da Fonte (DGEMN)
Castelo de Alvito - Planta de localização
Castelo de Alvito - Planta do andar nobre
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